Paranaense de Venceslau Brás, Hemerson Palmonari chegou à Rondônia aos 10 anos de idade, junto com os pais e se estabeleceu nas Terras de Rondon. Nos últimos 17 anos, atuou no setor de Informática da Secretaria Planejamento Orçamento e Gestão do Governo de Rondônia, mas encerrou o serviço para realizar um sonho cultivado desde os 15 anos de idade: viajar o mundo de moto. O mundo todo! Todos os 193 países!
Para isso, se preparou por toda a sua vida, abdicou de muito, economizou tudo o que pode, investiu a maior parte do dinheiro que ganhou ao longo dos anos com o seu trabalho e até mesmo abriu mão de constituir uma família. Desde a juventude, o foco era um só: se preparar para o mundo!
Hoje, aos 47 anos, Chalana, como é popularmente conhecido, está pronto! Escolheu a maior moto da categoria, economizou tudo o que pode, pretende ficar por oito ou até dez anos na estrada, percorrendo quase 1 milhão de quilômetros pela América do Sul, Central, América do Norte e também pelos continentes Europeu, Africano, Asiático e Oceania.
Na bagagem, além de roupas, Chalana vai carregar, entre outros itens, equipamentos de vídeo para registrar seu sonho, barraca, saco de dormir, alimentos, ferramentas, peças de reposição para sua moto BMW F800 GS, dois pneus reservas e equipamentos de comunicação e de localização via satélite, por exemplo. Em qualquer lugar isolado do mundo, se algo acontecer, Chalana poderá acionar um botão de S.O.S. e a empresa pede socorro ao país em que estiver, passando a localização exata do motociclista sonhador em apuros.
Mas para a missão da sua vida, Hemerson se preparou muito bem! Foi quase um ano dedicado a um curso de mecânica específico para a sua moto, estudou todos os 193 países por onde vai passar e produziu um relatório de mais de 200 páginas sobre o que pode encontrar em qualquer um desses lugares, desde intempéries climáticas e até mesmo guerrilhas e conflitos armados. Também adquiriu um fone de ouvido capaz de traduzir até 94 idiomas diferentes. Com o fone nos ouvidos, Chalana terá a tradução simultânea do idioma selecionado. O aparelho permite até mesmo selecionar três línguas estrangeiras para tradução offline.
“Este é o sonho da minha vida! Penso e trabalho nisso desde os 15 anos de idade. Ao longo dos anos economizei o que pude, investi tudo o que tinha e hoje estou preparado para conhecer todos os países do mundo. Minha estimativa é ficar até 10 anos na estrada, percorrendo mais de 900 mil quilômetros. Me preparei muito, fiz todo o levantamento possível e hoje estou preparado para a realização deste sonho”, destaca Chalana.
O motociclista estima que para se manter 10 anos na estrada, viajando o mundo inteiro, precisará de aproximadamente R$1.800.000,00. Com metade deste valor garantido, ele lançará em seu site uma lojinha virtual com produtos personalizados e pretende contar com apoio de patrocinadores.
“Não se trata apenas de subir na moto e realizar um sonho. Para que eu consiga viajar por todos os 193 países o gasto é alto, com hospedagem, combustível, toda a manutenção da moto e tudo o maís. Durante toda a minha vida trabalhei para conseguir custear o este sonho, mas diante de todos os levantamentos que fiz, sei que o que juntei não será suficiente. Por isso a lojinha virtual e o apoio de patrocinadores também será essencial nesta missão”, relata.
Toda a sua trajetória será registrada e divulgada nas redes sociais “Chalana em Duas Rodas”. O motociclista criou seu Canal no Youtube, suas páginas no Instagram e no Facebook, um perfil no Twitter e também o site oficial da sua aventura: https://www.chalanaemduasrodas.com.br/
Dez anos depois, lá por 2030, ao final da sua volta ao mundo, Chalana pretende voltar para Rondônia e transformar o seu diário de bordo , suas vivências e experiências em um livro para a posteridade.
Mundo em Pandemia
Mas diante da pandemia mundial ocasionada pelo novo coronavírus, Chalana, apesar de pronto, decidiu aguardar um pouco, até que tudo volte ao mais “normal” possível. Enquanto isso, embarca a partir de janeiro em outra grande missão: visitar todos os 52 municípios de Rondônia e mostrar ao mundo o que o seu amado estado tem de melhor!
“A pandemia apenas adiou um pouco o plano. Algumas fronteiras estão fechadas, então decidi esperar e nesse tempo percorrer todo o estado de Rondônia. Vou usar todo o equipamento que adquiri para registrar minha volta ao mundo para registrar e divulgar cada um dos municípios rondonienses. Minha primeira missão será essa: mostrar Rondônia ao mundo, antes de rodar o mundo”, finalizou Chalana. (Por Giliane Perin)