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Abraji repudia tentativa de prefeito de criminalizar jornalista

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudia a tentativa do prefeito de Vilhena (RO), Delegado Flori (Podemos), de criminalizar o trabalho do jornalista Mario Quevedo Neto, colunista do site Rondônia ao Vivo. Incomodado com a cobertura de jornalismo local de Mario Quevedo, Flori ingressou com uma representação no Ministério Público Estadual pedindo abertura de investigação criminal contra o repórter.

Na peça jurídica, o prefeito, que é delegado da Polícia Federal, afirma que é perseguido pelo jornalista e o acusa de conluios políticos. Além disso, faz uma menção jocosa à saúde mental de Mario Quevedo, que não esconde ter sido dependente químico, ao afirmar que o jornalista nutre por ele, um policial, “um ódio pessoal surgido de profundas marcas psicológicas, que opõe policiais ao mundo dos entorpecentes”.

Atuante há 30 anos, Mario Quevedo é um jornalista veterano, tendo passado por diversos veículos de Rondônia.

Autoridades públicas devem estar preparadas para que seus atos sejam questionados pela imprensa. É importante, também, que saibam separar cobertura jornalística e afirmações feitas em redes sociais. Como parte que se sente atingida pelos textos jornalísticos, o prefeito Flori tem formas de fazer sua defesa sem que tente criminalizar o trabalho do repórter.

A Abraji se solidariza com Mario Quevedo Neto e clama o Ministério Público que não aceite o pedido do prefeito de instauração de investigação criminal sob pena de ameaçar a liberdade de imprensa, um preceito constitucional.

Diretoria da Abraji, 7 de novembro de 2023

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