Um decreto do Governo Federal reconheceu a situação de emergência em Porto Velho e em 17 outros municípios de Rondônia devido à estiagem antecipada.
A água que a ribeirinha Alcinete Nunes utiliza nas tarefas domésticas vem do Rio Madeira, que também fornece peixes para sua família. Contudo, a seca está fazendo o leito do rio se afastar cada vez mais.
“Não estamos conseguindo pescar porque o rio está seco. E daqui para frente, como vamos viver? Não temos poço, a única água que temos é a do rio”, comentou Alcinete.
A Defesa Civil de Porto Velho está auxiliando 17 comunidades ribeirinhas na capital de Rondônia, afetando pelo menos 400 famílias devido à seca do Madeira.
“Estamos planejando para atender essa população ribeirinha. Nosso plano de distribuição de água está previsto para agosto, quando a estiagem estará mais severa”, explicou Anderson Luís, gerente operacional da Defesa Civil.
Perto da comunidade de Belmont, o Madeira está dividido ao meio: de um lado, ainda há um canal navegável, mas na margem direita do rio, só se vê areia.
Segundo a Defesa Civil, o nível do rio tem baixado de 20 a 30 centímetros por dia. Nesta sexta-feira, o Rio Madeira estava a 3,5 metros.
Na última segunda-feira (22), o nível era de 2,9 metros, representando uma redução de 60 centímetros, o dobro do que vinha sendo registrado até então. Atualmente, o nível está 3 metros abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
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