A vítima começou a bater a mão em cima do artefato para apagar as faíscas, mas, de acordo com a irmã, quando viram o que estava acontecendo e um primo se aproximou para ajudá-la, o rojão explodiu e jogou todos para longe.
“Foi um clarão enorme e um barulho extremamente alto, e, quando a fumaça abaixou, vimos minha irmã caindo no chão de braços abertos, já sem vida. O rojão estourou no corpo dela e vimos tudo. Ela já caiu sem vida, tudo isso foi em questão de segundos, não conseguimos nem tivemos tempo de fazer nada, nem ela mesma teve a chance de se salvar”, disse a irmã.
Elisangela era a mais velha de quatro irmãs e deixou dois filhos, João Victor, de 18 anos, e Vinicius, de 13. A mulher sofreu lesões internas e externas, de acordo com a Polícia Civil do município. Ao atingir os órgãos, a explosão provocou hemorragias internas. Do lado externo, segundo os agentes, parte de um dos braços, perto do ombro, ficou com a estrutura óssea à mostra.
“Para nós, que somos da família, ela era como uma segunda mãe, sempre fez de tudo por nós desde a infância, e pelos filhos dela também. Ela dava de tudo, fazia de tudo. Não temos nem palavras para expressar o tamanho da dor que a falta dela está fazendo”, lamenta a irmã.
Tamiris afirma que a irmã estava vivendo o momento mais feliz da vida, em plena paz, e “sempre nos falava que 2023 seria um ótimo ano para a gente. Ela estava muito feliz no emprego, estava feliz pelo momento em que os meninos estavam, tinha acabado de arrumar toda a casinha. Ela não merecia isso”.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou a morte de Elisangela ainda no local. Após o ocorrido, os agentes permaneceram na região até a chegada da perícia. Em nota, a Prefeitura de Praia Grande ressaltou que, “de acordo com lei municipal n° 744, de outubro de 1991, são proibidas a venda e a comercialização de fogos de artifício”.
* Estagiária do R7, sob supervisão de Daniel Pinheiro