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A CPI, as mortes por Covid e a narrativa do genocídio – COLUNA PAPUDISKINA

Papudiskina

No pior momento da pandemia, o país viu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, para investigar atos do governo federal, com alcance a Estados e Municípios, em relação a aplicação dos recursos recebidos da União. Enquanto a oposição defende esse tipo de investigação como salutar e necessário para apurar atos de corrupção ou omissão, os governistas a veem como um ato politiqueiro, com um objetivo de desgastar o governo.

Não são apenas os políticos que estão divididos em relação a uma CPI criada quando o país testemunha a morte de mais de 400 mil brasileiros por conta dessa pandemia que, é bom que frisemos bem, matou mais de três milhões de pessoas em todo o mundo, o que coloca o país como apenas mais uma das vítimas desse vírus que assola a humanidade.

Entre os cidadãos, os debates estão bem acirrados nas redes sociais. Nesses debates, existem exageros tanto dos que defendem o governo, quanto daqueles que desaprovam o seu governo.

Durante os primeiros seis meses da pandemia, quando o número de mortes ainda não era tão grande e para a maioria da população as perdas de vidas humanas pareciam apenas dados estatísticos, muita gente acreditava em manipulação e que as mortes anunciadas como decorrentes da doença eram na verdade falsificação de dados por parte de médicos. Em resumo, a doença era encarada com ceticismo. Por outro lado, os partidos de esquerda do país e até de outros partidos interessados em desestabilizar o governo apregoavam o caos e tinham o apoio da principal emissora de TV do país, a rede Globo, que em seu noticiário disseminava o terror à população.

Entre os opositores do governo – não apenas políticos, mas também movimentos sociais – apregoou-se a necessidade de os governos estaduais e municipais decretarem restrições severas ao deslocamento de pessoas e para alcançar tal objetivo o comércio e a indústria deveriam fechar suas portas, permitindo-se, tão somente algumas poucas exceções, daquilo que chamavam de atividades essenciais e os estados e municípios, que fizeram esse jogo dos fatalistas, eram os encarregados de definirem o que era ou não essencial. O “fique em casa”, bandeira empunhada por artistas e intelectuais, chegou a ser um ato de crueldade contra uma parcela significativa de brasileiros que trabalham em um dia para comer no dia seguinte.

Ao contrário de prefeitos e governadores vacilantes, que foram na onda de políticos de esquerda raivosa e do noticiário apocalíptico da Globo e de outros veículos de comunicação, o presidente Jair Bolsonaro sempre se colocou contra a ideia de fechamento do comércio e da indústria, alegando que tais medidas levaria o país ao caos, gerando desemprego e, por consequência, miséria e fome.

Por conta desse posicionamento de Bolsonaro, a oposição não tardou em tentar emplacar a narrativa de que o presidente seria o responsável direto pelas mortes no país. A narrativa ganha força sempre que o país atinge ciclos decimais e centesimais no número de mortes. Foi a partir do primeiro grande ciclo centesimal de vítimas, quando o país atingiu 100 mil mortes, que ganhou força a narrativa de que Bolsonaro seria um genocida, uma acusação leviana e que retrata bem o grau de canalhice da politicagem.

As acusações contra Bolsonaro são absurdas e insustentáveis, pois a pandemia é como se fosse uma guerra e para a qual, apesar dos atos heroicos de defesa, o inimigo vai impor baixas em nosso exército. Pior ainda quando se trata de “uma guerra viral mundial” e antes de acusarmos o nosso governo, temos de olhar também para o que acontece aos demais países. Aqui mesmo na América Latina, se olharmos os números de Argentina, Peru, Equador e México, só para citar alguns, notamos um número de mortes tão alto como o de nosso país. Há, sim, mortes que poderiam ser evitadas se tivéssemos um sistema de saúde mais bem equipado, mas atribuir a culpa de um sistema de saúde com deficiências apenas ao atual governo é uma irresponsabilidade. Ainda mais se avaliarmos, que apesar de todos os problemas, temos ainda um dos melhores sistemas de saúde pública do mundo.

Por fim, o que está muito claro é que, sim, a covid nos atingiu em cheio, mas classificar Bolsonaro como genocida é um ato de politicagem e irresponsabilidade. A boa política é essencial ao funcionamento de uma democracia, mas a politicagem proposta por alguns partidos de oposição ao atual governo prejudica a milhões de brasileiros que só querem ganhar o seu pão de cada dia e que, ao sair para o trabalho, em vez de serem tratados com honras por manterem o país em funcionamento, são vistos como pessoas insensíveis com as mortes cujo responsável direto é um vírus maldito que chegou até nós por obra do acaso ou do descaso (já que não há provas, mas sabemos que seria possível esse vírus ter se espalhado por conta de experimentos que deram errados e que resultaram no espargimento desse vírus no meio ambiente em que vivemos).

Por Daniel Oliveira da Paixão, em 07 de maio de 2021

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