Os casos ativos de covid-19 em Rondônia têm apresentado oscilações, conforme dados divulgados diariamente pela Agência de Estado de Vigilância em Saúde. Nos boletins de quinta-feira (5) e sexta-feira (6) trazem nove óbitos.
A Associação Rondoniense de Municípios (AROM) destaca que os gestores municipais têm atuado, desde o início, no enfrentamento ao vírus que se espalhou e, com isso, na última reclassificação apresentada pelo Plano Todos por Rondônia, nove municípios avançaram para a fase menos restritiva (Fase 4). Apesar dessa flexibilidade econômica, é importante que todos, órgãos e gestores públicos, empresários e a população em geral mantenham, e até reforcem, as medidas sanitárias, como distanciamento social, uso de máscaras, álcool em gel, entre outras necessários.
A medida é importante para evitar um retrocesso do estado, uma vez que ainda não há uma vacina para imunizar a população e já surge uma segunda onda de contaminação na Europa, com novos pessoas infectadas, assim também como casos de reinfecção.
Desde março, a AROM tem atuado, em conjunto com diversos órgãos do governo do estado, para conter o avanço da doença, assim como manter um equilíbrio econômico. Entre as medidas, o Plano Todos por Rondônia foi apresentado aos prefeitos, estabelecendo novos critérios para a classificação de isolamento e distanciamento social, levando em consideração a ocupação de leitos de UTI das macro regiões e também a evolução da pandemia em cada localidade, de forma que os municípios não fossem obrigados a fechar o comércio antes da hora.
Na atual classificação, em que todos os municípios estão nas fases 3 e 4, as menos restritivas, além de evidenciar um controle adequado da evolução da pandemia, também é importante para manter a economia aquecida e a manutenção dos empregos. Mas, a entidade municipalista faz um alerta para todos os órgãos, empresários, municipalistas em geral que o plano de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus em Rondônia requer a participação de todos. É necessária a continuidade de medidas sanitárias como uso de máscaras, evitar aglomerações, utilizar e/ou fornecer álcool em gel, lavar sempre as mãos com água e sabão, entre outras, para que as vidas continuem sendo preservadas.
De acordo com o boletim da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em 5 de agosto, o número de contaminados no estado era de 42.021, quando havia uma média de mais de 700 pessoas sendo infectadas diariamente. Já em 5 de setembro, a média diária de novos casos girava em torno de 500, e totalizavam 57.865 confirmações da doença. Trinta dias depois (5 de outubro), os casos confirmados chegavam a 66.783, com média diária de 290 novos casos. Entre outubro e novembro (dia 5), a média diária caiu para 194, totalizando os atuais 72.630 casos confirmados da doença.
Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou a Nota Técnica 52/2020, com orientações a Estados e Municípios, na busca por identificar casos suspeitos de reinfeção pelo novo coronavirus (covid-19). O documento da Secretaria de Vigilância em Saúde define o que é considerado um caso suspeito e detalha fluxos para notificação e envio de amostras para análise.
Além disso, a Europa já vive uma segunda onda da pandemia e vários países já adotam medidas mais drásticas, como lock down, para frear o avanço da doença novamente. Para a entidade municipalista, é importante que todas a medidas que estão sendo adotadas desde o início do primeiro caso da doença em Rondônia sejam mantidas, visando recuperar a economia, já afetada pela pandemia.
A reinfecção
Conforme o Ministério da Saúde, a suspeita de reinfecção ocorre quando há dois resultados positivos do exame RT-PCR, com intervalo igual ou superior a 90 dias. Isso vale independentemente da condição clínica observada em cada um dos episódios de infecção respiratória. Para análise do caso, o ministério reforça que é preciso haver disponibilidade das duas amostras biológicas, com conservação adequada.
Para comunicação e esclarecimento de dúvidas relacionadas a suspeitas deve ser usado, prioritariamente, o e-mail [email protected]. Também no endereço eletrônico devem ser encaminhados as fichas de notificação do caso suspeito (e-SUS Notifica, SIVEP-Gripe e GAL) digitalizadas e um relatório de investigação do caso.
As amostras dos dois exames são condição obrigatória para investigação dos casos suspeitos. Elas terão de ser enviadas juntas para o Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo da Fiocruz, no Rio de Janeiro, ou para o Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, ou para o Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará. O local de análise é o que for referência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do remetente.
Além disso, as requisições precisam ser cadastradas no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), acompanhadas das fichas epidemiológicas e dos resultados do laboratório para os exames RT-PCR. A nota técnica também estipula que as amostras devem ser enviadas em embalagem de transporte UN3373 com gelo seco. Já a requisição padrão de transportes de amostras tem de ser preenchida e encaminhada para a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), no e-mail [email protected].
De acordo com o Ministério da Saúde, que reforça a necessidade de identificar e monitorar os casos suspeitos de reinfecção pela Covid-19 “com o intuito de caracterizar o perfil epidemiológico de possíveis casos para adoção de medidas de vigilância, prevenção e controle”, o resultado será informado pela pasta ao fim das investigações. A nota explica ainda que recentes estudos publicados admitem a possibilidade de reinfecção pelo novo coronavírus em curto período de tempo, sendo preciso sistematizar casos suspeitos e, se necessário, “adequar os processos de vigilância, medidas de prevenção, controle e atenção aos pacientes”.
Fonte: Assessoria