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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Coluna Boca Maldita – 1º DE ABRIL

PRIMEIRO DE ABRIL

Hoje é o dia 1º de abril! Popularmente esta data é parte do folclore brasileiro e muitas pessoas passaram a relacionar a data com a conduta dos políticos do Brasil. Na verdade, o Dia da Mentira surgiu mesmo na França, no século XVI, quando o rei da época adotou diversas mudanças no calendário. Entre essas mudanças, a data do Ano Novo, que era comemorada no mês de março (de 25 de março a 1º de abril), passou a ser comemorada em 1º de janeiro. Assim, os franceses que seguiam comemorando o Ano Novo em 25 de março passaram a ser considerados tolos, porque faziam as comemorações na data errada. Por esta razão, o dia 1º de abril foi instituído como o Dia da Mentira. No fim do século XVI, o Papa Gregório XIII publicou o documento que criou o Dia da Mentira nos países católicos. A partir daí, a data é marcada para que pessoas contem mentiras umas para as outras. Como, no Brasil, os políticos possuem fama de prometer as coisas e não cumprir, eles estão sempre muito vinculados ao Dia da Mentira.

 

PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

Os conflitos políticos dentro do poder legislativo da Câmara de Cacoal parecem não ter nenhuma previsão para que a história tenha um fim. Nesta semana, o vereador Romeu Moreira usou o seu tempo de discurso na Tribuna da Câmara para falar e até mesmo desabafar sobre o assunto.  “Você, cidadão de bem de Cacoal, sabe porque estamos nesse imbróglio político-administrativo desde o início do processo para a escolha da mesa diretora desta casa? “Simplesmente porque o atual presidente desta Câmara de Vereadores, João Paulo Pichek, ignorou o regimento interno desta casa e tenta, de todas as formas, eleger a chapa liderada pelo vereador Valdomiro Corá, por coincidência a chapa da qual o mesmo faz parte como postulante à 1ª secretaria”, disse Romeu em um dos trechos do seu discurso.

 

FOI ALÉM

Romeu Moreira, assim como já vimos muitos cidadãos cacoalenses indagarem, questionou também em seu discurso a qualificação profissional de Valdomiro Corá, o outro concorrente na disputa pela presidência da Câmara Municipal de Cacoal. “Aí eu pergunto, quais as qualidades que o vereador Corá tem para nos representar perante esta Casa de Leis?”. Romeu então elencou alguns processos que tramitaram ou ainda correm na Justiça em face de Valdomiro Corá. Seriam pelo menos 30 ações, entre elas crimes contra o patrimônio, improbidade administrativa, crimes contra a paz pública, contra as finanças públicas, contra a honra e ainda calúnia, abuso de poder político e responsabilidade administrativa”.

 

CORÁ POLÊMICO

Claro que Valdomiro Corá foi eleito vereador pelo povo de Cacoal. Mas parece não haver dúvidas de que os cidadãos cacoalenses, em sua grande maioria, não concordam muito com o jeito Corázinho de Legislar. É difícil, para não dizer quase impossível, encontrar um que o elogie, sem querer nada em troca. Corá foi eleito pelo povo, um povo de 845 (se não me engano) votos. Apenas essa foi a quantidade de cacoalenses necessária para que Corá representasse, na Câmara Municipal, os aproximadamente 100 mil cidadãos da Capital do Café. Ou seja, nem mil cacoalenses são necessários para escolher um representante que deva legislar pela maioria da população. Talvez por isso é tão fácil encontrar críticos ao vereador Corá entre os milhares de eleitores cacoalenses. E você leitor? Qual a sua opinião sobre Valdomiro Corá? Conta pra gente por meio das redes sociais!

 

ACORDOS POLÍTICOS

Mas enfim, nessa confusão toda,  muitos se manifestaram se Corá é ou não a opção certa para presidir a Casa de Leis de Cacoal. Muitos vereadores passaram a fazer discursos falando de moral, honestidade e outras coisas que a população cobra dos políticos, tanto para defender quanto para criticar. A grande verdade é que o conflito gera desgaste para os três lados: os dois grupos de vereadores possuem defensores e ninguém aceita as teses uns dos outros. Por sua vez, o prefeito sofre enorme desgaste, visto que perdeu aqueles que, até pouco tempo, eram seu apoio dentro do legislativo. Nos primeiros meses de mandato, um único vereador acusado de ser opositor era apenas o Doutor. Hoje o prefeito tem a oposição de 06 vereadores e muitos deles se comportam assim, talvez por ciúmes, mágoas passadas, ego ferido. É o que dizem.

 

BANHEIROS QUIMICOS

O duro é que nessa briga pelo poder político, a população também acaba sofrendo algumas consequências. Poucos dias atrás, o vereador João Paulo Picheck fez um estardalhaço criticando os altos valores pagos por aluguel de banheiros químicos utilizados nas feiras. Fúria foi às redes sociais tentar explicar todo o processo do aluguel dos banheiros, a morosidade e burocracia inerentes à administração pública, coisa que o Pichek já deveria saber. Para o vereador João Paulo Picheck, era simples, o município deveria comprar banheiros que, segundo ele, custam menos de 2 mil reais a unidade no Mercado Livre. Mas como explicou Fúria, o município não pode comprar no Mercado Livre. O processo é bem mais complicado e os caminhos a serem percorridos mais extensos. E o vereador também parece que se esqueceu que comprar é a parte mais fácil, depois disso vem a aquisição constante de insumos para o tratamento químico desses banheiros, o custo e o trabalho para fazer o descarte correto dos resíduos. São situações como essa que as vezes tornam muito mais simples terceirizar o serviço para quem já tem todo o know how e estrutura. Ou será que o vereador achou que era só descartar a merda no rio?

 

SETOR PROSPERIDADE

Segundo as más línguas, diversas pessoas que residem no Setor Prosperidade, na zona rural de Cacoal, comentam que o prefeito Adailton Fúria teria ameaçado retirar as máquinas que fazem serviços para os produtores, por não aceitar o fato de Toninho do Jesus fazer parte do grupo de vereadores que votou em Valdomiro Corá para a presidente da Câmara de Cacoal. Uns poucos que residem no Setor Prosperidade afirmam que existem áudios gravados pelo prefeito que comprovam tal situação, mas sabe-se lá porque, não puderam apresentar os áudios para esta coluna confirmar a veracidade da denuncia. Uma coisa é certa, Furia sempre faz questão de mostrar as maquinas trabalhando em vários cantos da cidade e da área rural e agora ficaremos atentos para ver se o Setor Prosperidade está sendo mesmo retaliado e se as máquinas não estão aparecendo por lá. Torcemos para que não!

 

PRÓXIMO ADVERSÁRIO

Durante dois anos de mandato, o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria, era praticamente unanimidade em todos os órgãos que possuem o poder de fiscalizar a Administração Municipal. Esta realidade, porém, fizem que mudou em 2023. Atualmente, existem diversos opositores dentro da Câmara Municipal e o prefeito deverá encontrar enormes dificuldades para aprovar matérias que não têm efeito direto na vida da população. Já chegou ao conhecimento dos vereadores que o prefeito pretende aprovar uma matéria criando o cargo de secretário-adjunto em diversas secretarias do município e que pretende enviar ao legislativo um projeto para aumentar o salário do prefeito. Esses dois temas não seriam aprovados hoje, com o clima político que existe na cidade e por razões técnicas. Se quiser ver essas propostas aprovadas, o prefeito vai precisar ter dentro da Câmara de Cacoal mais de 06 votos, número exigido por lei para matérias dessa natureza. Tudo indica que ele teria facilmente os 06 votos do grupo de vereadores que defendem a administração, mas esses votos não são suficientes para aprovar tais matérias. Conquistar o sétimo voto ou o oitavo vai ser uma missão muito espinhosa. Além dos vereadores que fazem oposição atualmente, o prefeito também precisas se preparar para uma guerra contra o Conselho Municipal de Saúde, porque circulam informações de que alguns membros do CMS estão muito irritados com a administração.

 

PARA REFLETIR

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas”. ( Sun Tzu, filósofo chinês que viveu antes de Jesus Cristo)

 

 

 

 

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