Este é o maior prêmio ambiental do Brasil
O Destaque Internacional do Prêmio Hugo Werneck 2021 é Txai Suruí. Ela é uma indígena brasileira da etnia Suruí. Seu segundo nome de batismo significa “mulher inteligente”, “gente de verdade”. Já o seu primeiro nome quer dizer “mais que amigo”, “mais que irmão”. Significa “a metade de mim que existe em você” e a “metade de você que habita em mim”, na língua do povo kaxinawá.
Aos seis anos, durante ritual que festeja a criação do mundo, seu pai a anunciou como uma futura grande líder indígena. Quando tinha 14 anos, ela e sua família passaram um tempo vivendo sob escolta da força nacional brasileira, por conta de ameaças que recebiam de madeireiros da região. Tal proteção não evitou que, em 18 de abril de 2020, Ari Uru-eu-wau-wau, também líder indígena e seu amigo de infância, fosse assassinado.
Sua defesa pela floresta amazônica em pé jogou holofotes nas principais reivindicações dos ambientalistas brasileiros. Ao fim de seu discurso, na COP-26 em Glasgow na Escócia, enquanto os vídeos de sua apresentação viralizavam na internet, ela foi abordada por um homem que teria lhe dito para “não falar mal do Brasil”. Segundo ela, na credencial que ele usava, era possível ver que fazia parte da delegação do Governo brasileiro.
No dia seguinte, mesmo sem ter comparecido à Conferência do Clima, o presidente a criticou em declarações que desencadearam uma onda de mensagens de ódio e preconceito direcionadas às redes sociais da ativista.
Em sua 12º edição, o Prêmio Hugo Werneck de Meio Ambiente, Sustentabilidade & Amor à Natureza se tornou uma referência nacional, de Minas para o mundo, como o “Oscar da Ecologia” brasileira. Acumula mais de mil inscrições e indicações recebidas, e já 151 vencedores e homenageados. Parte integrante do calendário institucional, empresarial e político do país, ele visa reconhecer e divulgar os melhores projetos, cases, e ações.
Bem como destacar as empresas, governos, pessoas, cidadãos, ONGs, instituições, políticos e personalidades que mais se dedicaram à causa hoje universal em defesa do planeta e de sua humanidade, vide a realidade das mudanças climáticas.
Idealizada pela Revista Ecológico, a premiação conta com a participação do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e seus órgãos colegiados IGAM, IEF e FEAM. E, a nível nacional, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Tem a supervisão técnica da Fundação Dom Cabral. A parceria da Rede Globo.
A legitimação do Centro Hugo Werneck de Proteção à Natureza. O apoio da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda). E o engajamento da Fundação SOS Mata Atlântica, dentre outros parceiros. (Fonte: Rondôniaovivo).