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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Culpa do Coronavírus – Leia a BOCA MALDITA (17/07/20)

Boca Maldita 2

BRIGA PELA IVERMECTINA. O problema da pandemia no estado de Rondônia tem se tornado mais grave a cada dia ou a cada semana. Nos últimos dias, a situação ficou ainda pior, porque o governador Marcos Rocha e seus aliados mais próximos arrumaram uma briga com o prefeito de Porto  Velho, Hildon Chaves, com a finalidade de definir quem tem a culpa pelas mortes na capital de Rondônia. Em vídeo que circula nas redes sociais, o governador e o deputado Eyder Brasil gravaram discursos semelhantes, dizendo que o prefeito deveria seguir as orientações deles e sair distribuindo kits de medicamentos nos bairros da capital. É difícil acreditar que a solução para os problemas da pandemia em Rondônia seja essa, porque praticamente todas as famílias rondonienses já possuem esses medicamentos em casa. A Ivermectina, medicamento prescrito pelo governador e pelo deputado duplicou ou triplicou o preço nas farmácias de todos os municípios e tornou-se um produto raro. O curioso é que o secretário da saúde de Rondônia está internado pelo fato de ser uma das vítimas da Covid-19.  Será que o governo não distribuiu o kit Covid-19 para os secretários???

ELEIÇÕES EM CACOAL. As eleições em Cacoal começam ganhar ares de definição. Na semana passada, o advogado Tony Pablo foi entrevistado em uma emissora de rádio da Capital do Café e declarou que é pré-candidato a prefeito pelo Podemos, sigla presidida pelo deputado federal Leo Moraes. A entrevista concedida pelo Dr. Tony Pablo deixou dois pontos muito claros, em relação ao pleito municipal. O primeiro é que o deputado Adailton Fúria não estará no palanque da prefeita Glaucione Rodrigues, porque a relação dele com Tony Pablo é muito antiga. O segundo é que Fúria não será candidato, porque Tony Pablo deixou claro que colocou seu nome, após orientações dos deputados Leo Moraes e Fúria. Assim, tudo indica que teremos em Cacoal três candidaturas para prefeito: Glaucione, Tony Pablo e Marco Aurélio Vasques. Alguém pode até cogitar a candidatura do professor Alex Costa, mas, pelas informações que temos, ele dificilmente será candidato este ano.

ALEX COSTA. O professor Alex Costa teria, segundo matéria amplamente divulgada em um canal de TV, sido condenado pelo TRE, em uma ação que teve início em Pimenta Bueno e que tem relação com supostas fraudes em fichas de filiações. Nossa equipe tentou entrar em contato com o professor Alex, mas não tivemos sucesso. Conforme a matéria exibida pela televisão, ele teria sido condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, em decisão colegiada. Caso a informação seja confirmada, ele pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficar impedido de disputar as eleições. Assim que possível, entraremos em contato com o professor Alex, para que ele apresente sua versão sobre os fatos. Caso a condenação realmente tenha existido, existe a possibilidade de ocorrer o pedido de registro de candidatura, como fazem muitos políticos, mas, até hoje, nenhum candidato obteve sucesso, em casos semelhantes, nos tribunais superiores. Mesmo assim, não vamos afirmar que o professor Alex Costa está fora da disputa.

DIMAS BARBOSA. O ex-servidor dos Correios, Dimas Barbosa, também anunciou recentemente que é pré-candidato a prefeito de Cacoal pelo PSL, sigla que elegeu o presidente Jair Bolsonaro à presidência da república. Entretanto, essa candidatura pode não ser confirmada mais adiante. A questão é que praticamente todos os convencionais do PSL em Cacoal foram colocados no partido por assessores muito próximos da prefeita Glaucione Rodrigues. Basta imaginar que o PSL é um dos partidos com o maior tempo de TV no horário gratuito e há quem diga que esta foi a principal razão para os assessores da prefeita tomarem conta da sigla. Claro que Dimas Barbosa é uma excelente pessoa e não existe nada que impeça sua candidatura legalmente, mas quem vive nos meios políticos sabe muito bem que aquela história de puxar tapete de pré-candidatos é uma marca das eleições em Rondônia. Apenas para lembrar de um exemplo, o PP estava com tudo pronto para uma candidatura própria em 2016, mas o ex-prefeito de Ouro Preto, Carlos Magno, esteve em Cacoal e mudou tudo. Ou seja: pessoas que nada têm a ver com Cacoal podem interferir nos partidos e mudar muitas coisas.

“NÃO SOU POLÍTICO”.  Ainda sobre a entrevista com o Dr. Tony Pablo, pré-candidato do Podemos, ele fez duas declarações que costumam dar muita dor de cabeça para prefeitos em muitos municípios. Ele disse que “não é político” e que Cacoal “tem dinheiro”, falta apenas que a administração faça aquilo que deve fazer em benefício da coletividade. Muita gente lembra que o atual prefeito de Porto-Velho, Hildon Chaves, passou a campanha inteira, em 2016, dizendo que não era político e que a cidade tinha dinheiro. Segundo Hildon Chaves, faltava apenas um gestor e ele era o gestor ideal. Após a eleição, ele resolveu assumir sua condição de político e hoje a população da capital comenta que procura um gestor para eleger em novembro. A primeira coisa que os pré-candidatos a prefeito procuram fazer, quando decidem disputar a eleição, é se juntar com todos os políticos possíveis. Fica difícil para o eleitor acreditar na ideia que todas as pessoas do grupo são políticos, menos os candidatos a prefeito. No caso de Porto-Velho, se o atual prefeito tiver vontade de vencer a eleição, terá que ser como político, porque, se ele falar na campanha que é gestor; e não político, a situação vai complicar.

FILIAÇÕES PARTIDÁRIAS. Ainda sobre as eleições em Cacoal, diversos pré-candidatos podem ficar impedidos de entrar na disputa após as convenções partidárias. A razão é muito simples e tem a ver com as filiações aos partidos. Existem diversos pré-candidatos que fizeram filiações em dois ou três partidos e isso pode complicar a situação mais adiante. Claro que existe a possibilidade, conforme a legislação eleitoral, de prevalecer a última filiação feita pelo pré-candidato, mas existe a possibilidade jurídica de ocorrer a anulação de todas as filiações. Avaliando esta situação, podemos nos perguntar como é que uma pessoa que não sabe definir uma filiação partidária quer ser candidata a um cargo importante como é o caso de prefeito ou vereador. As pessoas têm vários anos para avaliarem, buscarem conhecer os partidos, conversarem com seus aliados e buscarem orientações. Mesmo assim, é grande o número de pessoas que desejam ser candidatas e possuem filiações em mais de uma sigla. Em Cacoal, há casos de pessoas que se filiaram em duas ou três siglas em menos de 30 dias. Uma pessoa que age dessa maneira não tem condições de representar nem a si mesma.

PROFETA ELEITORAL. Quando se fala que em política existe de tudo, muita gente duvida, mas existe de tudo mesmo. Em Cacoal, existe um pré-candidato a vereador que pegou uma mania muito estranha. Em todos os lugares onde anda, ele fala quantos votos terão todos os outros candidatos que disputarão a eleição e profetiza quem serão os eleitos e derrotados. Além disso, ele costuma orientar eleitores para votar em outros candidatos, em vez de votar nele, porque ele argumenta que sua campanha está forte e que ele está praticamente eleito. Avaliando os históricos eleitorais de Cacoal, não encontramos nenhum caso, em eleições anteriores, de candidatos a vereadores que tenham sido eleitos pedindo votos para outros concorrentes, mas não se pode duvidar de nada, em política. Vamos acompanhar os fatos e, após a abertura das urnas, saberemos o resultado. Caso ocorra a vitória do pré-candidato que faz profecias eleitorais e pede votos para concorrentes, estaremos diante de um cenário raríssimo no mundo político.

CULPA DO CORONAVÍRUS. A prefeita Glaucione Rodrigues vai enfrentar uma resistência muito grande para convencer os servidores municipais de que tem a intenção de defender seus direitos, caso seja reeleita. Na eleição de 2016, ela assinou documento e prometeu uma série de benefícios aos servidores municipais, mas pouca coisa aconteceu. Nos primeiros dias de mandato, em 2017, a prefeita acionou o Tribunal de Justiça de Rondônia para encerrar uma greve dos servidores municipais que lutavam pelos benefícios que ela havia prometido em campanha. Poucos dias atrás, ao ser sabatinada em uma rede social, a prefeita declarou que não conseguia fazer acordos com os servidores porque o presidente do SINSEMUC, professor Ricardo Sérgio,  não gostava da pessoa dela. Em virtude da legislação eleitoral, o presidente do sindicato encontra-se afastado do cargo, mas isto não mudou a posição da prefeita. Esta semana, a prefeitura encaminhou um documento ao SINSEMUC informando que mesmo os direitos garantidos pelos tribunais superiores não serão cumpridos, porque o município precisa fazer investimentos e controlar a pandemia. O coronavírus vai ser motivo de muitas confusões nesta eleição.

OPERAÇÃO FUNDO FAKE. Esta semana, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público, realizou uma operação chamada de “Operação Fundo Fake”, cuja finalidade era investigar e demonstrar uma quadrilha que estaria causando prejuízos milionários nos Regimes Próprios de Previdência Social em dezenas de municípios de cinco estados brasileiros, entre eles Rondônia. Segundo as informações divulgadas sobre a operação, a previdência do município de Rolim de Moura, a Rolim Previ, movimentou cerca de 17 milhões de reais no esquema, a partir da contratação de uma empresa de consultoria financeira. Vários mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo judiciário e a operação atuou em cinco estados brasileiros, utilizando mais de 200 policiais federais. Apenas quatro, dos mais de 70 mandados, foram cumpridos em Rolim de Moura, os demais foram em outros estados, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Rondônia, porque, segundo a Polícia Federal, a organização criminosa foi descoberta pela delegacia de Vilhena.

COMBATE AOS INCÊNDIOS. Em Rondônia, todos os anos, acontecem inúmeras queimadas em locais que precisam ser preservados pela população, como é o caso de terrenos baldios, serras, matas ciliares, áreas de preservação permanentes e outros lugares. Esses incêndios prejudicam de maneira gravíssima o meio ambiente, a saúde da população e a possibilidade de termos uma qualidade de vida mais sólida. As pessoas precisam refletir sobre isso e evitar essas queimadas. Como a fumaça atinge muito o sistema respiratório das pessoas, é necessário tomar todos os cuidados para impedir as queimadas, principalmente neste período de pandemia do coronavírus, quando muitas pessoas precisam estar com os pulmões fortalecidos. A conscientização da sociedade é algo necessário para preservar a vida das florestas, dos rios, dos animais, das pessoas. Recentemente foram registrados dois incêndios em Cacoal. Mas, pelo que se vê, só há pedido de conscientização da população e fiscalização não existe. Se há fogo, não há como tentar saber quem incendiou e punir os culpados?  Com a palavra os órgãos responsáveis, que ganham para evitar os incêndios. Precisamos evitar essas tragédias ambientais. Nossa cidade precisa de vida e de paz!!!

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