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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Senna na Sina Assassina…

Por Geraldo Gabliel

Senna na Sina Assassina…

Labora na Sina
Ao passo
O homem
Ora e labora
À pressa
A máquina
Maquina a hora
Sabor de engrenagem
Que pede passagem
No Laboratório
Oratório
Ora – e agora?
A Máquina
Na cena,
Na sina…
Acena: adeus!
Sem trégua,
Sem pena… nua:
Remete tal homem
À cena de rua
Labora? Não. Ora!
E agora? Sonha:
À frente – esquina
A sorte – traquina
– Maquina – uma peça
Petisca, acaso?
Na Sena
Ou na Quina? (ao menos)
Que cena?! Na risca!
Domingo, arena
E, Senna?
Ali – lhe assina
E acena…
Senna e… Saudade

Máquina
Maquina
Má sina
Na esquina:
A sina
Má quina,
‘quinina’
E, Senna,
Na cena
‘assassina’
Acena:
adeus!
Saudade!… sim
A Deus!
_____________
Airton Senna morreu em 1º de Maio de 1994 – no Dia do Trabalhador. Observe os trocadilhos nesta poesia que compuz em homenagem a ambos. Desculpa, leitor, esta eu estaria publicando no dia 1⁰ de maio…   (Geraldo  Gabliel).

 

Alma ferida

Hoje, transpiro lágrimas!

Na boca, doce sabor do fel,
O verbo solto, no ato revolto.
Alma, aos beijos no abismo,
Coração, sem prumo do fiel.

Hoje, clamo em silêncio!

Em gestos, de afago ingênuo,
No passo torto, que busca o Porto.
De alma nua, e joelho roto,
Num jogo bobo, de azar ambíguo.

Hoje, sou só pesares!

Na sua ausência, meu ser profano,
O meigo engana: cegueira insana.
A alma embala, falso consolo
No ato falho, de portolhano.

Hoje sou…

Lágrimas contidas,
O clamor oculto,
O pesar por sorte.

Sou… na verdade:

Nesse labirinto, não morte:
A alma à beira do abismo!

 

Geraldo Gabliel

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