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Índio foi testemunha de contato com os brancos

O contato oficial com os brancos, ocorrido em 1969, na época em que se iniciava a construção da rodovia 364, em Rondônia, não traz boas lembranças aos Índios Suruís. Segundo o cacique Itabira Suruí, até aquela data, seu povo vivia sem problemas.

Segundo Itabira, o surgimento de pessoas trabalhando na obra, teria deixado os índios aflitos. Certos de que aquele movimento lhes traria problemas, eles começaram a cortar os fios da linha telegráfica e a fazer tudo o que era possível para atrapalhar o andamento dos trabalhos. “Foi aí que começou a guerra. Um povo matava o outro. Perdi meu pai e minha mãe nesta luta” – relembrou emocionado o cacique, que na época tinha 18 anos.

Outro fator muito prejudicial, na opinião do cacique, foram as doenças transmitidas aos índios pelos brancos. Ele explicou que os índios eram fracos para as doenças dos brancos e conseqüentemente eram atingidos por males como gripe e pneumonia e acabavam morrendo. “Antes do contato, a doença que conhecíamos era a malária e para ela tínhamos remédios. A morte só era causada por velhice”, disse.

Busca pela sobrevivência
De acordo com Itabira, em 1969 a população de Suruís era de aproximadamente 5 mil pessoas. Uma epidemia de sarampo surgida após o contato, teria reduzido-a a 290. Na época, nem mesmo os funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) podiam chegar até as aldeias. “Eles só ficaram sabendo da doença porque um dos Suruís os procurou”, disse.

Antes do contato, os Suruís sobreviviam da caça, da pesca e do cultivo de milho, cará, batata, inhame, frutas e mel. Além da alimentação, a preocupação era apenas com as festas. Hoje, segundo o cacique, eles passam por muitas dificuldades. A alimentação foi quase que totalmente mudada. Ao invés de frutas e outros alimentos nativos, passaram a comer arroz e feijão.“Para viver na cidade precisamos pagar água e energia e com a agricultura conseguimos ganhar dinheiro apenas para nos vestir. Por isso acho muito difícil a nossa vida”, reclamou.

A área de terra dos Suruís foi demarcada em 1980. São 247 mil hectares. Atualmente os Suruís totalizam cerca de 1100 índios. São divididos em quatro clãs. Cada um forma uma associação que busca meios para sobreviver.


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