No dia 11 de dezembro vai ser realizada no município de São Francisco do Guaporé, a soltura de tartarugas do projeto Quelônios do Guaporé, organizada pela Associação Comunitária e Ecológica do Vale do Guaporé – Ecovale. O evento é considerado um dos maiores do mundo e tem o apoio do Governo de Rondônia, com ações coordenadas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – Sedam e Batalhão de Polícia Ambiental – BPA, além do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis – IBAMA.
A segunda fase das atividades, iniciou em novembro
Segundo informa o vice-presidente da Ecovale, Zeca Lula, que coordena a ação as atividades foram divididas em três etapas. A primeira fase do projeto consistiu na realização de monitoramento ambiental da desova das tartarugas no Vale do Guaporé, com a identificação e quantificação dos ninhos. “Durante esse período de desova, em outubro, o cuidado com a proteção desses animais é redobrado devido à pesca e captura ilegal”, esclareceu o vice-presidente, destacando que a segunda fase, iniciou em novembro, com o monitoramento das seis praias principais, mas desta vez, para o nascimento dos filhotes, que os técnicos chamam de eclosão; foram identificados mais de 120 mil ninhos, somente este ano.
QUELÔNIOS
Na região do Vale do Guaporé predominam as espécies de tartarugas e tracajás. A tartaruga-da-amazônia (podecnemis expansa) é a maior espécie do gênero e de acordo com o Tortoise Freshwater Turtle Specialist Group – TFTSG é considerada como vulnerável e um dos motivos é devido à coleta excessiva de ovos e dos adultos para consumo e venda. O maior risco ocorre durante a estação da seca, no período do verão amazônico, as tartarugas migram para os rios em busca de praias arenosas que se formam nos cursos médios e baixos, para se reproduzirem formando ninho uma única vez durante o seu período reprodutivo. Todos os cuidados são monitorados pelas equipes ambientais.