Seguindo as recomendações do decreto do Governo do Estado, a Prefeitura de Cacoal irá suspender, a partir da quarta-feira (18), as aulas em todos os estabelecimentos da rede municipal de ensino devido ao avanço do novo Coronavírus (COVID-19) pelo país. A informação foi repassada pela prefeita Glaucione Rodrigues durante uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (17). A prefeita reforçou também que até o momento não há nenhum caso suspeito no município.
Conforme a prefeita Glaucione Rodrigues será publicado um decreto nesta terça-feira, com a suspensão das aulas em toda a rede municipal, por um período de 15 dias. Disse também que durante o período do decreto não serão realizados procedimentos eletivos, que são atendimentos programados, ou seja, que não são considerados de urgência e emergência na rede pública de saúde no município.
“Nós temos que abrir os olhos da população, por que não adianta a prefeita vir e baixar uma decreto e o governador suspender as aulas, aí o pai e a mãe pegam as crianças e trazem tudo para a praça ou vem fazer uma identidade todo mundo. Assim não adianta nada só vai mudar de local. Nós temos que ter a consciência da não aglomeração neste momento”, declarou.
Ainda de acordo com Glaucione, a vigilância em saúde municipal de Cacoal está fazendo o monitoramento na rodoviária e no aeroporto para identificar a chegada no município de pessoas que estiverem no exterior ou em estados que tiveram casos confirmados da COVID-19.
“O trabalho com o aeroporto e a rodoviária continua também, tentando fazer um bloqueio, colocando as pessoas que vêm de lugares de risco em quarentena. Quando nós falamos de quarentena, não estamos falando de 40 dias, estamos falando de sete a 14 dias de isolamento. É muito importante isso nesse momento, pois é uma foram de a gente estancar e não ter grandes problemas no município de Cacoal”, frisou.
“As fiscalizações no aeroporto é especifico, por que tem a hora da chegada do voo. A rodoviária já é um pouco mais complexo, mas a nossa vigilância em saúde está nos ajudando fazendo plantões para orientar as pessoas que estão chegando. E queremos deixar claro para todos vocês que qualquer dúvida ligue para o nosso celular que é o 99904-2201. Esse celular é exclusivo para tirar as dúvidas em relação ao Coronavírus”, destacou a prefeita.
De acordo com a coordenadora de vigilância em saúde de Cacoal, Ivani Gromann, que também participou da entrevista, não nenhum caso suspeito no município, mesmo que foram divulgados em alguns veículos de comunicação da cidade que um médico que presta serviços em um hospital particular da cidade havia apresentado alguns sintomas da doença após retornar de uma viagem aos Estados Unidos da América.
“Ele não é um caso suspeito, hoje o que o protocolo do Ministério da Saúde diz em relação a casos suspeitos é considerado um caso suspeito aquela pessoa que veio de um estado que tem casos positivo ou do exterior, não importa mais o se tem caso suspeito naquele local, e que apresente febre alta, tosse, falta de ar, tosse seca na maioria das vezes. Esse paciente não apresentou febre, então ele já é descartado como caso suspeito”, esclareceu.
“Toda dia a gente ver caso novos e monitora. Hoje por exemplos estamos acompanhado com isolamento domiciliar cinco pessoas. São pessoas que viajaram para algum local que tem casos positivos ou que vieram do exterior. As pessoas que retornaram destes locais e que não apresentam sintomas nenhum elas ficam em isolamento domiciliar por sete dias, por que nesse período se ela tiver algum sintoma ele vai aparecer. Já as vieram algum local que tem casos positivos ou que vieram do exterior que apresentam sintomas ficam isoladas por 14 dias”, acrescentou Ivani Gromann.
DECRETO ESTADUAL
Na segunda-feira, o governador de Rondônia, Marcos Rocha decretou as suspensão das aulas da rede pública e privada no estado pelo prazo de 15 dias. Pelo decreto as unidades escolares da rede privada de ensino estadual poderão adotar a antecipação do recesso/férias prevista no decreto ou determinar a suspensão das aulas pelo período determinado, a critério de cada unidade. O decreto trouxe também outras medidas temporárias de prevenção ao contágio e enfrentamento a COVID-19, que é a suspensão pelo prazo de 15 dias, de eventos, treinamentos, cursos, reuniões ou eventos coletivos com mais de 100 pessoas, cinemas, teatros e atividades físicas em locais fechados.
O decreto estabelece ainda que os servidores públicos que regressaram nos últimos cinco dias, ou que venham a regressar durante a vigência do decreto, de países e estados em que há transmissão comunitária do vírus da Covid-19 e apresentarem sintomas de contaminação pelo coronavírus, deverão ser afastados do trabalho, sem descontos nos salários, pelo período mínimo de 14 dias, ficando ao cargo da chefia imediata autorizar ou conforme apresentação de atestado médico.
Os que não apresentem sintomas de contaminação poderão desempenhar, em domicílio, em regime excepcional de teletrabalho, também por 14 dias, a contar do retorno ao Estado, as funções determinadas pela chefia imediata.
Fonte: Tribuna Popular- Foto: Divulgação