O senador Wellington Fagundes (PL-MT), que apresentou o caminhoneiro ao Plenário, revelou que a nora dele, também de Mato Grosso, a deputada estadual Janaína Riva (MDB), propôs pena de morte para casos como esse. Ele reclamou do atual modelo judiciário que permite audiências de custódia e “saidinhas” nas datas comemorativas.
“O que fazer? O que nós brasileiros, o que o Congresso pode fazer para que a gente possa ter algo mais punitivo? Precisamos nos debruçar num aperfeiçoamento do nosso Código Penal?”, questionou Wellington.
Além da esposa Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, Reginaldo também teve as filhas Miliane Calvi Cardoso, 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos e Melissa Calvi Cardoso, 10 anos, assassinadas entre a noite de sexta-feira, 24 de novembro de 2023 e a madrugada de sábado, 25. O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, com extensa ficha criminal e que trabalhava em uma obra ao lado da casa da família, confessou ter assassinado e estuprado as vítimas.
“Encontrar esse homem hoje, sem a esposa, sem as filhas, no mês de março [quando se comemora o Dia Internacional da Mulher]…Todas as mulheres da sua vida foram tiradas por um bandido que tinha dois mandados de prisão em aberto”, acusou Damares.
Ela também enfatizou que um projeto (PL 6212/2023), apresentado pela senadora Margareth Buzetti (PSD/MT), poderá ajudar a evitar crimes como esse no futuro. O projeto prevê a criação de um “Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais”, impedindo que o nome dessas pessoas seja ocultado pelo segredo de justiça. A proposta está tramitando em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relator é o senador Marcos Rogério (PL-RO).
A senadora Buzetti ressaltou que as últimas estatísticas mostram que os crimes de feminicídio continuam aumentando no país.
“A presença de Regivaldo aqui hoje é um soco na boca do estômago de todos nós, homens e mulheres públicos do Brasil. A dor dele nos faz enxergar que estamos falhando. Das 1.463 vítimas de feminicídio em 2023, quatro eram da sua família”, lamentou.
O senador Jorge Seif (PL-SC) protestou contra a impunidade no país que, segundo ele, é encorajada pelo sistema judiciário.
“O Brasil tem que parar de ser um país “bandidólatra”, onde pessoas, na audiência de custódia, depois de roubarem, matarem e traficarem, fazerem todos os absurdos, saem dez, 15, 20, 30 vezes [da prisão]”, afirmou.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) também ficou revoltado com os assassinatos e foi outro que prestou a sua solidariedade ao marido e pai das vítimas.
“Este homem está aqui com a graça de Deus. O que é certo, é certo. A gente tem que firmar posições que não podem flertar com o crime.”
Fonte: Jornal da Cidade Online