ACABOU A BRINCADEIRA
Após um longo período de “merecido” descanso, na próxima segunda-feira, a Câmara de Cacoal voltará às atividades legislativas. Esperamos que pelo longo tempo de inatividade, os vereadores tragam novos projetos e novas ideias para melhorar a vida dos cacoalenses, conforme prometeram na campanha em 2016. Como haverá eleição este ano, certamente os nossos vereadores estão dispostos a apresentar muitos projetos nesta volta do recesso, porque eles devem tentar a reeleição no próximo mês de novembro. Durante alguns anos, o clima foi muito confuso na Casa de Leis de Cacoal e os fatos mais marcantes não possuem nenhuma relação com projetos. Entre os fatos que marcaram a relação conturbada dos vereadores, podemos citar a ocasião em que houve uma brincadeira de jogar café quente nos desafetos, ou quando um dos vereadores prometeu rolar nas escadarias da câmara com outro colega. A brincadeira acabou! Não tem mais essa história de rolar nas escadas e nem jogar café nos outros, porque o povo quer ver ações em defesa da sociedade.
TRANCAMENTO DE PAUTA
Na próxima semana também voltam às atividades legislativas os deputados estaduais que saíram para o recesso no mesmo período dos vereadores. No caso da Assembleia Legislativa, a expectativa é sobre como serão as relações com o governador Marcos Rocha, tendo em vista que os deputados anunciaram o trancamento da pauta no dia em que iniciou o recesso. Ainda no período de recesso, o presidente da ALE anunciou que o governo havia retirado um projeto que tinha como objetivo perdoar uma dívida bilionária de algumas empresas, entre elas a ENERGISA, que recebe inúmeras críticas da população de Rondônia por causa dos preços que pratica nas contas de energia. Já ocorreu até a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa para apurar os fatos, mas até este momento nenhum resultado foi apresentado à sociedade rondoniense e nada mudou na vida dos contribuintes. No próximo mês de setembro, a CPI da Energisa vai completar um ano que foi instalada na ALE e houve sessões itinerantes em diversos municípios de Rondônia. Naquele tempo, os deputados faziam duros discursos contra a Energisa. Vamos ver como fica a situação.
AUXÍLIO TRANSPORTE
Na próxima semana, o governador Marcos Rocha também deverá enfrentar fortes protestos dos servidores estaduais contra uma decisão do governo de promover um desconto de 6% nos salários, alegando que o auxílio transporte é indevido e que há um decreto que não permite. O governo tomou como base um decreto de 1989, assinado pelo ex-governador Jerônimo Garcia de Santana, mas é preciso lembrar que o auxílio transporte está previsto no Art. 84 da Lei Complementar 68/92, do estado de Rondônia. Os servidores estão muito irritados com a decisão do governador e inúmeros sindicatos já se preparam para adotar todas as medidas cabíveis para enfrentar o que os servidores consideram uma grande injustiça. No ano passado, o governador prometeu pagar alguns benefícios aos professores, mas depois cancelou. Agora, em plena pandemia, o governo resolve anunciar que vai descontar 6% do salário de todos os servidores. Que coisa estranha!!!
DISCURSO ELEITOREIRO
O vereador Rogério Chagas, conhecido como Rogerinho do Regional, gravou recentemente um áudio, que circula nas redes sociais, dizendo que ele se reuniu com a prefeita Glaucione Rodrigues, a vereadora Maria Simões e o deputado Elcirone Deiró, para decidirem sobre o asfaltamento de 50 ruas de Cacoal. Segundo o vereador, o projeto de 25 milhões, enviado à Câmara de Cacoal pela prefeita era para esta finalidade. Rogerinho afirma que a Caixa Econômica havia dado um prazo para o município aprovar a matéria. As declarações do vereador não fazem nenhum sentido, porque a Caixa Econômica não tem autoridade para determinar ao município prazos para aprovar projetos. Além disso, é muito difícil acreditar que 25 milhões sejam suficientes para asfaltar 50 ruas. Talvez o vereador não saiba que durante a campanha a prefeita afirmou que uma usina de asfalto seria instalada na cidade e todas as ruas seriam asfaltadas.
VOLTA ÀS AULAS
Embora algumas pessoas comentem que o estado de Rondônia poderá retomar diversas atividades a partir do mês de agosto ou setembro, a realidade parece ser muito diferente. Basta conferir os boletins diários, sobre a Covid-19, publicados pela secretaria de saúde do estado, para constatar que a doença avança numa velocidade assustadora por todos os municípios e não é possível fazer previsões otimistas para este ano. O governo de Rondônia chegou a avaliar uma possível volta às aulas, mas esta decisão poderia trazer consequências muito graves para a população. O Datafolha divulgou, dias atrás, uma pesquisa na qual cerca de 76% das famílias não concordam com a volta às aulas. Este número revela o medo que a população sente da Covid-19. O governo de Rondônia precisa realmente fazer uma avaliação bem criteriosa sobre essa possível volta às aulas para evitar maiores problemas na saúde pública.
AGLOMERANDO NA FEIRA
Segundo informações passadas pela secretaria de saúde do município de Cacoal, os bairros com maior número de pessoas contaminadas pela Covid-19 são o Centro e o bairro Princesa Isabel. Neste caso, é necessário que as pessoas que vivem nesses bairros tenham muito cuidado com eventos realizados no setor e que aglomeram pessoas. Conforme sabemos, todas as quartas-feiras, acontece a feira livre justamente na rua que marca a divisa entre esses dois bairros e muita gente tem sido flagrada batendo papo na feira, sem usar máscara. A população precisa colaborar para enfrentar a covid-19 e evitar que a doença tome conta da cidade. Evitar aglomerações em feiras e outros lugares públicos é fundamental para prevenir
PREVENÇÃO EM ANDREAZZA
A população de Ministro Andreazza, cidade vizinha de Cacoal, parece ter entendido claramente as orientações das autoridades do setor de saúde, porque até o fechamento desta coluna era o município com o menor número de pessoas contaminadas pelo coronavírus. Algumas pessoas podem até imaginar que a razão de ter poucos casos positivos da doença é por causa do baixo número de habitantes. Ministro Andreazza possui aproximadamente 12 mil habitantes. Apenas para citar alguns exemplos, Vale do Anari, Chupinguaia e Nova União são município com menos habitantes do que Ministro Andreazza, mas estão próximos de 100 casos de covid-19; enquanto Ministro Andreazza possuía 09 casos até ontem.
ELEIÇÕES 2016
A era da tecnologia e da facilidade de acesso à informação pode trazer várias situações dessas que chamamos de saia justa para a prefeita de Cacoal, Glaucione Rodrigues. Já circulam nas redes sociais diversos vídeos gravados por ela durante a campanha de 2016, mostrando que nem todas as promessas de campanha serão esquecidas pelos eleitores. Esta semana, circulou um vídeo em que seu então vice-prefeito garantia aos eleitores que o Plano Diretor do município seria uma das prioridades da administração. Não houve nenhuma mudança no plano diretor da cidade e a situação continua a mesma da campanha, embora assessores da administração tentem justificar. Certamente esse não será o único vídeo da campanha passada trazido para as redes sociais, porque é muito fácil buscar arquivos na internet. A prefeita e seus aliados terão que dar muitas explicações sobre promessas de 2016 e isto não é fácil de fazer em período de campanha pela reeleição.
HEURO E REGIONAL
Nos últimos dias, a situação administrativa do Hospital de Urgência e Emergência de Cacoal e do Hospital Regional de Cacoal incomodou muito os profissionais da área de saúde. Entre os maiores problemas está a falta de médicos, enfermeiros, técnicos e profissionais administrativos nas unidades. Por esta razão, diversos médicos se manifestaram sobre o assunto nas redes sociais e o CREMERO realizou uma videoconferência para tratar do caso. Membros da diretoria do Conselho Regional de Medicina fizeram duras críticas ao governo de Rondônia e deixaram claro que a situação está dramática. O maior problema nisso tudo é que o sistema de saúde do estado precisa voltar à normalidade com a máxima urgência, porque o combate à covid-19 não pode esperar. Os casos de contaminação em Cacoal aumentaram muito nos últimos dias e muitas vítimas são justamente servidores da saúde que trabalham nas unidades citadas acima.