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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Artigo: EDUCAÇÃO, TRABALHO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

5G, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DESAFIARÃO AS METODOLOGIAS E OS PAPEIS DOS AGENTES ESCOLARES NOS PRÓXIMOS ANOS.

*Prof. Dr. Valmor Bolan

No discurso de abertura do leilão do 5G, na sede da ANATEL, em Brasília, em 4
de novembro de 2021, o ministro das Comunicações Fábio Faria foi entusiasta,
afirmando: “Vamos mostrar ao mundo que o Brasil está agora  na economia digital”,
destacando ainda o futuro que espera para as escolas, com mais investimentos na
Ciência da Computação e na Inteligência Artificial, etc., acrescentando: “estão indo para
esse caminho. E a gente não podia deixar o Brasil de fora. (…)  Nós temos que capacitar
nossos jovens  para essa geração 5G”. O ministro espera assim preparar as novas
gerações para o mercado de trabalho, que exigirá conhecimento especializado nessas
áreas. Eric Aislan Antonelo é cientista da computação com mestrado em Engenharia de
Sistemas de Computação, na linha de pesquisa “Sistemas Inteligentes”, pela
Universidade de Halmstad, na Suécia, e doutorado em Ciência da Computação pela
Universidade de Ghent, na Bélgica. Para ele, "no mundo do trabalho, poderá ser critério
de desempate, transferindo à escola o dever de ensinar o básico de ciência da
computação a fim de garantir a empregabilidade".
Diante do impacto da Inteligência Artificial no mundo do trabalho, Eric Aislan
Antonelo, em entrevista a Tácia Rocha, explica que é "imprescindível   que   governos
tomem  a iniciativa para criar políticas sociais para absorver o impacto causado pela IA
no mercado de   trabalho   possivelmente  através do treinamento  de  pessoas  para
novas  funções; imposto sobre produtos altamente automatizados. Por esse impacto que
a IA vai causar, ela   já   faz   parte   da   quarta   revolução   industrial   juntamente
com   nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, drones, sistemas de armazenamento de
energia, etc." Defende, portanto, que os profissionais sejam capacitados para saberem

lidar com as demandas da sociedade 4.0, em curso com uma velocidade muito maior do
que imaginávamos até há pouco tempo. Aqueles que estiverem mais capacitados, terão
melhores condições de obter colocação nos novos postos de trabalho que irão surgir, em
decorrência das novas demandas. Os especialistas dizem que poderá haver mais
desemprego, tendo em vista que nem todos conseguirão fazer essa adaptação, mas há
outros estudiosos que apostam no surgimento de novas profissões, que permitirão a
absorção da mão-de-obra em outras atividades. Mas a maioria teme que a Inteligência
Artificial venha substituir postos de trabalho mais qualificados, e há muito ceticismo
ainda em relação a isso. Um dos setores da sociedade que mais sofrerá impacto dessas
novas mudanças certamente será o da Educação.
Gilson Pereira dos Santos Júnior, ao resenhar um livro de Rui Fava: "Trabalho,
educação e inteligência artificial: a era do indivíduo versátil" (2018), explica que "ao
analisar a 'tecnologia, automação e educação' e demonstrar como está a 'educação no
mundo contemporâneo', o autor propõe uma abordagem de 'aprendizagem ativa e
experimental', no intuito de sair do repetitivo e preditivo, para uma educação inovadora,
inspiradora e constantemente evolutiva, gerando o 'currículo por competências'. O autor
evidencia que cooperação, resiliência, ética, liderança,

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