O cacique Almir Suruí apresentou à ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, o primeiro chocolate indígena produzido pelo povo Paiter Suruí, um marco histórico para a Terra Indígena Sete de Setembro e para a economia da floresta. O produto é fruto de um projeto desenvolvido pelo Instituto Amazônia 4.0, que implantou uma biofábrica-escola voltada para o beneficiamento do cacau cultivado em sistema agroflorestal.
A iniciativa une tecnologia, saber tradicional e preservação ambiental. Em vez de vender o cacau cru para atravessadores, a comunidade passou a dominar todas as etapas da produção do plantio à embalagem garantindo maior renda, autonomia e valorização cultural. O chocolate nasce de um modelo que respeita o tempo da floresta, fortalece a economia local e mostra que é possível gerar desenvolvimento sem destruir a Amazônia.
Além de representar um avanço econômico, o projeto também reafirma a luta do povo Paiter Suruí pela proteção do território e do conhecimento tradicional. Ao agregar valor ao cacau e produzir um alimento de qualidade reconhecida nacionalmente, os indígenas provam que a floresta em pé pode ser uma grande aliada do futuro, não apenas do ponto de vista ambiental, mas também social e econômico.
Redação Tribuna Popular
