ELEIÇÕES DA OAB
Na semana passada, publicamos aqui na coluna algumas informações sobre uma das chapas que disputam a eleição para a Subseção da OAB/Cacoal. Hoje vamos divulgar a outra chapa, cujo líder é o Dr. Jean de Jesus. Além dele, também fazem parte da chapa a Dra. Kátia Ribeiro, a Dra. Sandra Bahia, o Dr. Jesiel e o Dr. Flávio dos Santos (filho do conhecido e saudoso Paulo Cachimbo). Ressaltamos que as eleições acontecem em 23 de novembro e até esta data, estaremos à disposição de todas as chapas para divulgar informações que os pretendentes julguem importantes. No caso do Dr. Jean, que encabeça a chapa citada nesta publicação, ele é advogado antigo do Sindicato dos Servidores Municipais de Cacoal e já obteve importantes vitórias nos tribunais defendendo a categoria. Assim, desejamos que os advogados e advogadas de Cacoal façam a melhor escolha, no sentido de eleger a chapa que traga as propostas mais vantajosas para a categoria.
SÉRGIO MORO PRESIDENTE
O ex-ministro do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, chegou a Brasília esta semana. Ele participará nos próximos dias de diversos encontros políticos com a finalidade de consolidar alianças que possam apoiar sua candidatura ao cargo de presidente da República no próximo ano. O ex-ministro anunciou que assinará a ficha de filiação ao Podemos no dia 10 de novembro, em evento que acontecerá no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na capital federal. Sérgio Moro deixou o governo do presidente Bolsonaro fazendo muitas críticas ao ex-aliado, mas o Podemos, sigla que vai abrigar o novo candidato à terceira via, é um dos partidos mais fiéis ao governo. Nos encontros que vai participar nesses próximos dias, consta uma conversa com o ex-ministro da saúde Henrique Mandetta, outro que busca figurar como a terceira via entre os presidenciáveis. É possível que ocorra uma aliança entre Moro e Mandeta, mas ainda é cedo para dizer com certeza que isto está confirmado.
WALELA TXAI SURUÍ
Na Conferência da Cúpula do Clima, em Glasgow, na Escócia, quem teve participação brilhante no evento foi a acadêmica do curso de Direito da UNIR, Walela Txai Suruí. Ela, que é filha do líder indígena Almir Suruí, surpreendeu o mundo e fez um discurso que foi aplaudido de pé por todos os chefes de estado presentes em Glasgow. Txai Suruí falou em inglês fluente e apontou diversas reivindicações dos povos indígenas brasileiros, especialmente os povos Suruís e outras comunidades estabelecidas em Rondônia. Considerando que Txai Suruí é rondoniense e conhece muito de perto a realidade das comunidades indígenas, seu discurso no Reino Unido certamente não cairá no esquecimento, porque o impacto foi muito grande no planeta. É possível que ela seja convidada para outros eventos que discutem os problemas climáticos no Brasil e no mundo, visto que ficou muito evidente seu grande preparo em relação ao tema. Mesmo que o governo de Rondônia não tivesse enviado nenhuma pessoa para participar da conferência, a rondoniense Walela Txai Suruí teria dado conta do recado, porque ela representou de maneira brilhante o estado de Rondônia.
JANAYNA GOMES
A secretária de saúde de Cacoal, Janayna Gomes, participou, esta semana, da sessão ordinária no Poder Legislativo cacoalense. Sua presença foi motivada por diversas denúncias que surgiram na imprensa, nos últimos dias, a respeito da situação da clínica que atende os pacientes de hemodiálise em Cacoal. A secretária fez uma longa explanação sobre o setor de pessoal, equipamentos e sobre o atendimento dos pacientes, afirmando que realmente houve mortes nos últimos meses. Segundo ela, as mortes ocorreram em consequência da covid-19 e não de procedimentos equivocados na administração da clínica. Nas denúncias apresentadas na imprensa, consta que a água utilizada para realizar os procedimentos de hemodiálise não apresentava os padrões corretos de higiene e segurança. Até o ano passado, a clínica que atende pacientes de hemodiálise era administrada pela iniciativa privada, mas foi requisitada administrativamente pelo prefeito Adailton Fúria, nos primeiros dias de sua gestão.
ELEIÇÕES 2022
A Câmara de Cacoal tem uma composição de vereadores que recebem muitas críticas da população diariamente. Entre os maiores motivos para as críticas estão condutas que eram alvo de duros ataques dos atuais vereadores, quando eram apenas candidatos, como é o caso do pagamento de diárias, as negociatas de cargos com o executivo, os acordos de trocas de favores políticos e outras situações que costumam irritar os eleitores. Porém, os vereadores parecem imaginar que estão sendo avaliados como a melhor Casa de Leis do Brasil. Pelas informações que circulam na imprensa e nas redes sociais, pelo menos 08 vereadores de Cacoal estão se preparando para disputar as eleições em 2022. As cadeiras pretendidas por nossos edis seriam em Brasília e na Assembleia Legislativa de Rondônia. Os suplentes dos vereadores certamente gostam da ideia, mas pela atuação que eles tiveram até este momento, é difícil imaginar que consigam convencer o eleitor sobre outros projetos.
BARULHO DE CARRIOLA
O vereador Edimar Kapiche é conhecido na cidade de Cacoal como um dos principais aliados do prefeito Adailton Fúria dentro do legislativo cacoalense. Em muitas ocasiões, ele defende o prefeito com muito mais determinação do que os secretários municipais. Entretanto, na última sessão ordinária da Câmara de Cacoal, Kapiche deu demonstrações de que não está muito contente com a administração. Segundo o vereador, ele fez diversas indicações ao executivo ainda no primeiro semestre e até hoje os pedidos não foram atendidos pela administração. Edimar Kapiche declarou que pensa em fazer suas reivindicações, a partir de agora, nas redes sociais, porque, quando ele faz isso, os pedidos são atendidos com rapidez. Apesar da irritação do vereador, as pessoas que o conhecem mais de perto avaliam que ele continuará sendo um ferrenho defensor da administração, até 31 de dezembro do ano de 2024, porque bastam apenas alguns afagos do executivo para acalmar o vereador. Nos bastidores políticos, corre a informação de que a revolta não passa de barulho de carriola.
CORUJÃO DA SAÚDE
O vereador Valdomiro Corá usou a tribuna da Câmara de Cacoal esta semana para declarar que o prefeito Adailton Fúria é o prefeito mais mentiroso que ele já viu no município. Corazinho lembrou que, durante a campanha em 2020, Fúria anunciou que criaria um programa chamado de Corujão da Saúde, que, segundo o então candidato, seria um programa voltado para atender pacientes até mesmo na madrugada, funcionando 24 horas por dia. A promessa, segundo Corazinho, ficou apenas nos discursos vazios do prefeito e atualmente o atendimento básico nos postinhos de saúde da cidade funciona de maneira precária. Na oportunidade, o vereador disse que também não é verdade que o prefeito ajuda o estado com 300 mil por mês, conforme declara Adailton Fúria e que toda a estrutura de saúde municipal de Cacoal ainda funciona por conta dos trabalhos realizados pelos ex-prefeitos Franco Vialeto e Glaucione Rodrigues. O maior problema seria a falta de servidores nas unidades municipais, embora o município mantenha até este momento dezenas de servidores municipais no HEURO e Hospital Regional de Cacoal.
HORTAS COMUNITÁRIAS
Em discurso proferido na sessão ordinária da última quarta-feira, no plenário da Câmara de Cacoal, o vereador Paulo Henrique Silva citou Graciliano Ramos e sua obra “Vidas Secas”, para dizer que há em Cacoal muitas pessoas em condições de vulnerabilidade. O vereador afirmou que tem visitado diversas casas no município e que fica com dó de ver a realidade de muitas famílias. Nos primeiros meses de mandato, o vereador Paulo Henrique foi autor de um projeto que visava criar em Cacoal hortas comunitárias para a geração de renda e para a produção de alimentos que pudessem atender justamente essas famílias mais vulneráveis e mais duramente atingidas pela grave crise econômica. A maioria dos vereadores votaram contrários ao projeto alegando que não podem criar gastos para o município. Não havia nenhuma ilegalidade na matéria, mas os vereadores arquivaram por birra contra o colega. Alguns dias depois, o vereador Luís Fritz chegou a declarar que não existem pobres em Cacoal e que todas as pessoas possuem situação financeira que garante o sustento. Ninguém sabe de onde o vereador Fritz tirou essa ideia.
AEROPORTO DE CACOAL
No últimos dias ouvimos muitos cacoalenses revoltados dizendo que Cacoal não tem representatividade política. Muitos candidatos a senadores e deputados federais conquistaram votos nas últimas eleições em Cacoal e no entanto não se vê ninguém brigando para que o aeroporto do município volte a operar vôos. A população de Cacoal e região está dependendo de vôos dos aeroportos de Vilhena, Ji-Paraná e Porto Velho. Várias datas prometidas já se passaram e nada das obras de reforma e ampliação do terminal de passageiros do aeroporto de Cacoal serem concluídas. Ninguém fala nada sobre a situação do aeroporto de Cacoal, cuja reforma até hoje não foi concluída enquanto que nos outros três municípios que também tiveram que cumprir determinações e exigências da Anac, todos estão com vôos operando normalmente. Há muita revolta e muitos cidadãos cobram a constituição de uma comissão ou reativação da Copahrc (Comissão Pró Aeroporto e Hospital Regional de Cacoal), criada pelo saudoso professor Ismael Cury, para cobrar das autoridades responsáveis uma solução. A Copahrc acompanhava todo o andamento das duas obras e chegou a receber elogios do então governador Ivo Cassol que chegou a sugerir aos demais municípios, que criasse uma comissão igual a de Cacoal. Quando se percebia qualquer atraso ou paralização no andamento dos projetos estava lá a Copahrc, com Ismael Cury e dezenas de membros dos mais diferentes segmentos sociais, cobrando e acionando o deputado federal Nilton Capixaba, o Governo ou quem mais fossem os responsáveis pelas obras. “Naquela época as coisas andavam e como faz falta um deputado Nilton Capixaba, que ia onde precisava ir para fazer com que as obras andassem”, desabafou um dos componentes da Copahrc, que vê a falta de interesse das atuais autoridades, dos vereadores aos senadores, do prefeito e menos do governador, que dias atrás desabafava: “A Azul está fazendo exigências que nunca antes foram feitas. Foram mais de 6 milhões investidos no novo terminal, na adequação da pista, na implantação de toda aparelhagem para possibilitar o voo por instrumentos”. O Governador deu a entender em sua fala, que ele mesmo acredita existir algum tipo de jogo político por trás, para propositalmente impedir os voos comerciais no aeroporto de Cacoal, para que sobre para ele essa culpa. Enquanto o possível jogo político prevalece, com o aeroporto de Cacoal nesse marasmo, o de Ji-Paraná está se modernizando e se equipando, a ponto de Cacoal deixar de ser conveniente para a Azul. Vão deixar isso acontecer? Os vôos saíam e voltavam a Cacoal lotados. “Estamos no mato sem cachorros… ou melhor, parece que Cacoal não tem políticos competentes ou com vontade de resolver o problema. Precisamos voltar com a Copahrc que tinha mais força do que qualquer políticos de Cacoal e região”, desabafou outro membro que fazia parte da Copahrc.
