De acordo com a denúncia feita pelo vereador Paulo Henrique, o prefeito está pagando com dinheiro público servidores sem autorização da Câmara. “O povo é quem manda na Prefeitura e a Câmara de Vereadores representa o povo. Nós detectamos a falha e levamos ao conhecimento do Ministério Público, no entanto, não estamos vendo nenhuma atitude do MP quanto às denúncias a essa administração.
Se eles tivessem se manifestado, não teríamos passado por isso, pois o procurador da Câmara, Valter Mateus, disse que validar o projeto 193 é um absurdo, somente em casos excepcionais e este não é um dos casos”, disse.
A versão do prefeito
Ouvido pela reportagem deste www.expressaorondonia.com.br, o prefeito Adailton Ferreira Antunes, o Fúria, afirmou que o vereador Paulo Henrique está mentindo. “Ele está faltando com a verdade no que está dizendo. Primeiro não sou eu quem faz o processo seletivo, mas uma comissão da Prefeitura. Não são todos os cargos que precisam de autorização legislativa, como é o caso dos cargos do magistério. A comissão, após identificar as falhas no processo seletivo e com parecer jurídico, o que eles fizeram, encaminharam para ratificação da Câmara para não perder o processo seletivo em andamento, no qual foram contratadas 20 e poucas pessoas. Assim que o erro foi identificado as contratações foram suspensas e o ofício encaminhado para a correção legislativa. Isso se chama “vício de origem” identificado dentro do processo do teste seletivo, e é natural que a Câmara faça a correção. Quando fui vereador e deputado também fiz isso, que é natural. Então, o vereador está querendo criar uma situação e a oposição está aí para fazer seu papel, mas a verdade é essa, que aliás, eles ouviram do MP, que é um vício sanável e a decisão de corrigir ou não caberia à Câmara”, disse.
Veja o documento produzido ainda na tarde da quarta-feira sobre a denúncia do vereador:
Henrique lembrou que mesmo sendo avisado três vezes da irregularidade, assim mesmo o prefeito enviou o projeto 193. “A Câmara não é contra o prefeito e o Centro do Autismo, inclusive sendo aprovado por unanimidade a gratificação dos profissionais e o prefeito está usando o projeto para escapar do crime de improbidade. Se o projeto 193 tivesse sido aprovado sábado, às aulas iriam começar ou não?
Fica uma reflexão para a sociedade de um prefeito mentiroso. Se ele enviar o citado projeto do Centro do Autismo separado do da educação, tenho certeza que este poder legislativo vai se reunir o mais rápido possível para aprovar”, finalizou.
Fonte: www.expressaorondonia.com.br