O projeto ainda não está sendo divulgado pela empresa responsável, a Petrobras, mas existe a possibilidade de que nos próximos anos, ribeirinhos da região dividam o espaço nos rios e florestas com outros seres, ainda considerados estranhos, feitos de acrílico e com braços mecânicos. É o Robô Ambiental Híbrido, que está sendo criado com a finalidade de defender a Amazônia. O projeto, que é de um grupo de cientistas e técnicos, já foi divulgado pela revista Momento Brasil.
A meta do “Robocop da Amazônia” é melhorar as condições de monitoramento da Petrobras sobre a região para prevenir e impedir desastres ambientais, caso ocorra algum acidente na produção ou transporte de combustível. A empresa enfrenta desafios cada vez maiores na Amazônia desde pelo menos 1988, quando começou a atuar na bacia do rio Solimões, onde se localiza a província mineral de Urucu, 650 quilômetros a sudoeste de Manaus.
O projeto também poderá beneficiar projetos de aproveitamento de recursos energéticos, como o Urucu-Porto Velho, cujas obras foram liberadas. A intenção é fazer o transporte da matéria-prima da floresta para as áreas de processamento.
A idéia da criação do robô evoluiu a partir do projeto Cognatos, de José Vagner Garcia, evoluindo para um plano de construção de dezenas de robôs, provavelmente de três modelos distintos, para não apenas vigiar áreas específicas da Amazônia como também para a realização de estudos de experiências inovadoras em computação, sensoriamento remoto, bioquímica e biotecnologia.
Amazonbots
A Petrobras trata o assunto como segredo industrial, mas os primeiros protótipos desse AmazonBot indicam um equipamento com cerca de 2,5 metros de comprimento, 300 quilos de peso e fundo transparente. Ele é chamado híbrido porque poderá carregar um piloto, ou ser monitorado à distância.
O que existe de concreto até agora projetado pela Petrobras é a existência de equipamentos encarregados de detectar anomalias ambientais, especialmente as provocadas por vazamentos de gás ou óleo em qualquer quantidade, além de promover pesquisas científicas de vários tipos. Para isso, a empresa conta com laboratório de robótica em seu centro de pesquisas, projetando cada vez mais equipamentos com maior capacidade ainda em percorrer a floresta e os rios de forma independente da presença humana.
A idéia é prevenir para depois não remediar, porém é difícil, admitem os especialistas, trabalhar na criação destes robôs com quesitos de não poderem ser ruidosos; sem risco de poluição; ter comunicação com perfeição com os comandos da Amazônia e no Rio de Janeiro (Sede da Petrobras), através do satélite; possuir alta resistência; facilidade de manutenção e capacidade de manobra para se locomover na água e na lama, inclusive em condições impossíveis para qualquer ser humano.
Fonte: Jornal Diário da Amazônia/; Jornal do Meio Ambiente/; Revista Momento Brasil.