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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Depois de ‘sapatear’ sobre rondoniense, Azul deve voltar atender interior de Rondônia, com redução para 6% sobre imposto do combustível

Sérgio Pires

Certamente não é a solução definitiva, que ainda está distante. Mas, sem dúvida alguma, foi um passo importante na busca de um atendimento decente, por parte das companhias aéreas, para seus clientes de Rondônia. Ao baixar o ICMS sobre combustíveis para aviões de 19,5 por cento para 6 por cento, o governo do Estado deu uma demonstração clara que quer uma parceria convincente com as empresas que nos atendem (aliás, atualmente, atendem muito mal! O primeiro resultado concreto já surgiu: os 10 voos diários que saem e chegam na nossa Capital, aumentarão para 14, já no início do segundo semestre. E, além de Brasília, ainda vamos voar para Guarulhos, em São Paulo, um dos principais aeroportos do país, de onde o passageiro rondoniense poderá tomar voos para praticamente todas as regiões. O acordo, feito na assinatura do decreto de redução do ICMS pelo governador Marcos Rocha, nessa semana, em Brasília, já representou um avanço positivo, embora não resolva todos os problemas do setor. As empresas Gol e Latam já se comprometeram a dar um atendimento mais ampliado em termos de voos e a Azul, de ampliar sua presença em aeroportos do interior. Resumindo: nesse quesito, houve melhora sim! O acordo com as companhias é de que haja pelo menos dois voos diários saindo de Porto Velho para outras regiões, e que a Azul continue operando nos municípios do interior.

Mas… A verdade é que há ainda questões que precisam ser explicadas e resolvidas. Por exemplo, o preço abusivo das tarifas, quando se trata de Porto Velho. Por que um voo Brasília/Porto Velho, de menos de três horas, custa quase o dobro de um voo Nova York/Los Angeles, nos Estados Unidos, com mais de seis horas e uma distância muito maior? Outra questão: por que um voo São Paulo/Rio Branco custa dois mil reais a menos do que o mesmo voo para Porto Velho? E ainda há o caso das absurdas propostas de acordo judicial, feitas pelas companhias, quando cometem os maiores abusos contra os consumidores rondonienses. Elas não querem ser processadas e quando o são, oferecem ridículos 1 centavo, ao reclamante, como o fez a Azul, como uma gozação com a cara de quem foi prejudicado e, certamente, do Judiciário rondoniense. Houve avanços na questão da crise aérea? Houve sim, graças à renúncia do Governo, que abre mão de arrecadação para atender os interesses das empresas, desde que elas melhorem seus serviços. Mas está longe de tudo ser resolvido. Há ainda um longo caminho a percorrer, até que sejamos respeitados pelas empresas aéreas como merecemos e como a lei determina que sejamos!

Da Coluna OPINIÃO DE PRIMEIRA – (Expressão Rondônia)

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