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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Saúde do homem: Hiperplasia Prostática Benigna

Hiperplasia Prostata Benigna
Hiperplasia Prostática Benigna

A hiperplasia de próstata acomete a maioria dos homens à medida que envelhecem, mas muitas vezes não precisa de tratamento.
A hiperplasia prostática é um aumento benigno (não é um câncer) do tamanho da próstata que atinge cerca de 25% dos homens na faixa dos 40 aos 49 anos. Na faixa entre 70 e 80 anos, essa taxa chega a 80%. Normalmente do tamanho de uma noz, a glândula pode chegar a ficar tão grande quanto uma bola de tênis. O crescimento da próstata pode comprimir a uretra, diminuindo o seu calibre e dificultando ou impedindo a passagem da urina. A urina estagnada, por sua vez, favorece o aparecimento de infecções e de cálculos renais.

Causas da hiperplasia de próstata
A causa exata não é conhecida, mas provavelmente envolve alterações causadas por hormônios, incluindo a testosterona e, principalmente, a di-hidrotestosterona. Outros fatores podem estar envolvidos, como idade, história familiar e alterações genéticas.

Sintomas da hiperplasia de próstata
Os sintomas surgem quando a próstata aumentada bloqueia o fluxo de urina. Primeiro, os homens podem ter dificuldade para iniciar a micção ou, quando conseguem, sentem como se não tivessem urinado o suficiente. Como a bexiga não se esvazia completamente, é necessário urinar com mais frequência, geralmente durante a noite (noctúria).
A necessidade de urinar também pode se tornar mais urgente (a vontade surge repentinamente, e não aos poucos). O volume e a força do fluxo urinário podem diminuir notavelmente e a urina pode ficar gotejando ao final da micção.

Diagnóstico de hiperplasia de próstata
Ao sentir os primeiros sintomas, é importante procurar um médico urologista. Ele irá fazer um exame de toque retal para determinar se a próstata está maior. A próstata afetada não fica dolorida ao toque. A presença de áreas firmes ou rígidas pode ser indício de câncer da próstata.
Podem ser solicitados também alguns exames específicos, como:
Exames de sangue, ureia e creatinina, que permitem avaliar a função renal;
PSA (antígeno prostático específico), para facilitar a avaliação de possíveis tumores de próstata;
Urina tipo I para avaliar a presença de sangue ou infecção urinária.
Exames de imagem, como a ultrassonografia, que permite avaliar a forma e a densidade da próstata, bem como a presença de resíduo elevado de urina na bexiga após a micção.

Tratamento da hiperplasia de próstata
Homens com poucos sintomas, que acordam à noite uma ou duas vezes para urinar, não necessitam de tratamento, mas precisam ser acompanhados com toques retais e determinações periódicas do PSA. Aqueles com sintomas mais intensos (dor, sangue na urina, infecções frequentes) devem discutir com os urologistas as vantagens e desvantagens do tratamento.

Os medicamentos costumam ser a primeira opção de tratamento. Para os casos não cirúrgicos, há quatro classes de medicamentos:


1) Bloqueadores alfa-adrenérgicos, que diminuem os sintomas já na primeira semana, mas podem provocar hipotensão, fadiga e tontura;

2) Inibidores da 5-alfa-reductase, que chegam a reduzir as dimensões da próstata em 25%, mas eventualmente causam diminuição da libido, disfunção erétil e ginecomastia;

3) Antimuscarínicos, que reduzem a hiperatividade da bexiga, mas podem deixar a boca seca e os olhos secos e prender o intestino;

4) Tadalafila, um inibidor da 5-fosfodiesterase usado amplamente no tratamento da disfunção erétil, na dose de 2,5 a 5 mg/dia relaxa a musculatura vesical e reduz a velocidade de crescimento da próstata, mas pode causar dor de cabeça, dores lombares, rubor facial e congestão nasal.

Se os medicamentos não surtirem efeito, pode-se cogitar o procedimento cirúrgico. Uma das opções é a cirurgia realizada através da uretra, com um cistoscópio dotado de pequenas garras que abrem “um túnel” na próstata para facilitar a passagem da urina. Pode-se optar também pelo uso de laser.

Recomendações para identificar a hiperplasia de próstata
A partir dos 50 anos de idade é recomendado que os homens consultem o urologista uma vez por ano pelo menos;
Quem tem pai ou irmão com hiperplasia apresenta três vezes maior possibilidade de desenvolver o problema. Vale mencionar o histórico familiar na consulta.

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE HIPERPLASIA DE PRÓSTATA
Hiperplasia de próstata é o mesmo que câncer?
Não. A hiperplasia é uma lesão benigna e não evolui para câncer.
Hiperplasia de próstata causa disfunção erétil?
A próstata nada tem a ver com a função sexual. Tem a ver com a função reprodutora, ou seja, com a capacidade de o homem ter filhos. O nervo da ereção que passa ao lado da próstata raramente é afetado.

TOQUE RETAL

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O procedimento é rápido (dura em média 10 segundos) e indolor e não traz riscos à saúde.

O toque retal é indicado para examinar problemas no ânus e reto, como hemorroidas e câncer de próstata. Veja como é realizado o procedimento.
O exame de toque retal se tornou popular por ser o mais indicado para identificar alterações que podem ser sinal de câncer de próstata, mas ele também pode avaliar diversas condições. O procedimento é rápido (dura em média 10 segundos) e indolor e não traz riscos à saúde.

PARA QUE SERVE O EXAME DE TOQUE RETAL
O toque retal possibilita identificar sinais de doenças na próstata, como prostatite (inflamação da próstata), hiperplasia (aumento da próstata) e câncer de próstata, mas são necessários outros exames para confirmar o diagnóstico, como de urina e sangue (PSA). O médico também pode examinar problemas como fissuras anais, hemorroidas e outras alterações no reto, uretra, ânus e canal vaginal.

QUANDO E QUEM DEVE FAZER O EXAME DE TOQUE RETAL
Na maioria dos casos, o exame é feito quando há suspeita de alguma doença ou inflamação. Por exemplo, quando há um sintoma que pode ser causado por inflamação da próstata, como incontinência urinária, pode-se indicar o exame de toque para investigar.
No caso do rastreamento de câncer de próstata, existem orientações específicas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ligado ao Ministério da Saúde, o médico e o paciente devem conversar sobre os riscos e benefícios e decidir em conjunto se o exame deve ser realizado (normalmente em conjunto com o PSA).
Essa recomendação se dá porque não existem evidências de que realizar os exames em homens sem sintomas diminui a mortalidade por câncer de próstata. Como esse tipo de tumor pode ter evolução muito lenta, às vezes a conduta indicada é somente observar seu desenvolvimento, pois o tratamento pode ser desnecessário.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) segue a mesma orientação, mas indica que homens negros ou com histórico familiar de câncer de próstata façam exames diagnósticos a partir dos 45 anos, devendo o médico estipular a periodicidade.

Por: Juliana Conte, jornalista e repórter do Portal Drauzio Varella

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