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Desmatamento destrói região mais rica do mundo

Rondônia – A floresta amazônica pede socorro. A cada ano que passa milhares e milhares de hectares são destruídos por madeireiros, grileiros, pecuaristas e grandes produtores rurais, que por poder e dinheiro destroem a floresta, levando embora a fauna e a flora amazônicas, consideradas as mais ricas do mundo em biodiversidade. Muitas são as pesquisas divulgadas anualmente pelo Governo Federal, mas a realidade é ainda mais preocupante do que a mostrada pelos órgãos oficiais.

Segundo a Conservation International, dos 17 países mais ricos em biodiversidade do mundo -entre os quais figuram Estados Unidos, China, Índia, África do Sul, Indonésia, Malásia e Colômbia- o Brasil está em primeiro lugar disparado: detém 23% do total de espécies do planeta. A Suíça, por exemplo, tem apenas um planta “endêmica” (que só existe lá), a Alemanha, 19 e o México, 3.000. O Brasil tem 20.000, apenas na Amazônia.

Somente 5% de sua flora foi estudada até hoje e só 1% é utilizada como matéria-prima. A biodiversidade brasileira, portanto, é o cofre de um patrimônio químico inexplorado de remédios, alimentos, fertilizantes, pesticidas, cosméticos, solventes, óleos e energias, além de moléculas, enzimas e genes em número quase infinito.

Quem preserva e quem destrói
Organizações Não Governamentais como Greenpeace, WWF, ambientalistas brasileiros e estrangeiros desconfiam dos resultados apresentados pelo Governo em relação ao desmatamento. Filha de Rondônia, a ambientalista Rosangela Reis, residente na cidade de Ji-Paraná, disse que o processo de desmatamento na floresta amazônica se dá através de queimadas descontroladas, exploração irracional e antieconômica, baixa utilização das aéreas abertas, ausência de política florestal definindo o papel entre o desenvolvimento e a preservação e conservação de florestas e exclusão social.

A ambientalista lembrou que já está comprovado que o ribeirinho, o pescador e os índios são agentes de preservação ambiental na Amazônia. “Temos que trabalhar com a população urbana, que deve aprender a preservar”, disse a ambientalista. Ela acredita que o Governo deveria investir mais em Educação Ambiental, nas escolas públicas, particulares, associações e nas comunidades.

Campeões em desmatamento
De acordo com dados do Ibama, o desmatamento na Amazônia entre o período de 2003- 2004 ficou em 26.130 mil quilômetros quadrados, o que representa um crescimento de 6,23%, se comparado a anos anteriores. Outras pesquisas divulgadas por Ongs e pesquisadores, já calculam uma área de aproximadamente 680 mil quilômetros quadrados de florestas destruídas, o que é maior, por exemplo, que paises da Europa como Portugal e França.

Os estados do Pará, Rondônia e norte do Mato Grosso são considerados os campeões do desmatamento no Brasil. Em Rondônia unidades de conservação, como os Parques Nacionais são ameaçados constantemente por grileiros e madeireiros que invadem estas reservas protegidas por lei para roubar madeira e avançar com pastagens e plantações de soja, consideradas pelos ambientalistas como inimigas da floresta.

O Ibama, um dos órgãos responsáveis pela fiscalização em toda a Amazônia Legal, não dispõe dos recursos necessários. Falta inclusive pessoal para fiscalizar toda a região, que em muitos lugares é de difícil acesso, podendo ser feito somente através de aeronaves. Na maioria das vezes o Ibama realiza operações em conjunto com a Policia Federal, Rodoviária, Exército e Ministério do Trabalho.

Mudanças climáticas
As conseqüências do desmatamento já podem ser sentidas pela comunidade amazônica, através das mudanças climáticas na região e outros fatores. O Brasil atualmente ocupa a 16ª posição no ranking mundial em emissões de CO2 e o 5º lugar em desmatamento e queimadas no planeta.

As queimadas na Amazônia fazem aumentar o número de doenças respiratórias entre crianças e idosos, fecha aeroportos, aumenta o número de acidentes de trânsito nas rodovias, a perda da riqueza dos nutrientes do solo, recursos hídricos e da biodiversidade. “A floresta é muito importante para regular o clima no planeta, fixar CO2 na atmosfera, conservar os solos e a biodiversidade. A Amazônia detém um grande potencial econômico para ser explorado de forma correta, preservando o meio ambiente”, disse a ambientalista Rosangela Reis.


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