Um jovem de 25 anos foi morto após ser atingido por disparos efetuados por policiais militares durante uma ocorrência de perturbação de sossego na cidade de Vera, a 458 quilômetros de Cuiabá, em Mato Grosso. Os agentes envolvidos no caso foram removidos de suas funções de patrulhamento nas ruas, de acordo com a PM do Estado, e foram deslocados para serviços administrativos em outra cidade. Uma investigação está em andamento.
A guarnição foi acionada por volta das 3h da madrugada deste domingo, 5, para atender uma ocorrência de som alto. Os agentes, segundo o registro do caso, solicitaram a redução do volume, mas não foram atendidos. Eles também não teriam sido atendidos ao solicitar a documentação do veículo de onde provinha a música alta.
Diego Kaliniski, proprietário do veículo, recebeu, então, voz de prisão por parte dos policiais. O jovem xingou os agentes e tentou tomar o celular em que a ocorrência era registrada. Os policiais chegam a tentar colocar Diego dentro da viatura, mas ele foi retirado com auxílio de um grupo de pessoas que estava no local.
Diego Kaliniski, proprietário do veículo, recebeu, então, voz de prisão por parte dos policiais. O jovem xingou os agentes e tentou tomar o celular em que a ocorrência era registrada. Os policiais chegam a tentar colocar Diego dentro da viatura, mas ele foi retirado com auxílio de um grupo de pessoas que estava no local.
Em gravações feitas por testemunhas, é possível ver o momento em que um dos agentes tenta imobilizar Diego enquanto usa um cassetete. O jovem parte para uma luta corporal com o policial e tenta desferir socos. Momentos depois, ele é atingido por três disparos na altura do abdome.
O corpo dele foi enterrado na manhã desta segunda-feira, 6, sob protestos de amigos e familiares, que pediam justiça.
Em nota, o Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso lamentou o caso. “Nenhum policial sai de casa com esse propósito. Nenhum jovem sai para se divertir e para não retornar.”
Um inquérito policial foi instaurado para investigar a ocorrência. O comandante da PM, Alexandre Corrêa Mendes, pontuou ainda que “é preciso falar também sobre a crise de autoridade que permite um jovem esmurrar um policial a fim de evitar ser conduzido.”
Diego já tinha outras passagens pela polícia, como uma acusação de agressão contra um morador de rua. Em ao menos outras três oportunidades, ele já tinha sido alvo de acusações em ocorrências de perturbação de sossego.