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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Papudiskina comenta sobre candidatos na Polícia Federal e avalia quantos votos Jabá precisaria se tivesse optado pela candidatura a vereador

Papudiskina

Passadas as eleições em Cacoal e em todos os municípios onde não haverá segundo turno, a reclamação pipoca em todo o país por parte de candidatos que foram derrotados. Eles reclamam (e com razão) que não existe transparência na apuração dos votos. Em Cacoal, um grupo de candidatos derrotados foi à Polícia Federal, em Ji-Paraná, para pedir uma apuração sobre o processo eleitoral.

Uma das candidatas presentes na sede da Polícia Federal, Edna Mota (PDT), disse que o objetivo não seria um pedido para recontagem de votos, mas sim uma provocação ao sistema eleitoral para que haja mudanças na forma de captação, apuração e divulgação dos votos nas próximas eleições.

Embora não haja quase nada que a Polícia Federal possa fazer, uma vez que quem controla o processo eleitoral no país é o TSE, cresce, ano a ano, a percepção de que o voto eletrônico, sem uma votação em papel, em paralelo, dificulta qualquer auditoria. A Justiça Eleitoral libera, ao final de cada votação, um boletim de urna que apresenta o resultado da votação em cada localidade, mas não há um controle sobre o que se passa dentro das urnas, uma verdadeira caixa preta.

Some-se a isso, nas eleições de 2014 e nas eleições deste ano, o TSE alegou problemas técnicos, parou o processo de apuração e somente divulgou o resultado de uma única vez. Estranhamente, dessa vez não foi o site oficial do TSE quem divulgou o resultado em primeira mão, mas um site de notícias, o G1, que trouxe a totalização de votos na maioria das cidades do país antes da divulgação oficial. Espalhou-se, inclusive, o boato nas redes sociais de que o TSE copiou o resultado do G1.

Algumas pessoas, ingenuamente, acreditam que o correto seria o próprio eleitor ter um documento em mãos, constando os nomes dos candidatos em quem ele votou para depois averiguar se o seu voto realmente constava da urna e seção na qual ele votou. Embora essa seria uma forma de averiguar, esse tipo de documento jamais deveria ser entregue ao eleitor.

No caso de o eleitor levar para casa, ele mesmo, uma prova de que seu voto não foi roubado para outro candidato isto não pode acontecer para evitar a compra de voto descarada por parte dos candidatos. Se o eleitor tiver uma prova na mão atestando em quem ele votou, isto encorajaria candidatos a comprarem votos mediante a apresentação de prova.  O eleitor receberia uma promessa de recompensa em dinheiro, caso apresentasse um documento provando que deu o seu voto a quem prometera. Então, esqueçam: o TSE não vai liberar um comprovante atestando em quem o eleitor votou.

A validação seria o voto impresso, em paralelo, que o eleitor depositaria em urna física. Isto, sim, permitiria uma auditoria sobre a votação. Nesse caso, o voto eletrônico seria uma forma de se apurar rapidamente o resultado, mas o mesmo só seria divulgado oficialmente após a apuração dos votos impressos que, obviamente, deveriam bater com o eletrônico.

Renovação na Câmara de Cacoal

Nas eleições deste ano Cacoal teve uma das maiores renovações de sua história, com mais de 83,3% de renovação. Mesmo que consideremos o fato de apenas 10 dos 12 vereadores concorreram às eleições, ainda assim, o índice de eleitos foi de apenas 20%. Apenas 2 dos 10 vereadores que concorreram à reeleição conseguiram seus objetivos.

No caso do vereador Jabá, que concorreu a prefeito pelo PROS, mesmo que ele tivesse saído candidato a vereador, ele teria de ser no mínimo o segundo candidato mais bem votado para ser eleito. A soma de todos os votos do seu partido, o PROS, foi de apenas 154 votos diretos e 81 votos de legenda. Se levarmos em conta que o último partido a eleger um vereador teve 2.175 votos, isto significa que Jabá precisaria de ao menos 1.941 votos para o seu partido superar o PSB em um voto e lhe arrebatar a vaga. Ocorre que com menos votos do que isso, ele já conseguiria tomar a vaga de um dos dois partidos que obtiveram duas cadeiras. Bastaria para isso que ele obtivesse o total de 1.096 votos para que o PROS conseguisse 1.331 votos, um a mais do que a sobra de 1330 votos que permitiu ao PSC a conquista de uma segunda vaga. Por falar em PSC, esse partido conseguiu a PROESA de eleger um candidato com apenas 476 votos. (Esse total de votos superou em apenas 115 votos o mínimo de 10% do quociente eleitoral exigido por lei, que, neste ano, seria de 361 votos).

ELEIÇÃO DE BAIRRO

No próximo dia 06 de dezembro haverá reunião no bairro Alpha Park para eleger uma nova diretoria. Duas chapas foram inscritas. Além da eleição, os moradores também vão decidir sobre um estatuto de criação da entidade que até hoje não foi regularizada.

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