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Queda no desmatamento ligada a valorização econômica

Manaus/AM – Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirmaram uma redução de 67,58% no desmatamento do Amazonas. Esses índices são resultados do comparativo entre 2004 e 2005. Na área mais crítica do desmatamento, que compreende os 12 municípios do sul do Estado, o Inpe também registrou uma redução de 31%.

Em coletiva de imprensa realizada na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), o Secretário Virgílio Viana, junto com o diretor executivo do Instituto Nacional de Recursos Renováveis e Meio Ambiente (Ibama), Henrique Pereira, apresentaram os motivos desses resultados positivos.

De acordo com o secretário da SDS, esses dados são resultados da dupla valorização econômica dos produtos florestais e coerção dos crimes ambientais. “Este resultado é fruto de nossas ações positivas de apoio ao manejo florestal, licenciamento ambiental e eliminação de ICMS para produtos florestais não madeireiros”, explicou Viana.

O diretor executivo do Ibama ressalta que esses índices foram conseguidos mesmo com toda ação contrária dos grileiros e exploradores ilegais. “Infelizmente, cerca de 90% desse desmatamento acumulado foi provocado pelo desmatamento não-autorizado. Embora tenhamos dobrado o número de autorizações, ainda há muito desmatamento ilegal.”

Além disso, o aumento dos focos de calor e a maior estiagem dos últimos anos, que contribuem diretamente com o aumento do desmatamento, não surtiram os efeitos negativos esperados. “No ano passado foram registrados mil focos de calor no estado. Este ano, esse número subiu para quatro mil focos e ainda tivemos a estiagem”, fala Adilson Cordeiro chefe do departamento de fiscalização do Ibama.

Para o prefeito de Lábrea, Jean Barros, as ações de incentivo ao manejo da floresta, principalmente, ligadas à produção de castanha têm permitido que o desmatamento não avance em algumas regiões do município. “Queremos que este trabalho do Zona Franca Verde se fortaleça cada vez mais e sabemos que são as práticas racionais com a natureza que tem ajudado nos avanços contra o desmatamento e esperamos que isso se amplie em 2006”, explicou.

Ligação com a seca

Para o professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o engenheiro florestal, Arnaldo Nogueira, a redução do desmatamento na Amazônia pode ter ligação com a estiagem registrada esse ano.

“Teoricamente, esse ano deveria ter tido índices de aumento nas áreas florestais, porque com a prolongada vazante, os madeireiros teriam condições ambientais para atuar. Mas acredito que com o espaço dado a Amazônia por causa da vazante, tenham intimidado as ações dos madeireiros clandestinos”, afirmou.

Madeira ilegal

Estima-se que 70% da madeira extraída da Amazônia tenha origem criminosa. Ou seja, são exploradas, industrializadas e comercializadas por pessoas e empresas que desrespeitam as leis do país, disse o engenheiro florestal e campaigner do Greenpeace na Amazônia, Marcelo Marquesini.

De acordo com ele, a clandestinidade de alguns madeireros muitas vezes ocorre devido a falta de políticas públicas dos governantes. “Não é o caso do Estado do Amazonas, porque vejo aqui grandes exemplos de trabalhos com manejos sustentáveis”, afirmou.

Para o coordenador do programa Amazônia, da ONG ambiental WWF-Brasil, Luís Meneses, a diminuição da clandestinidade no uso ilegal dos recursos florestais só irá efetivamente acontecer quando houver uma melhoria nos problemas sociais dos moradores da floresta.

“Sem dinheiro e com fome, todo ribeirinho é obrigado a utilizar indevidamente os recursos da floresta. Se houver melhoria nas condições de vida e social dessa classe, repercutirá no bem estar da floresta”, concluiu.


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