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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Estado mineral, Rondônia é 1º em estanho, surpreende com columbita e tantalita, mas é ignorado da pauta econômica

MONTEZUMA CRUZ

PORTO VELHO – Descontando-se o contrabando que ainda existe, o Estado de Rondônia extraiu em 2022 o volume bruto de 12 mil e 25,1 toneladas de minério de estanho (cassiterita), dos quais a produção contida totalizou 6 mil 530 t. A produção nacional alcançou 22 mil 157,7 t.
No atual relatório da Agência Nacional de Mineração (ANM) consta que a comercialização rendeu R$ 881 milhões 339,3 mil. O montante nacional somou R$ 1 bilhão 544,15 mil.

Rondônia se mantém em 1º lugar, seguido pelo Estado do Amazonas que obteve 7 mil 446 t, mas registra 12 mil 658,5 t de minério contido, comercializando R$ 375 milhões 158,5.

Há 12 anos, desde o governo Ivo Cassol, sem qualquer justificativa convincente para que estejam fora dela, números do setor mineral não aparecem na pauta econômica oficial, tampouco constam nos observatórios econômicos do governo estadual.

Na tabela do valor da produção comercializada as principais substâncias metálicas, Rondônia ocupa o 8º lugar, com R$ 1 milhão 513,59 mil (0,48% na participação nacional) e aí possivelmente se enquadram o manganês de Espigão do Oeste, o zinco e o cobre de Nova Brasilândia d’Oeste e Corumbiara. À frente vem Mato Grosso do Sul, com R$ 2 milhões 398,66 mil. O Pará lidera, notadamente com o ferro extraído nas Minas de Carajás e adjacências, movimentando R$ 145 milhões 957,48 mil.

 

OS 11

Somou R$ 312,9 bilhões o valor das 11 principais substâncias metálicas no País, correspondendo a 89% do valor da produção total. Desse montante, Pará e Minas Gerais perfazem 88,1% do valor da produção. O ferro detém 80,1% do valor total da produção.

Conforme o relatório ano base 2021, o time que proporciona essa fortuna ao País é formado pelo alumínio, cobre, cromo, estanho, ferro, manganês, nióbio, níquel, ouro, vanádio e zinco. Ao todo, 227 minas diversas estão em franca produção.

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As exportações minerais brasileiras totalizaram no ano passado US$ 75,4 bilhões, ao passo que as importações nesse setor somaram US$ 15,7 bilhões.

Aos estados, a Compensação Federal Sobre Exploração Mineral (CFEM) destinou R$ 9,77 bilhões. Até o ano passado, segundo a ANM, o País possuía 4.871 títulos outorgados (59,7% na região sudeste, 55,5% no centro-oeste e 29,2% no centro-oeste.

COLUMBITA E TANTALITA

Na exploração ainda pequena de columbita e tantalita, Rondônia aparece no anuário da ANM com 1 mil 416,6 t, obtendo ínfimos R$ 41 mil 358,6, enquanto o Amazonas explorou 7 mil 446,2 mil t, conseguindo R$ 84 mil 26,8.

São minerais que possuem teor de nióbio, raridade no mundo, de grande potencial na indústria – resistente à corrosão e supercondutor , porém pouco aproveitado no País. Rondônia tem.

Descoberto em 1801 pelo cientista britânico Charles Hatchett e inicialmente batizado como columbium, só em 1846 o nióbio teve sua atual nomenclatura conhecida, com referência à figura da mitologia grega Níobe (filha de Tântalo), devido a sua semelhança com o tantálio ou tântalo (Ta). Pertence à família 5ª da tabela periódica.

MONTEZUMA CRUZ
Fotos: Rosinalva Galindo, Lúcia Kanekawa blogspot e Materiais Júnior

Fonte: expressãorondonia.com.br

 

 

 

 

 

 

 

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