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quinta-feira, dezembro 19, 2024

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Fumaça sufoca Rondônia, cancela voos e deixa vida “insuportável”

Há mais de um mês a população Rondônia, sofre com as consequências de intensas queimadas. A fumaça, que encobre a cidade, sufoca, adoece e afeta a rotina dos 460 mil habitantes da região.

Entre 1º de janeiro e 26 de agosto, foram 5.513 focos de queimadas em Rondônia, o maior montante em cinco anos. O número é 144% maior do que o registrado no mesmo período em 2023 (2.256), segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Devido a grave situação, o governo de Rondônia decretou situação de emergência e proibiu o uso do fogo em todo o estado por 90 dias.

 

Qualidade do ar “insalubre”

No dia 2 de agosto deste ano, a qualidade do ar em Porto Velho foi classificada como a pior do Brasil, figurando na categoria “insalubre”, conforme levantamento da IQAir, empresa suíça de tecnologia que mede os níveis de poluição em diversos países.

A situação no estado é caótica. O cantor Hélio Costa, morador de Porto Velho, divulga com frequência em suas redes sociais a realidade dos habitantes da cidade. Ao Metrópoles, ele definiu o cenário como “insuportável”.

“As pessoas estão usando máscaras, as aulas foram suspensas várias vezes. É impossível, insuportável andar nas ruas, muita fumaça. Muita gente passando mal, com dor de cabeça, garganta ruim, dificuldade para respirar. As Upas [Unidade de Pronto Atendimento] estão lotadas. Tudo isso por causa das queimadas. A vida do povo de Rondônia está complicada”, relata o cantor.

A nuvem de poluição afetou, inclusive, as operações aéreas no estado, atrapalhando pousos e decolagens. Em um mês, mais de 40 voos sofreram alterações por causa da fumaça, sendo a maior parte em Porto Velho, no maior aeroporto de Rondônia.

 

Estiagem

Além da fumaça e do calor, a população de Rondônia ainda sofre com a seca severa. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Porto Velho está há mais de 100 dias sem chuvas. A última com volume expressivo ocorreu em 25 de maio.

A condição afeta, principalmente, comunidades ribeirinhas às margens do Rio Madeira, que enfrentam escassez de um recurso vital para a sobrevivência: a água.

(Metrópoles)

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