A prévia da inflação oficial de preços avançou 0,76% em fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (24). O resultado do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) no mês ficou 0,21 p.p. (ponto percentual) acima do que havia sido registrado em janeiro, de 0,55%.
O índice acumula alta de 1,31% no ano e, nos últimos 12 meses, o IPCA-15 fica em 5,63%, abaixo dos 5,87% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,99%.
Oito grupos de produtos e serviços tiveram alta no mês, sendo os gastos com Educação (6,41% e 0,36 p.p.) a maior variação e o maior impacto no índice. També tiveram impacto no resultado do IPCA-15 de fevereiro os grupos Habitação (0,63%) e Alimentação e bebidas (0,39%).
O maior responsável pelo aumento em Educação foi o reajuste nas mensalidades de cursos regulares (7,64%), que são praticados habitualmente no início do ano letivo.
O ensino médio teve as maiores variações, de 10,29%, seguido pelo ensino fundamental (10,04%), pré-escola (9,58%) e creche (7,28%). Também registraram altas o ensino superior (5,33%), curso técnico (4,50%) e pós-graduação (3,47%).
O segundo grupo com a maior alta em fevereiro foi Habitação (0,63% e 0,10 p.p.), que tinha registrado índice de 0,17% no mês anterior. Contaram para isso os aumentos no aluguel residencial, de 0,89%, e no condomínio, de 0,62%. Além disso, as taxa de água e esgoto também registrou alta em fevereiro, de 1,32%, em média, mas em Belo Horizonte, por exemplo, chegou a 8,28%, após o reajuste de 14,62% aplicado a partir de 1º de janeiro. Brasília (5,50%), Fortaleza (1,72%) e Salvador também tiveram reajustes.
Nesse mesmo grupo, a energia elétrica, que havia diminuído 0,16% em janeiro, voltou a subir, 0,35%, com resultados por área que vão -3,44%, em Brasília, até 5,99%, em Salvador, cidade onde o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) retornou ao patamar de 27% em 1º de janeiro.
O subitem gás encanado subiu 1,50%, após altas de 4,22% no Rio de Janeiro e de 4,60% em Curitiba.
Alimentação e bebidas subiu 0,39% e contribuiu com 0,08 p.p. em fevereiro. Os demais grupos ficaram entre o 0,08% de Transportes e o 0,78% de Comunicação. O único recuo observado no mês foi em Vestuário, com preços que diminuíram 0,05%, após a alta de 0,42% em janeiro.
No mês anterior, a prévia da inflação oficial de preços avançou 0,55%, até então a maior alta desde junho de 2022 (0,69%). Segundo o IBGE, as variações dos preços dos grupos de alimentos e saúde foram as maiores influências.