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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Coluna do Xavier – CACOAL: A CÂMARA, AS BÍBLIAS E OS MERCADORES…

Por Francisco Xavier Gomes

 

CACOAL: A CÂMARA, AS BÍBLIAS E OS MERCADORES…

 O debate político no âmbito da Câmara Municipal de Cacoal realmente tomou um rumo jamais visto, nas piores composições que já tivemos na Casa de Leis de Nossa Urbe Obediana. Entre os problemas mais evidentes, estão os conchavos políticos, sinecuras e prebendas que são utilizadas por políticos locais para terem presa às suas mãos a parte que encerra a porção terminal da coluna vertebral de metade da edilidade. Todavia, quando alguém ousa dizer algumas verdades sobre a relação de promiscuidade que há entre parte do legislativo municipal, parte do legislativo estadual e o executivo obediano, alguns membros da edilidade reagem, como se tivessem alguma condição moral ou ética para contestar as lambanças protagonizadas por eles. Em recente publicação, nesta coluna, questionei a hipocrisia dos vereadores que fazem discursos de moralidade e aproveitei que, naqueles dias, o cristianismo comemorava a Páscoa, para registrar algumas metáforas, metonímias e sinestesias que evidenciam bem a conduta de vários edis. Como eles fazem costumeiramente, confundiram tudo que foi dito e, cinicamente, usaram o púlpito da Casa para proferir verborragias e tentar dizer aos incautos que formam a plateia deles para dizer que questionei a bíblia. Que caras de pau!!!!

Inicialmente, cabe esclarecer que não tenho e nunca tive nenhuma pretensão de dar aulas sobre bíblia, porque não tenho absolutamente nenhum interesse por este assunto, principalmente por entender que a laicidade deveria ser a tônica de qualquer indivíduo eleito pelo voto popular, num país como o Brasil. Infelizmente, no caso de Nossa Urbe Obediana, há diversos vereadores que se fingem de religiosos para angariar os votos de pessoas honestas, porém incautas, que frequentam as inúmeras igrejas da cidade. Alguns deles até mudam de igrejas em períodos eleitorais, conforme a quantidade de membros, sem jamais terem vivido nenhuma lição dada por Jesus Cristo. Eu não reconheço nenhum dos vereadores como intérprete da bíblia, porque, assim como os apóstolos, muitos edis são analfabetos. Exatamente por este motivo, não tenho nenhuma razão para discutir a bíblia com nenhum político de Cacoal, porque a hipocrisia de muitos deles está evidente nos seus discursos; e completamente oculta em suas práticas. Se nossos vereadores não têm capacidade para entender o Regimento Interno da Câmara de Cacoal, escrito em linguagem literal, em apenas 85 páginas, imagine o leitor se eles teriam capacidade para entender cerca de 1.500 páginas da bíblia cristã, escrita em linguagem figurada. Definitivamente, as Figuras de Linguagem não são o forte de nossa vereança…

E, ainda que os vereadores tivessem conseguido entender o que foi dito na coluna anterior, este escriba não tem nenhuma obrigação de acreditar na Bíblia dos Vereadores. E, aí, precisamos deixar bem claro que existe uma diferença colossal entre a Bíblia de Verdade e a Bíblia dos Vereadores. Neste sentido, faço absoluta questão de não acreditar em nenhuma palavra da Bíblia dos Vereadores, além de querer ficar muito distante dos deuses venerados por eles. Eu acredito no Deus, no ser Supremo que rege todas as criações da natureza. Com relação aos deuses dos nossos vereadores, nem eles mesmos sabem quem são, porque eles mudam de deuses a cada quatro anos, ou a cada nomeação de parentes, apaniguados e aderentes. Na prática da vida, pelo menos metade dos vereadores de Cacoal já teriam sido expulsos do “templo legislativo”, como foram expulsos os mercadores do templo, nos tempos de Jesus Cristo. A sorte deles é que Jesus Cristo provavelmente não voltará até a eleição do próximo ano. E por que Jesus Cristo expulsou os mercadores do templo? Porque estavam praticando o comércio e negociando diversas coisas, com a intenção de enganar o povo. Qualquer semelhança com essa meia dúzia de mercadores do legislativo obediano, com certeza, não se trata de mera coincidência…

Com relação às vãs tentativas de confundir este escriba com a história da Tribuna Popular de Cacoal, tenho a dizer que a Tribuna Popular e a família Perin nada têm a ver com as ideias articuladas aqui neste espaço. As opiniões emitidas aqui não são “matérias”, como pensam os mercadores do legislativo; são artigos de opinião. Eu não tenho predileção por escrever matérias. A ideia aqui e chamar o leitor para uma reflexão sobre os fatos políticos, sociais e culturais de Nossa Urbe Obediana, objetivando que a sociedade cacoalense possa avaliar e entender a diferença entre os judas, os mercadores e os pseudoreligiosos que usam o mandato para praticar conchavos e fingem ser aquilo que não são, no púlpito da vereança. Agora, temos que deixar bem claro: se a carapuça serve aos mercadores, a ponto de tentarem usar meu nome em discursos fajutos e desarticulados, tentando justificar suas lambanças, não há o que ser feito. Os políticos ou mercadores que se sentirem ofendidos pelas opiniões expressas aqui neste espaço têm todo o direito de adotar as providências que julgarem cabíveis e acionar as instâncias judiciárias para exigir a devida retratação. Somente não vale usar os procuradores jurídicos da Casa de Leis, porque o salário deles também é pago por este escriba. E não venham misturar a Tribuna Popular de Cacoal com as opiniões aqui da coluna. EU respondo pelas opiniões publicadas neste espaço; não a família Perin…

Quanto aos impropérios proferidos pelos edis, ao confundirem as opiniões publicadas aqui com ataques à Bíblia de Verdade, prometo que não tenho nenhum interesse em pedir à Presidência da Câmara para usar o púlpito e restabelecer a verdade, mesmo porque as unidades de saúde municipais não possuem as condições adequadas para atender os mercadores do legislativo, em caso de arritmia cardíaca. Assim, meu único desejo é que o eleitor obediano vá às urnas no próximo ano e faça como Jesus Cristo: expulse os mercadores do legislativo, pelo voto democrático. E para não dizer que não falei da Bíblia de Verdade, ofereço aos hipócritas que exercem mandato em Cacoal o versículo 3, do capítulo 23, do livro de Mateus… Tenho dito!!!!

 

FRANCISCO XAVIER GOMES

Professor da Rede Estadual e jornalista

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