TESTEMUNHAS DO SORTEIO. O vereador Paulinho do Cinema fez um discurso muito esclarecedor sobre o episódio referente às casinhas populares do residencial Vale Verde em Cacoal. Ele afirmou que esteve presente no local do sorteio, ocorrido em 2020 e que não houve absolutamente nada de errado nos procedimentos adotados pelas pessoas responsáveis pelo sorteio. Paulinho do Cinema lembrou que na ocasião, além dele, estavam presentes o então presidente da Câmara de Cacoal, Valdomiro Corá, o atual presidente João Paulo Picheck e diversas outras autoridades, que acompanharam o sorteio na presença de várias famílias contempladas com as casas populares. Paulinho do Cinema afirmou que ele assinou o lacre do computador usado para fazer o sorteio e que considera um absurdo as famílias serem prejudicadas, já que não cometeram nenhuma ilegalidade.
COMISSÃO DA VERDADE. No começo da atual administração, a secretária de Ação Social de Cacoal, Michelle Pavani, enviou um ofício ao Ministério do Desenvolvimento Regional pedindo informações sobre a situação do sorteio realizado na gestão da ex-prefeita Maria Simões. Após receber um email do citado ministério, o prefeito Adailton Fúria e a secretária realizaram uma live nas redes sociais e anunciaram que o sorteio realizado na gestão passada não teria validade, fato que deixou as famílias beneficiadas em total desespero. Antes de assumir a prefeitura de Cacoal, o então deputado Adaiton Fúria foi à Caixa Econômica em Porto Velho e tentou anular o sorteio. Esta situação foi citada por Michelle Pavani durante a live. Como a situação gerou uma grande polêmica, a Câmara de Vereadores resolveu formar uma comissão para apurar os fatos e buscar uma solução para o problema. Muitas famílias que precisam das casinhas e que foram sorteadas estão completamente desesperadas.
JAQUELINE CASSOL. A relação da deputada federal Jaqueline Cassol com o governador Marcos Rocha parece ser muito turbulenta. No começo desta semana, a deputada esteve na Câmara Municipal de Cacoal e participou da sessão ordinária para fazer esclarecimentos sobre os recursos solicitados por ela, através de emendas parlamentares, para os municípios de Rondônia, especialmente Cacoal, cidade onde reside a deputada. Além de informar que conseguiu para Cacoal cerca de 57 milhões de reais e explicar a finalidade de cada emenda, Jaqueline Cassol fez duríssimas críticas ao governador de Rondônia, lembrando que os deputados e senadores buscam fazer sua parte, mas o governo do estado não cumpre com a execução das obras. A deputada lembrou que destinou cerca de 10 milhões de reais para a construção de um complexo administrativo da Polícia Civil de Rondônia na cidade de Cacoal e que espera que o governo faça a sua parte. A deputada também podia aproveitar, já que o Governo não iniciou e nem explica quando vai iniciar a obra e contribuir com o desporto de Cacoal e salvar a Vila Olímpica, ou seja, arranjar um outro local que não seja parte do terreno dessa praça esportiva, que um dia, quando toda pronta, será orgulho para Cacoal. Acreditamos que a deputada e nem mesmo o governador aceitariam doar parte do terreno da Vila Olímpica para construir o complexo da Polícia Civil…
ESCOLAS AMEAÇADAS. O secretário de educação de Cacoal, Gideon Alves da Cruz, parece ter desistido da ideia de fechar as escolas rurais localizadas nas Linhas 10 e 12 do município. Na verdade, o secretário recebeu a visita de diversas lideranças das linhas que estavam revoltadas com a notícia de que as escolas seriam fechadas. A situação era dada como certa e tinha o aval de diversas pessoas que não possuem nenhum filho matriculado nas escolas que seriam fechadas. Nos bastidores políticos de Cacoal circula a história de uma terceira escola que seria fechada junto com as duas citadas acima. Porém, a terceira escola foi retirada da lista de ameaçadas, porque fica na linha onde há um político aliado da administração. Essa situação mostra que os motivos do fechamento das escolas são políticos. Cá entre nós, é difícil entender por que a administração decide fechar duas escolas que juntas possuem quase 300 alunos. Um cidadão da Linha 10, indignado com o possível fim da escola daquela linha, perguntava se o ato do prefeito Adaílton Furia, seria a retribuição aos votos conquistados por ele na localidade.
VEREADORES DA EDUCAÇÃO. Outra prova clara de que a decisão de fechar as escolas é política está no fato de que o secretário chamou para conversa diversos vereadores e lideranças sindicais. Quando percebeu que a maioria dos vereadores não aceita a ideia de fechar as escolas, o secretário mudou de opinião e disse que um novo estudo será feito sobre o assunto. Vale registrar que vários vereadores ligados ao prefeito também estavam trabalhando nos bastidores para fechar as escolas, mas quando os moradores das linhas se organizaram para cobrar uma posição dos representantes do povo, aqueles que antes eram a favor do fechamento mudaram de lado rapidamente e agora defendem outras opiniões. Talvez o secretário de educação não conheça as linhas onde deseja fechar as escolas, mas é um setor em que muitos alimentos são produzidos para vender todos os dias da semana nas feiras da cidade. Essas pessoas precisam de escolas para seus filhos.
INIMIGOS DAS MULHERES. Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Cacoal, ocorrida na última segunda-feira, o vereador Paulo Henrique Silva fez um relato detalhado de como estão se movimentando dois colegas de mandato para impedir a aprovação de um projeto de lei que pode beneficiar mulheres vítimas da violência domestica em Cacoal. Quando o projeto estava pronto para ir ao plenário, o vereador Magnison Mota pediu vista alegando que precisava fazer uma análise jurídica do projeto. Na semana seguinte propôs a retirada de praticamente todos os artigos. Na semana seguinte, o vereador Luiz Fritz fez a mesma coisa. Segundo o vereador Paulo Henrique, os dois vereadores estão sendo orientados pela Procuradoria Jurídica da Casa de Leis para fazerem de tudo contra a aprovação da matéria. Que coisa feia!!!
GARIMPO DE VOTOS. Com a proximidade das eleições do ano de 2022, diversos políticos que estavam sumidos de Cacoal começaram a fazer visitas ao município. Alguns deles buscaram o caminho mais fácil, que é prometendo arrumar emendas para os vereadores. Entre os políticos que estavam sumidos da cidade, podemos citar o deputado estadual Ismael Crispim que possui reduto em São Miguel do Guaporé, mas passou a visitar Cacoal e buscar aliados para a próxima disputa. Ismael Crispim teve 67 votos em Cacoal na eleição de 2018, mas um dos vereadores da Câmara de Cacoal teria prometido a ele pelo menos 1.000 votos em Cacoal no ano que vem. Até o momento o deputado Ismael Crispim não trouxe nenhum resultado concreto para a Capital do Café, mas em suas visitas tem feito várias promessas. Talvez essas constantes visitas do deputado a Cacoal estejam acontecendo porque em sua cidade há muitos eleitores descontentes com ele. É possível que esteja buscando novos eleitores.
CEM DIAS DE FÚRIA. Amanhã é uma data que certamente vai marcar a administração do prefeito Adailton Fúria. Neste dia 10 de abril, ele completa 100 dias à frente do poder executivo em Cacoal. No universo político existe certa tradição dos mandatários em fazer algum evento público referente aos primeiros 100 dias de mandato. Este período é chamado por muitos políticos de “tempo para arrumar a casa”. Muitos eleitores também cultivam a tradição de não fazer críticas contra os governantes antes deste período e, no caso de Cacoal, diversos eleitores manifestaram opinião nos primeiros dias de administração Fúria, dizendo que dariam opinião sobre a administração a partir de 100 dias. Assim, podem surgir elogios e críticas já no começo da próxima semana, principalmente nas redes sociais, ferramentas que os políticos gostam muito no período de campanha, mas costumam sumir depois das eleições. Que o Adailton Furia tem uns puxa sacos fanáticos, tem. Bem antes dos 100 dias, já lançaram ele como candidato a Governador! Se cuide, Marcos Rocha!!!! O prefeito teve dois anos de deputado e já falam que ele vai ter ter dois anos de prefeito… É muita sede!