O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), autarquia que realizou operação em abril deste ano, em Lábrea, interior do Amazonas, divulgou os dados sobre a ação.
O Ibama aplicou R$ 47 milhões em multas aos produtores rurais, embargou mais de 7.400 hectares – que o instituto acusou de desmatamento ilegal – e apreendeu 1.033 cabeças de gado.
Além disso, confiscou 4.400 m³ de madeira serrada, 362 m³ de madeira em tora, cinco motores e duas motosserras e muitos outros equipamentos.
A madeira recolhida, inclusive, nem tem mais como ser devolvida aos proprietários em caso de alguma ação administrativa ou judicial porque o Ibama já doou parte dela para a Prefeitura de Acrelândia (AC).
Os pecuaristas prejudicados, por exemplo, contaram que a ação pegou a todos de supresa e que as autoridades exigiam que os milhares de animais fossem removidos em pouco tempo (5 dias) por centenas de quilômetros para outras áreas rurais. Como a medida não foi cumprida como delegada, os empresários perderam os animais.
As 19 áreas investigadas pelo Ibama em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Prefeitura de Acrelândia, a Polícia Militar de Rondônia, o Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) e o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), ficam todas no sul do Amazonas.
Os fazendeiros afetados, em sua maioria, aguardam a conclusão dos processos de titulação das terras há anos. Eles dizem que os governos são lenientes para regularizar, mas os criminalizados são os produtores rurais.
– Um decreto, no apagar das luzes do Governo Dilma (PT), transformou áreas do sul do Amazonas em áreas de preservação, gerando um caos social muito grande para a nossa região – lamentou o vereador e advogado Valdeir Malta, lembrando que, em 11 de maio de 2016, a ex-presidente impeachmada criou o Parque Nacional do Acari, localizado nos municípios de Apuí, Borba e Novo Aripuanã e a Área de Proteção Ambiental dos Campos de Manicoré.
Agora, o Ibama mira no sul da Bahia, região extremamente produtora, cujos fazendeiros de, aproximadamente, 200 cidades se reuniram no movimento “Invasão Zero” para combater os posseiros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e da Frente Nacional Luta Campo Cidade (FNL), braços sociais do petismo.
Por lá, o Ibama afirma que há 52 indicativos de desmatamento ilegal em 532,8 hectares, aplicou 32 autos de infração totalizando R$ 2,8 milhões e embargou atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais.
Jornal do Agro Online