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Boca Maldita de 14 de fevereiro de 2020

A VOLTA DOS TRABALHADORES. OPA! DOS VEREADORES. Após um longo período de férias e o descanso “merecido”, nossos queridos vereadores voltam às atividades na próxima segunda-feira, quando acontecerá a primeira sessão ordinária do ano de 2020. Durante o período de recesso, não há sessões ordinárias e as comissões permanecem com os trabalhos suspensos. Embora alguns vereadores tentem justificar o longo recesso, dizendo que ficam na câmara no período em que não há sessões, estas declarações não convencem muitas pessoas, porque o Poder Legislativo não funciona em recesso. Claro, os vereadores aparecem uma vez ou outra no gabinete, mas isto é uma situação que não altera o período de recesso. Como o ano foi encerrado no momento em que os vereadores discutiam um empréstimo de 25 milhões de reais e a compra de uniformes para os alunos da rede municipal, certamente a sessão de segunda-feira deve ser movimentada. Aliás, já circulam informações de que a prefeita teria pedido para retirar o projeto sobre os uniformes, porque muitas pessoas consideram o projeto como uma medida eleitoreira.

ELEIÇÕES 2020. Os contribuintes de Cacoal podem se preparar para um ano de muitos conflitos no Legislativo Municipal. O motivo é que este ano teremos eleições para os cargos de prefeito e vereadores, situação que pode acirrar os ânimos. Durante os anos anteriores, quando não havia eleições municipais, aconteceram muitas brigas pessoais que tinham como motivo apenas o ego e a vaidade dos vereadores. Nunca aconteceu nenhuma briga que fosse para defender a população. Agora, neste período em que todos os vereadores tentarão ser reeleitos e precisam aparecer, as brigas certamente vão aumentar e muitos projetos deixarão de ser votados para dar lugar à campanha política. Como acontece em muitos outros municípios, quando há eleições, os vereadores estão mais preocupados em organizar suas campanhas e buscar convencer o eleitor de que fizeram um trabalho brilhante. No caso de Cacoal, porém, muitos vereadores terão muitas dificuldades para se manter no cargo, por causa das novas regras eleitorais e por causa do desgaste político. Milhares de eleitores cacoalenses avaliam que esta foi a pior câmara da história do município.

ENCONTRO DE PARTIDOS. No último final de semana Cacoal ficou muito movimentada, em função da presença de diversos lideres estaduais de todos os partidos que se articulam para apresentar candidatos a prefeitos e vereadores no interior do estado. O ex-senador Expedito Junior, que disputou a eleição de governador em 2018, é um dos lideres que estiveram em Cacoal. Acompanhado do senador Marcos Rogério, da deputada federal Mariana Carvalho, deputado federal Expedito Neto e dos deputados estaduais Adailton Fúria e Laerte Gomes (presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia), além de dezenas de vereadores, prefeitos e outras lideranças, Expedito Junior declarou que dará total apoio ao pré-candidato a prefeito Marco Aurélio Vasques (DEM), na sucessão em Cacoal. Marcos Rogério, senador do Democratas, declarou, mais uma vez, que tem ajudado Cacoal, vai continuar ajudando, tem trazido recursos, mas seu compromisso eleitoral nas eleições municipais será com Vasques e com o grupo escolhido por Vasques na Capital do Café. Isto significa que o ex-diretor do Hospital Regional terá um grupo muito forte este ano.

ALIANÇAS ELEITORAIS. Algumas semanas atrás, pessoas ligadas ao deputado estadual Adailton Fúria comentavam que ele estaria entre os candidatos que disputarão a eleição de prefeito em 2020, em Cacoal. Entretanto, Fúria participou do encontro de partido que lançaram a pré-candidatura de Marco Aurélio Vasques à sucessão da prefeita Glaucione e na ocasião, anunciou, em uma reunião ocorrida em uma sala da Câmara de Cacoal, que também deve apoiar Vasques na disputa. Esta decisão do deputado Fúria revela maturidade política e inteligência, porque o principal líder do seu partido em Rondônia, Expedito Neto, também deverá acompanhar o PSDB e o DEM nas eleições de Cacoal. Desta forma, Fúria precisa estar aliado ao grupo para não ter eventuais problemas em 2022, quando deverá ser candidato à reeleição e possivelmente terá o apoio de muitas pessoas deste grupo.

ALIANÇA PELO BRASIL. No mesmo dia em que tucanos, democratas e outras lideranças estiveram na Capital do Café para lançar a pré-candidatura de Marco Aurélio Vasques, diversas pessoas, simpatizantes do novo partido criado pelo presidente Jair Bolsonaro, Aliança Pelo Brasil, reuniram-se na praça principal de Cacoal, com a finalidade de colher assinaturas para organizar a sigla e tentar lançar candidatos em 2020. Entretanto, conforme as normas estabelecidas pela legislação eleitoral no Brasil, é muito provável que a Aliança Pelo Brasil não tenha tempo suficiente para ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral. Em Rondônia, muitas pessoas acreditavam que o governador Marcos Rocha faria um grande esforço para ajudar criar o partido do presidente, mas ele demonstra não ter nenhum interesse pelo assunto. No evento de recolhimento de assinaturas em Porto-Velho, ele não compareceu e não mandou nenhum representante, além de não ter autorizado a participação de nenhum secretário estadual. Talvez seja por isso que no interior a movimentação foi muito aquém daquilo que esperavam as lideranças da Aliança.

MUDANÇAS DE SIGLAS. O ex-deputado federal Lindomar Garçom esteve em Cacoal e participou do encontro de partidos liderados pelo DEM e PSDB na Câmara de Cacoal. Ao usar a palavra, Garçom anunciou que o prefeito de Pimenta Bueno, Arismar Araújo, estará entrando para as fileiras do PRB em breve. O delegado Araújo é filiado ao PSL, mesmo partido pelo qual o governador de Rondônia e o presidente Jair Bolsonaro foram eleitos em 2018. Claro que não tivemos nenhuma confirmação da filiação do prefeito à sigla de Garçom, mas até o fim de março muitas mudanças de partidos serão registradas no TER e isto já faz parte da cultura política. No Brasil, não existe essa história de ideologia partidária; porque a maioria dos políticos pensa mesmo é no próprio umbigo. Com a desfiliação do presidente Bolsonaro do PSL, é muito provável que a debandada seja mesmo grande em todos os estados do Brasil.

CENSURA LITERÁRIA. A tentativa do governo de Rondônia de censurar livros conhecidos da Literatura Brasileira e alguns da literatura mundial não foi muito bem vista em nenhum estado brasileiro e todas as instituições publicaram manifestações de repúdio. OAB, órgãos de imprensa, entidades sindicais e a Academia Brasileira de Letras, cujo fundador no Brasil foi o Machado de Assis, um dos autores censurados, desaprovaram totalmente a atitude do governo de Rondônia e fizeram duras críticas ao governador e ao secretário de educação. Nem mesmo a tentativa de negar que aconteceu a ordem para recolher os livros deu certo. Muitas pessoas já haviam acessado o portal da Seduc e sabiam que o documento tinha sido publicado. O governador Marcos Rocha e o Secretário de Educação precisam, urgentemente, resolver esses problemas de publicar e depois negar atos oficiais do governo. Esta situação já ocorreu em pelo menos cinco ou seis ocasiões envolvendo sempre a Seduc. Está na hora de inventar outro argumento, porque a história de fogo amigo ou erro de funcionários subordinados não cola mais.

CARNAVAL EM CACOAL. Na próxima semana, terá início no Brasil inteiro o carnaval, atividade cultural e social que movimenta milhões de foliões em todas as regiões do país. Curiosamente, Cacoal está entre as raras cidades do país onde as autoridades municipais não fazem nenhum esforço para realizar o carnaval. Muitas pessoas comentam que o município não faz o carnaval, porque diversas igrejas que apoiam a administração não autorizam a prefeita Glaucione Rodrigues a organizar no município a festa mais popular do Brasil. É claro que a comunidade evangélica tem todo direito de não gostar de carnaval e de não brincar o carnaval, mas existem milhares de habitantes da cidade que também são eleitores e que poderiam perfeitamente participar das festividades do Rei Momo, porque faz parte da cultura brasileira. Em outras ocasiões, quando Sueli Aragão e Franco Vialeto estavam no cargo, sempre houve carnaval e havia recursos da pasta da cultura destinados para esta finalidade. Naquele tempo, não houve nenhum registro de aumento de violência em decorrência do carnaval. Então deve ser mesmo uma decisão eclesiástica da prefeitura. Mas tem quem defende a não realização e isso é uma necessidade porque tem muitos setores com maior prioridade para se investir e um deles, com a não realização do carnaval de rua é tirar as pessoas das ruas e olha que Cacoal está “infestada” de pedintes, cachaceiros, dependentes químicos e para acabar com essa triste realidade, depende de dinheiro.

TRANSPORTE POR APLICATIVO. Os trabalhadores que atuam no sistema de transporte aplicativo têm enfrentado muitas dificuldades com a Câmara de Vereadores de Cacoal e também com a prefeitura. Há vários anos, eles tentam convencer o município a regularizar a atividade, conforme já acontece na legislação federal, mas os interesses individuais de dois ou três vereadores tem prevalecido. Como existem diversas modalidades de transporte no município, a decisão mais sensata seria chamar representantes de todas elas para uma reunião, discutir o assunto, sem colocar interesses individuais à frente, elaborar uma nova legislação municipal e organizar o sistema de transporte por concessão e por aplicativos em Cacoal. Da maneira como as coisas caminham atualmente, pode acontecer de terminar o mandato dos atuais vereadores e da prefeita, sem que uma solução tenha sido encontrada, fazendo prevalecer a ambição e os interesses pessoais de diversos políticos de Cacoal.

ESCOLA JOSÉ DE ALMEIDA. No começo desta semana, a prefeita Glaucione Rodrigues reuniu vereadores e outras lideranças para anunciar que a escola municipal José de Almeida será reformada nos próximos meses. A escola havia sido reformada no período em que o Padre Franco era prefeito, mas foi interditada após a inauguração, porque não oferecia nenhuma condição de segurança para alunos e funcionários. Ou seja, a reforma feita anteriormente custou mais de um milhão de reais e não serviu para nada. Desde que a prefeita Glaucione Rodrigues assumiu o mandato, os alunos matriculados na escola José de Almeida são atendidos em uma escola privada que foi alugada pelo município para atender os alunos em 2017, mas até hoje continua alugada. Várias vezes, o vereador Claudinei Ribeiro denunciou os altos valores pagos pelo município em aluguel de imóveis, mas até hoje a realidade não mudou. A prefeitura ocupa muitos prédios alugados e deixou completamente abandonados outros muitos imóveis que pertencem ao município. No caso da escola José de Almeida, o imóvel alugado para substituir custa cerca de 45 mil reais mensais.

O EMPRESÁRIO Geovani Santini, da Ferragens Cacoal, natural da cidade de Santa Helena, Paraná, que chegou a Cacoal em 1980 juntamente com seus pais João Flademir Santini e Luiza Santini, esposo da Cássia e pai da Thayssa, Karoliny, Stéfany e Tiago, gremista, amante da natureza, da pesca e da dança sulista, sempre leu e continua lendo TRIBUNA POPULAR e o www.tribunapopular.com.br.

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