Nesta segunda-feira (18) é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Segundo a coordenadora de Vigilância das Violências da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Janilda Carvalho, a mobilização tem o slogan “Faça Bonito”.
“Todos os profissionais da Saúde em todos os municípios e também profissionais da Educação se articulam mais intensamente, da maneira mais viável neste momento de pandemia, para proteger nossas crianças e adolescentes da violência sexual”.
A coordenadora explica que a orientação “repaginada” pelo Comitê Nacional é para que professores que estão dando aulas on-line em algum momento mostrem os números/contatos de socorro aos alunos na tela do computador e realizem a campanha durante as vídeo aulas da melhor e mais adequada forma possível.
“Reforçamos aos profissionais de saúde que intensifiquem o olhar e notifiquem os casos suspeitos que chegarem às suas unidades de saúde”, orienta a coordenadora.
A internet e plataformas on-line, redes sociais, TVs, rádios e outros meios de comunicação devem ser utilizados como maiores aliados para divulgação da campanha. “Nós orientamos que pequenos textos sejam criativos e repassados, sensibilizando a população a denunciar suspeitas de violações”.
A situação de vulnerabilidade nesta quarentena pode ser ainda maior, já que as vítimas podem estar em casa com o agressor. O “Disque 100” é anônimo. Também podem ser acionados o 190 ou o 180.
Segundo o material de divulgação da campanha, o dia 18 de Maio – “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, foi instituído pela Lei Federal 9.970/2000, e é uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no território brasileiro e que já alcançou muitos municípios do país.
A data foi escolhida porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados. Ela foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta da cidade.
O crime, apesar da natureza hedionda, até os dias atuais está impune. A proposta anual da campanha, que em 2020 comemora 20 anos de mobilização, é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. “É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao seu desenvolvimento de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual”, conclui.
(SecomRO)