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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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COLUNA BOCA MALDITA: FECHAMENTO DE ESCOLAS?

FARRA DA CLOROQUINA. A Associação Médica Brasileira já divulgou várias notas informando que a cloroquina e a ivermectina, entre outros medicamentos considerados úteis no tratamento da covid-19, não possuem eficácia para esta finalidade. Mesmo assim, muitos municípios do Brasil fazem campanha publicamente para entrega de tais medicamentos. Esta situação é muito contraditória, porque as instituições médicas do país não costumam ser tolerantes com esse tipo de conduta. Se as autoridades especializadas na área dizem que o medicamento não é adequado, por que os prefeitos e secretários de saúde de milhares de municípios continuam entregando para a população? Em Cacoal, recentemente houve um evento no Complexo Beira-Rio, em que as pessoas faziam testes e recebiam o chamado “kit covid-19”. Por que as autoridades municipais não se manifestam sobre o assunto? Caso os medicamentos causem problema para alguma pessoa, onde as pessoas podem reclamar?

BATALHA JURÍDICA. O vereador Magnison da Mota parece ter algum problema contra as mulheres de Cacoal. Após o vereador Paulo Henrique ter apresentado um projeto com a finalidade de beneficiar as mulheres de vítimas de violência doméstica no município, Magnison pediu a retirada do projeto de pauta, quando já estava tudo encaminhado para ir ao plenário. Após pedir vista, o vereador alega que encontrou uma série de ilegalidades no projeto e que vai consertar os erros. A situação é bem curiosa, porque o autor da matéria, vereador Paulo Henrique é advogado e conhece a legislação brasileira, enquanto o vereador Magnison da Mota, segundo consta no portal do Tribunal Regional Eleitoral, concluiu apenas as séries iniciais do ensino fundamental, ou seja, até o quinto ano. Dentro da Câmara de Cacoal, circulam informações de que adversários políticos do vereador Paulo Henrique estariam usando o vereador Magnison para prejudicar a matéria. Caso isto realmente esteja ocorrendo, é lamentável que as mulheres de Cacoal sejam prejudicadas por brigas políticas.

FECHAMENTO DE ESCOLAS. As comunidades das Linhas 10 e 12 do setor rural de Cacoal estão indignadas com a administração do prefeito Adailton Fúria. O motivo da irritação é que o secretário de educação do município decidiu que vai fechar as escolas Anita Garibaldi e Maria Montessori, localizadas nestas linhas. Vale lembrar que existem vários vereadores interessados no fechamento das escolas e muitas famílias serão afetadas já que mais de 200 alunos estudam nas duas escolas. Nas redes sociais, circula o áudio gravado pelo presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Fernando Neves, em que ele afirma que a medida da secretaria de educação é acertada e que a decisão do secretário é merecedora de elogios. Entretanto, as coisas não são bem assim. O Ministério Público e os vereadores contrários ao fechamento das escolas deveriam chamar o secretário de educação para saber as razões de uma medida tão prejudicial aos moradores das linhas. Algumas pessoas aliadas da administração dizem que as escolas precisam fechar porque o município não tem lucro com essas escolas, mas este argumento não faz sentido, visto que são escolas públicas.

JURANDO FIDELIDADE. O fechamento de escolas não pode ser assunto discutido entre quatro paredes. A população rural merece respeito. Os vereadores Zivan Almeida, Romeu Moreira, Antônio Damião e Paulo Henrique já tiveram contato com moradores das linhas 10 e 12 para conversar sobre o assunto. Eles afirmam que são contrários ao fechamento. Os demais vereadores não se manifestaram, mas é preciso registrar que todos eles tiveram votos nas linhas onde estão as escolas ameaçadas. Ainda que não tivessem nenhum voto nas linhas, os vereadores têm a obrigação constitucional de zelar pela educação, conforme estabelece o Art. 99 da Lei Orgânica do município de Cacoal, além do Art. 205 da Constituição Federal. No dia da posse, os vereadores juraram defender as leis do país e a população de Cacoal. Vamos ver como fica a situação.

REGIMENTO INTERNO. Após as eleições, os vereadores eleitos partem para as comemorações e certamente não se lembram muito de observar determinadas situações. Até mesmo no dia da posse, eles ainda estão em estado de euforia, porque vencer uma eleição é uma tarefa bem difícil. Então, mesmo no dia da posse, eles não devem estar tão apegados aos detalhes, mas como já se passaram três meses de mandato, talvez seja interessante que eles observem o conteúdo do Art. 7º do Regimento Interno da Câmara Municipal de Cacoal, que traz a seguinte mensagem: “Prometo cumprir a Constituição Federal e a Constituição do Estado, observar as leis, desempenhar com lealdade o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do município e bem estar de seu povo”. Este é o juramento que todos os vereadores fazem no dia da posse e quando são chamados individualmente, eles respondem: “assim prometo”. É importante que eles não esqueçam do conteúdo desse artigo.

MAQUIAGEM HOSPITALAR. Na sessão da última segunda-feira, na Câmara Municipal de Cacoal, o vereador Paulo Roberto Duarte Bezerra (Paulinho do Cinema) fez duras críticas aos diretores do Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia (HEURO) localizado na Capital do Café. Conforme as declarações do vereador do PSB, muitas pessoas doentes são vistas nos corredores do hospital em macas e em situação totalmente inadequada, quando não há eventos do governo de Rondônia no município. Paulinho do Cinema declarou que no dia 26 de março, véspera da realização do “drive-thru” para testes de covid-19 em Cacoal, todos os doentes que estavam no HEURO colocados em macas nos corredores foram acomodados em quartos com camas e boa estrutura, para receber a visita do secretário de saúde do estado, Fernando Máximo. Em resumo, o vereador disse com todas as letras que foi feita uma maquiagem no HEURO para a visita do secretário. Queremos registrar que os funcionários do HEURO fazem de tudo para atender bem a população, e não são culpados por problemas que devem ser resolvidos pela SESAU.

PESQUISAS CIENTÍFICAS. Durante a sessão ordinária da Câmara de Cacoal ocorrida na última segunda-feira, o vereador Lauro Kloch fez um longo discurso e inúmeros elogios ao governo federal, dizendo que estão avançados os estágios de produção de vacinas. Entretanto, há um equivoco no discurso do vereador. Na realidade, as pesquisas sobre vacinas mais adiantadas que existem no Brasil são do Instituto Butantan e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que pertence à Universidade de São Paulo (USP). Essas instituições já solicitaram à ANVISA autorização para testes em humanos e aguardam as decisões da agência. Talvez o vereador não tenha as informações corretas sobre tais instituições, mas tanto o Instituto Butantan quanto a USP pertencem ao estado de São Paulo e são instituições que prestam serviços muito relevantes ao Brasil.

AMBULÂNCIA DE DIVINÓPOLIS. Há vários meses, os moradores do distrito de Divinópolis esperam por uma ambulância que foi comprada ainda em 2020. A finalidade da ambulância era atender a comunidade do distrito, mas até hoje não se tem notícia sobre quando o veículo será entregue à comunidade. Quando esteve no comando do Palácio do Café, a ex-prefeita Maria Simões já havia marcado a data de entrega da ambulância do distrito de Divinópolis, fato que significa dizer que realmente já foi comprada. Neste período em que o setor de saúde precisa funcionar de maneira bem eficiente a falta de uma ambulância no distrito representa uma carência muito grande, porque a distância é considerável. A comunidade do distrito precisa pelo menos saber por que a ambulância foi comprada no ano passado e até hoje não é utilizada para atender as finalidades da licitação.

FURA FILA DE UTI. Nos últimos dias foi aberto um procedimento para apurar supostas condutas de pessoas acusadas de terem furado a fila da vacina contra a covid-19 no município de Cacoal. Considerando que os atos e diligências da investigação não se tornaram públicos, não temos as informações precisas sobre os fatos, mas aproveitamos a oportunidade para informar às autoridades que existem diversas reclamações de famílias em Cacoal que tiveram seus familiares prejudicados pelo esquema de fura-fila também na busca por internações em UTI. É realmente necessário que as autoridades adotem as medidas necessárias para apurar se realmente existe esse esquema de furar filas de UTI. Por enquanto, existem muitas reclamações de familiares de pessoas que estão na fila de espera.

A LUCILENE GONÇALVES, diretora do Ceeja Aida Fibiger, profissional exemplar, cacoalense, pessoa extrovertida e bastante dinâmica, TAMBÉM LÊ TRIBUNA POPULAR.

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