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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Coluna Boca Maldita – ORÇAMENTO SECRETO

ORÇAMENTO SECRETO

O senador Marcos Rogério vai precisar dar muitas explicações durante a campanha, porque a imprensa divulgou recentemente que ele foi beneficiado com mais de 184 milhões de reais do chamado “Orçamento Secreto”, esquema montado pelo Centrão no Congresso Nacional, para compra de apoio ao governo federal. Embora o Supremo Tribunal Federal tenha determinado que o Congresso dê transparência à distribuição de recursos para os membros do Centrão, pouco se sabe sobre o destino dos recursos de muitos senadores e deputados federais. Há casos em que os recursos foram parar em estados muito diferentes daqueles dos quais os congressistas são representantes, como forma de apoiar colegas do grupo liderado por Artur Lira e Ciro Nogueira. No caso do senador rondoniense, não podemos afirmar que os recursos foram destinados a outros estados, mas tão logo ele preste os esclarecimentos necessários, divulgaremos as informações aqui na coluna.

FIEL ESCUDEIRO

Enquanto o senador e pré-candidato ao governo não se manifesta sobre os 184 milhões, podemos afirmar com certeza que ele, junto com o senador Fernando Collor de Melo são fiéis escudeiros do presidente Jair Bolsonaro e sues filhos, dentro do Congresso Nacional. Durante a CPI da Pandemia, que investigava possíveis atos de corrupção na compra de vacinas, Marcos Rogério ficou conhecido nacionalmente pelo bordão “Vai vendo, Brasil”, usado por ele para contestar os colegas da CPI em defesa do governo Bolsonaro. Como Rondônia é um estado bolsonarista, é possível que os seguidores do presidente da República não queiram cobrar do senador as explicações sobre verbas do orçamento secreto, mas os grupos políticos adversários certamente levarão o assunto para os palanques já no início da campanha, na segunda quinzena de agosto.

PAULO HENRIQUE

Está marcada para este sábado, em Porto-Velho, a convenção do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Na ocasião, os trabalhistas, liderados pelo ex-deputado federal Nílton Capixaba, irão definir as listas de candidatos a deputados federais e estaduais para as eleições deste ano. A convenção também decidirá quais os candidatos ao governo de Rondônia e ao Senado Federal serão os candidatos do PTB. Até este momento, a tendência é que a maioria dos convencionais aprove a ideia de apoiar o atual governador Marcos Rocha, mas não se pode apostar todas as fichas, visto que muitas mudanças ainda podem acontecer até o dia 05 de agosto, prazo final para as convenções. Entre os nomes cogitados para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Rondônia está o vereador Paulo Henrique Silva, considerado um dos principais vereadores de Cacoal e opositor ferrenho do prefeito Adailton Fúria. Caso seja aprovado na convenção, Paulo Henrique será uma excelente opção para renovar a Assembleia Legislativa de Rondônia, visto que possui um currículo muito bom. Além de advogado e jornalista, ele foi assessor parlamentar muitos anos e conhece bem as atribuições de um deputado.

DIMAS BARBOSA

O servidor aposentado dos Correios, Dimas Barbosa, foi ao município de Ouro Preto do Oeste, esta semana, e participou da convenção do seu partido (PSC). Dimas tentava uma das vagas para deputado federal da sigla, mas acabou cortado na convenção. Em sua pré-campanha, Dimas Barbosa percorreu muitos municípios de Rondônia, buscando apoio para o projeto de tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Infelizmente o projeto não deu certo e ele está muito triste, porque já havia conquistado bons aliados em Cacoal e vários outros municípios da Zona da Mata e Região Central de Rondônia. Em 2020, quando anunciou sua pré-candidatura à prefeitura de Cacoal, Dimas Barbosa também chegou a realizar diversas reuniões em busca de aliados para entrar na disputa, mas, naquela ocasião, ele também acabou fora, quando teve o tapete puxado pelo PSL, sigla pela qual tentaria chegar ao cargo de prefeito. Em 2020, ele sequer participou da convenção, visto que foi barrado muito antes do processo acontecer.

VINICIUS MIGUEL

Outro que teve seu projeto inicial afetado é o advogado e professor universitário Vinicius Miguel. Ele era o nome escolhido do Partido Socialista Brasileiro (PSB) para disputar o governo estadual. Entretanto, a cúpula do partido mudou de opinião e retirou o nome de Vinícius Miguel da indicação para concorrer à sucesso estadual. Vinícius enviou mensagem para os aliados informando que o projeto agora é disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. A decisão do PSB irritou muitas pessoas que já estavam se organizando no interior do estado para defender o nome de Vinícius Miguel na campanha ao governo. Vinícius Miguel disputou o governo de Rondônia nas eleições de 2018 e teve votação expressiva, principalmente na capital do estado, seu reduto eleitoral mais sólido e a expectativa é que ele tivesse desempenho melhor este ano, quando sua candidatura ao governo contaria com um grupo bem mais amplo de apoio, já que a frente de esquerda no estado terá cerca de sete a oito partidos. Assim, resta saber como ele se sairá na disputa por uma cadeira de deputado federal. A saída de Vinícius da disputa pela vaga de governador pode ser muito benéfica para o deputado Leo Moraes, que é pré-candidato ao governo e também possui na capital de Rondônia sua maior força nas urnas.

SENADOR DA ESQUERDA

Após ter tentado ser candidato a senador por vários grupos políticos de Rondônia, o ex-senador Expedito Junior agora negocia com líderes da frente progressistas de Rondônia a vaga para entrar na disputa. Em nota publicada esta semana, Anselmo de Jesus, um dos lideres do PT no estado, informou à militância que Expedito Junior está conversando com o grupo da esquerda. Não é impossível que o nome dele seja emplacado como candidato a senador pelo grupo, porque várias decisões da frente popular de Rondônia têm sido tomadas por caciques dos partidos que fazem parte do grupo, porém será uma missão muito difícil convencer a militância de que Expedito Junior é militante da esquerda e o tiro pode sair pela culatra da frente progressista. Depois que a nota foi divulgada, muitos militantes conhecidos da esquerda rondoniense torceram o nariz para os líderes do grupo e anteciparam que a ideia não será muito bem-vinda. Resta saber se Anselmo e cia vão insistir nas conversas. A convecção dos partidos que formam a frente progressista de Rondônia está prevista para o próximo fim de semana em Porto-Velho.

ELEIÇÕES EM CACOAL

Caso sejam confirmados todos os nomes que pretendem disputar as eleições para deputados estaduais e federais pelo município de Cacoal, a Capital do Café deverá ter entre 12 e 14 candidaturas para a Assembleia Legislativa e cerca de 08 a 10 para a Câmara Federal. Estes números desagradam principalmente alguns dos caciques cacoalenses que preferem participar da eleição sem precisar enfrentar concorrentes locais. A participação de muitos candidatos fragmenta os votos da cidade, mas é uma estratégia adotada por muitos partidos com a finalidade de construir votos para alcançar o quociente eleitoral e favorecer candidatos que já ocupam mandato. Nem sempre o sistema de escadinha funciona como planejam os caciques, porque é normal o surgimento de candidatos anônimos que acabam superando os políticos profissionais. Na eleição de 2018, mais de 30% das vagas na Assembleia Legislativa de Rondônia foram preenchidas justamente por candidatos que eram considerados escadinha dos partidos. É esperar e ver o que acontece nas urnas no dia 02 de outubro.

MEDO DO CHEFE

A sessão extraordinária realizada pela Câmara de Cacoal no meio desta semana foi uma prova clara de que os vereadores têm muito medo do prefeito Adailton Fúria. Três dias antes da sessão, um áudio vazado continha uma mensagem do prefeito dizendo que iria suspender o atendimento nas unidades de saúde do município e recolher ao pátio todas as máquinas e equipamentos, casos os vereadores não aprovassem alguns projetos que chegaram ao legislativo no mesmo dia em que o áudio foi gravado. O presidente da Câmara de Cacoal, que estava viajando, voltou imediatamente a Cacoal e convocou uma sessão extraordinária para o dia seguinte. Na sessão, todos os projetos de interesse do prefeito foram aprovados e depois os vereadores voltaram ao recesso. Em todas as rodas de conversas sobre política em Cacoal, a Câmara Municipal é conhecida como “puxadinho da prefeitura” e os fatos ocorridos esta semana deixaram claro que o apelido não é por acaso. Sempre que algo errado acontece na Prefeitura de Cacoal, é muito raro algum secretário sair em defesa do prefeito, mas os vereadores brigam até com a população para defender o chefe do executivo.

REGISTRO DE CANDIDATURAS

Como estamos no prazo determinado para as convenções partidárias, é importante informar aos leitores da coluna que a legislação eleitoral determina que os partidos ou federações têm até o dia 15 de agosto para solicitarem ao Tribunal Regional Eleitoral os pedidos de registros das candidaturas. Geralmente os partidos costumam fazer os pedidos na última hora, porque, mesmo depois de realizadas as convenções, ainda existem várias possibilidades de alterações nas decisões dos partidos, inclusive a substituição de eventuais candidatos que deixarem a disputa. Após os pedidos de registros de candidaturas, os partidos, Ministério Públicos Eleitoral, ou outros interessados podem pedir a impugnação de registros, com base em diversas possibilidades legais, entre elas os itens elencados na chamada Lei da Ficha Limpa, norma que foi criada a partir da iniciativa popular e cuja finalidade é eliminar candidatos considerados fichas sujas.

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