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Carro do ovo vai parar de passar na sua rua? Entenda o caso

Consumidores ao redor do mundo estão preocupados com a escassez de ovos de galinhas nas prateleiras dos mercados. A falta do alimento em escala global, o que inclui países como Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e Nova Zelândia, tem diversas explicações, as quais incluem fatores da política internacional.

Na Europa, os principais pontos para essa situação são a gripe aviária e a guerra entre Rússia e Ucrânia, a qual também tem gerado preocupação em relação ao fornecimento de gás durante o inverno.

Assim, com a alta dos custos dos grãos e da energia elétrica, juntamente com o surto da doença, os preços da ração dos frangos, feita a base de sementes, são elevados, impactando diretamente na oferta de ovos.

A gripe aviária também está afetando a disponibilidade de ovos nos Estados Unidos. Com isso, cresceu também o número de apreensões do produto, contrabandeado do México.

Apesar da doença não ter se manifestado nesta temporada no Brasil e o país não estar envolvido na guerra, a diminuição da produção ovípara em escala global afeta os preços do produto internamente, o que pode fazer com que a dúzia de ovos fique mais cara em 2023 e o tradicional carro do ovo desapareça das ruas – ou cobre bem mais caro.

Já na Nova Zelândia, o suprimento de ovos diminuiu devido à legislação que entrou em vigor no final de 2022. Em 2012, o governo se comprometeu a proibir as gaiolas em bateria, as quais não permitem que as galinhas se movam, se empoleirem ou façam qualquer movimento comum ao animal, exceto a postura.

Os defensores do bem-estar de bichos queriam uma proibição imediata. Outros achavam que isso causaria uma queda inaceitável na oferta e um aumento nos preços, pois mais de 80% dos ovos da Nova Zelândia eram colocados em gaiolas em bateria na época.

O governo aprovou uma legislação para decretar uma implantação gradual de 10 anos, culminando na proibição total das baterias e no desaparecimento dos ovos, pois o aumento dos custos de produção derrubou a oferta do alimento.

De acordo com o site de notícias neozelandês The Spinoff, os estabelecimentos no país estão pedindo aos compradores que levem apenas dois ovos cada um.

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