GUERRA INSTITUCIONAL
O governador Marcos Rocha certamente vai arrumar uma briga das grandes com o Ministério Público de Rondônia. Após o Ministério Público acusar o governo do estado de fraudar relatórios de leitos de UTI para maquiar o caos da saúde pública no período de pandemia, o governador foi a público e declarou que o promotor não tem o devido preparo para questionar as ações do governo. Logo em seguida, Fernando Máximo, secretário de saúde de Rondônia, declarou que as denúncias do Ministério Público não passam de ilações, além de configurar uma falta de respeito aos técnicos da saúde. Na prática, a denúncia feita pelo Ministério Público consta que o governo possui diversos leitos de UTI, mas que esses leitos não estão funcionando. Mesmo assim, os leitos constam nos relatórios do governo, talvez para impedir eventuais medidas mais rigorosas de isolamento social. Nos últimos dias, o Governo de Rondônia pediu ajuda a outros estados e mandou cerca de 15 a 20 pacientes de covid-19 para o Paraná e Rio Grande do Sul. Para muitos, esta medida significa que o sistema de saúde do estado está em colapso. O grande problema é que os casos de covid-19 continuam aumentando assustadoramente no estado.
“CAFAJESTES NO PODER”
Não é apenas o Ministério Publico que faz denúncias graves contra o governo de Rondônia. Esta semana, o jornalista Augusto Nunes, do Portal R7, publicou uma matéria, cujo título é “Cafajestes no Poder”, na qual afirma que o governo do estado teria desviado 8.805 doses da vacina Coronavc. O jornalista usou termos duríssimos contra o governador e o secretário Fernando Máximo, sugerindo que eles seriam bandidos no poder. Como Augusto Nunes é um jornalista conhecido no país inteiro, a repercussão da notícia foi muito forte. Até o fechamento da edição, não foi divulgada nenhuma manifestação do governador ou do secretário de saúde, mas certamente eles deverão se pronunciar nas próximas horas. Diante de tais acusações, caso o governo de Rondônia não esclareça os fatos, a imagem do governador pode ficar muito arranhada. Os órgãos de fiscalização estão atuando com muito rigor sobre essa situação de desvio de vacina. Claro que não se pode afirmar que houve realmente algum desvio. É necessário esperar as explicações do governo do estado, mas as denúncias são muito graves e a matéria do jornalista Augusto Nunes circula em todas as redes sociais de Rondônia e do país.
CRISE SANITÁRIA
Na semana passada, políticos e empresários de Cacoal se reuniram com o governador Marcos Rocha, durante sua visita ao município e pediram que o governador avaliasse a possibilidade de retornar Cacoal para a fase 3 da pandemia. O pedido aconteceu porque um decreto rebaixou Cacoal e mais 28 município de Rondônia para a fase 1, desde que o número de casos da covid-19 aumentou sensivelmente no interior e na capital. Empresários e políticos argumentam que o decreto do governo prejudica o comércio e que a economia de Cacoal seria muito abalada. Esta semana, o governo de Rondônia manteve o decreto e manteve Cacoal e mais 28 municípios na fase 1, até o fim de janeiro. Na próxima semana, o governador deve assinar novo decreto e vamos ver quais serão as alterações, mas o clima sobre a covid-19 no estado é complicado. Nos últimos dias, o governo de Rondônia pediu ajuda a outros estados e encaminhou aproximadamente 20 pacientes, por falta de leitos. Por outro lado, os políticos e empresários de Cacoal que pediram a volta do município à fase 3 alegam que na cidade foi inaugurado um hospital de campanha para atendimento a pacientes da covid-19, situação que permitira, segundo eles, a mudança de fase, uma vez que surgiram mais leitos para tratamento da doença em Cacoal..
FAMÍLIA REDANO
A partir da próxima segunda-feira, 1º de fevereiro, o deputado estadual Alex Redano será o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia. Ele assumirá o cargo até o fim de 2022, quando termina a legislatura e quando haverá novas eleições gerais no Brasil. Alex Redano foi eleito deputado estadual em 2018, com 13.233 votos e será o primeiro deputado de Ariquemes a presidir a Assembleia Legislativa de Rondônia. O novo presidente da ALE é esposo da prefeita de Ariquemes Carla Redano, situação que certamente será favorável ao município da região do estanho, visto que os municípios necessitam muito do apoio dos deputados. Carla Redano seria candidata a vice-prefeita na chapa do ex-deputado Tiziu Jidalias, mas foi descartada por ele, após a divulgação de um vídeo que ciruclou. Na época, Tiziu alegou que recebeu uma mensagem divina dizendo para descartar sua candidata a vice. Com isso, Carla Redano, que era vereadora, decidiu entrar na disputa e venceu as eleições em Ariquemes. Analistas políticos da capital e da região do estanho afirmam que a prefeita tem conduzido o mandato com muita competência e serenidade. Carla Redano é Enfermeira, com pós-graduação em oncologia e completará 33 anos em junho deste ano.
PROCESSO DO LEBRAO
Com a volta dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Rondônia, certamente virá a tona a discussão sobre o processo de cassação do mandato do deputado Euripedes Clemente, o Lebrão. O deputado do MDB é acusado de receber propina de uma empresa que presta serviços de coleta de lixo em diversos municípios de Rondônia, entre eles São Francisco do Guaporé, cidade onde a filha do deputado, Gislaine Clemente (Lebrinha) era prefeita até 31 de dezembro. Conforme a denúncia, o deputado teria inclusive utilizado um veículo oficial da ALE para se deslocar até o local do recebimento da propina. Após as denúncias sobre o fato, quatro prefeitos do interior foram presos, afastados do cargo e estão atualmente em prisão domiciliar, como todos sabem bem. Na Assembleia Legislativa, o presidente da Comissão de Ética, deputado Ismael Crispim, declarou que vai adotar todas as medidas legais para a tramitação do processo, mas muitas pessoas já adiantaram que será mais um caso a terminar em pizza. A Assembleia Legislativa jamais cassou o mandato de um deputado e Lebrão é atualmente o deputado mais antigo e um dos mais influentes da Casa de Leis.
HEMODIÁLISE EM CACOAL
Neste inicio de ano, há um impasse muito grande envolvendo a prefeitura de Cacoal e a empresa que presta o serviço de hemodiálise em pacientes do município e região. O problema, segundo a secretaria de saúde, é que a gestão anterior não cumpriu correntemente as regras do contrato e principalmente as regras de pagamentos à empresa, deixando algumas pendências que precisam ser quitadas. Conforme o secretário municipal de saúde, José Pereira Neves, todas as medidas para solucionar os problemas já estão sendo adotadas e o serviço deve voltar á normalidade nos próximos dias. Vale registrar que os pacientes que fazem hemodiálise precisam ser atendidos com eficiência, porque eles não podem ficar sem atendimento. Neste momento de grave crise da pandemia, esta situação é ainda mais delicada e precisa funcionar de maneira satisfatória para evitar que haja consequências maiores. Alguns vereadores aliados da administração alegam que a culpa é da empresa que presta o serviço, mas buscar culpados neste momento não é o caminho. O que importa é que os pacientes sejam atendidos decentemente.
RELAÇÕES APIMENTADAS
A relação entre o prefeito de Pimenta Bueno, Arismar Araújo, e alguns vereadores do município parece não ser das melhores nestes primeiros dias do ano. Em diversas publicações nas redes sociais, os vereadores acusam o prefeito de agir como ditador e tentar manipular todas as ações no município. Ainda segundo os vereadores, o prefeito não aceita ser criticado e age como delegado e como se fosse dono da prefeitura. Ao responder o questionamento de um dos vereadores nas redes sociais, Arismar Araújo disse ao vereador que ele deveria ter sido candidato ao cargo de prefeito de Pimenta Bueno. O argumento do prefeito, claro, não resolve a crise com o legislativo, porque tanto o chefe do executivo como os legisladores estão com apenas um mês de trabalho neste novo mandato e precisam agir em defesa da população do município. Uma coisa é certa, criticar sempre é mais fácil. Mas neste momento, ao invés de irem para discussões que se espalham pelas redes sociais, executivo e legislativo deveriam se unir em prol do município. Enquanto muitos vereadores reclamam da forma de governar do prefeito/delegado, muitos cidadãos pimentenses tem manifestado grande satisfação com o prefeito atual.
RODOVIÁRIA FUNCIONA
Desde a última quarta-feira, as empresas de ônibus que fazem o transporte estadual em Rondônia voltaram a vender passagens normalmente no terminal rodoviário de Cacoal. Os ônibus não podem, porém, ultrapassar a lotação de 50% da capacidade de passageiros, em função das normas de prevenção contra a covid-19. A previsão é que esta situação continue até este fim de semana e novas regras podem surgir a partir de segunda-feira. Vale lembrar ao leitor da coluna que todos esses esforços estão sendo feitos pelas autoridades, em parceria com as empresas, para tentar controlar a pandemia no município. Infelizmente Cacoal sofre muito com os casos positivos de covid-19 nesse primeiro mês de 2021.
ALCOLISMO NO TRÂNSITO
Esta semana, o Ministério Público de Rondônia, através da Promotoria de Justiça de Cacoal, enviou recomendação ao prefeito Adailton Fúria, para que o secretário municipal de trânsito de Cacoal fosse exonerado do cargo. Na recomendação, o Ministério Público argumenta que o secretário possui condenação criminal por porte ilegal de arma (de uso restrito) e por dirigir sob efeito de bebida alcoólica. Ao se manifestar sobre o assunto, Adailton Fúria declarou que não sabia da condenação do secretário porque ele já é funcionário de carreira e não apresentou documentos para tomar posse no cargo. Conforme a legislação municipal, qualquer servidor precisa apresentar a documentação exigida no ato de posse, inclusive certidões criminais. O fato de um servidor de carreira ser nomeado para um cargo comissionado não significa que ele não teve problemas judiciais no período em que ocupa o cargo de carreira. Mas Furia seguiu a recomendação do MP e o secretário de trânsito recém empossado já foi exonerado!