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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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 Marinheiro a marinar

*Por Geraldo Gabliel

Marinheiro a marinar

Lança-te ao mar, ó! marinheiro.
Sonha longe, ao navegar.
Vai depressa viajante!
Já é tarde, em triste-andar.

Apressa-te, ó marinheiro!

Pois, na janela de tu’alma,
Vê! teu forte suspirar!
No caminho? Içar velas.
Sem temor – a marear!

Apressa-te, ó marinheiro!

Às margens de outro mar,
Em que almejas, hoje, estar
Sabe a teu pão de mel
Teu amor, a saborear.

Apressa-te, ó marinheiro!

Neste ímpeto, teus desejos,
Não há tempo, nem chorar.
Pois, tuas lágrimas do passado
Jamais vão te naufragar.

Apressa-te, ó marinheiro!

Tanta tristeza, e tal saudade
Já não sentirás por lá.
Eis! que o amor que tanto amas,
No abraço, te espera já!

 

*Geraldo Gabliel

(Versão de Marinero a Marinar, em espanhol, do próprio autor)

Adelaide

Eis-me à penas,
…dúbias penas.

Eis-me às favas
… dulces cavas.

Ora em teto, sinuelo;
Ora, em vala de um abismo.

Se suspiro, se lamento…
Ou me assombro,
Encantamento:

Não renegue o
meu tormento.

Ah! Pupila – Adelaide.
Dá-me a seiva dos teus lábios.
Dá-me fôlego – regozijo.

Acaso alma minha,
morro aos olhos
da maldade? Piedade!

Oh! Adelaide… signorina.
Dá-me enfim:
Não triste sina.

*Geraldo Gabliel – Professor

 

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