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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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7 em cada 10 médicos brasileiros já apresentaram sinais de depressão

A saúde mental dos médicos brasileiros está comprometida. É o que aponta o levantamento Saúde Mental do Médico 2022, realizado pelo Research Center, centro de pesquisa ligado à Afya, ecossistema de educação em saúde e healthtechs.

As perguntas abordavam tópicos como qualidade de sono, regularidade de alimentação saudável, tempo de lazer disponível, relações institucionais, uso de drogas e estresse ocupacional. A pontuação média do estresse dos médicos brasileiros foi de 23,4, o que é superior a outros países que realizaram o mesmo teste.

Por exemplo, médicos dos Países Baixos pontuaram 17,9; ao passo que na Arábia Saudita o número foi de 18,07. “A saúde mental do médico foi tema recorrente nos últimos dois anos, especialmente por conta da pandemia”, afirma Eduardo Moura, médico e diretor de pesquisa do Research Center, em comunicado.

Segundo o levantamento, 69,4% dos médicos do país já apresentaram sinais de depressão durante a vida. E para metade dos entrevistados, a condição ainda é uma realidade: 26,8% têm um diagnóstico atual e 23,4% manifestam sintomas, mas não fazem acompanhamento.

Quando questionados sobre como o estresse interfere em sua produtividade no trabalho, 75% responderam que sua performance havia sido abalada. Para 56% dos entrevistados, a tensão se deve a uma insatisfação com o sistema de saúde e as condições de trabalho.

Outro dado da pesquisa que corrobora esse sentimento é que a maioria dos participantes (75%) não tem suporte da instituição onde trabalham em casos de adoecimento mental ou sofrimento emocional. Além disso, quase metade (47%) dos profissionais de saúde entrevistados podem fazer turnos de mais de 24 horas e outros (46%) não recebem remuneração durante as férias.

Vida fora do hospital

Outros dados alarmantes da pesquisa revelam que 65% dos médicos não chegam a dormir entre seis e oito horas por dia, 67% não mantêm uma rotina de lazer e 36% não seguem uma rotina de alimentação saudável.

Para Moura, a precarização é um problema ocupacional negligenciado e que precisa ser visto como prioridade. “Percebemos que a população médica do Brasil possui hábitos de vida que potencializam o estresse e o adoecimento mental, ao mesmo tempo em que as condições de trabalho são preocupantes e impactam a vida e o desempenho desses indivíduos”, resume.

(https://revistagalileu.globo.com)

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