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quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Ação parlamentar fortalece cafeicultura na Terra Indígena Sete de Setembro

Trabalho desenvolvido conta com apoio do deputado estadual Cirone Deiró

Aproximadamente 150 famílias estão envolvidas no cultivo do café (Foto: Rafael Oliveira I Secom ALE/RO)

 

O povo indígena Paiter Suruí tem motivos para celebrar. O trabalho desenvolvido por parlamentares tem contribuído para estimular a produção de café dentro da Terra Indígena Sete de Setembro, na aldeia Lapetanha, em Cacoal.

A destinação realizada, por meio de distribuição de mudas de café além do apoio a agricultura familiar dado pelo deputado Cirone Deiró (União Brasil), contribui para uma nova realidade de 150 famílias envolvidas no cultivo do café em 25 aldeias distribuídas na região.

 

Celesty Suruí é a primeira indígena barista do país (Foto: Rafael Oliveira I Secom ALE/RO)

O povo indígena Paiter Suruí tem atuado na produção de um café especial: o robusta amazônico, o qual é formado por meio do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados. Dentro da região, os indígenas utilizam os conhecimentos sobre a floresta além de práticas sustentáveis na produção da cultura, onde utilizam aproximadamente 3 mil hectares de plantação que dividem espaço com árvores nativas por meio de um sistema denominado agrofloresta.

A aldeia também conta com a primeira indígena barista do Brasil. Trata-se de Celesty Suruí, a qual, que buscou se capacitar para contribuir com o trabalho dos indígenas na região. “Fui convidada a participar de um curso e depois fui selecionada para um estágio em São Paulo (SP) para curso de barista, que tem nos ajudado bastante na seleção das melhores espécies de café na produção do café”, frisou Celesty.

 

Café indígena esteve presente na última edição da Cafecau (Foto: Rafael Oliveira I Secom ALE/RO)

O café produzido pelo povo indígena Paiter Suruí esteve presente na 3ª Cafecau (Feira do Café e do Cacau, realizada no período de 5 a 7 de julho, em Cacoal. Para Celesty Suruí, o trabalho tem sido prazeroso em poder contribuir com sua etnia. “Temos que ter muito cuidado tanto na temperatura da água, na escolha dos grãos assim como no ml da água que é usada para fazer o café. Tudo isso proporciona a diferença no momento da degustação”, destacou.

De acordo com Celesty Suruí, o trabalho parlamentar é essencial para abrir novos horizontes aos indígenas. “Anos atrás tínhamos pessoas que realizaram o mesmo trabalho e que não eram valorizadas. Mas a partir de 2019 passamos a contar com o apoio do deputado Cirone DEiró, que tem sido um grande parceiro nosso e feito com que vários produtores da região tenham se destacado. Essa união tem mudado a realidade da cafeicultura familiar em nossa região”, valorizou.

Texto: Alexandre Almeida I Secom ALE/RO

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