O V de vacina e de Vitória, parte da campanha recentemente lançada pelo Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), para alertar a população contra a covid-19.
“Uma dose apenas não protege; quando recebe a vacina, nosso sistema dá resposta, criando anticorpos, mas na medida em que recebe outra dose obtém mais informações do vírus, e só ela é que garante a eficácia da total proteção”, esclarece a gerente de vigilância epidemiológica da Agevisa, Arlete Baldez.
De acordo com a Agevisa, as pessoas não estão indo por vários motivos: esquecimento, sem a noção exata dos espaços de tempo entre a 1ª e a 2ª doses. A CoronaVac exige 28 dias de intervalo. Estado e municípios decidiram reduzir de 90 dias para 45 dias o prazo para a aplicação da AstraZeneca; e a Pfizer tem prazo de 60 dias.
“Com isso, esperamos que as pessoas completem a imunização, aproveitando esse espaço menor”, estimou Arlete Baldez.
Há outros fatores que levam as pessoas a essa “fuga”? Na análise da gerente, sim. “Reações adversas, por exemplo, porém, no Estado de Rondônia, isso ocorreu de forma leve e moderada; muitos que tiveram reação com a aplicação das AstraZeneca temem repetir a mesma situação, mas é preciso que compreendam: a ocorrência dessa reação será bem menor com a 2ª dose”, pontua a gerente.
Ainda de acordo com Arlete Baldez, existe uma reação denominada fenômeno trombo-embólico (de trombose e embolia), porém, o risco é 0,0001; de 19 em cada 100. Leia Nota Técnica. “Não se comparam os riscos, por isso vacine-se”, ela apela.
Mais um obstáculo ainda não contornado: o descrédito em vacinas. A CoronaVac, por exemplo, é uma delas, embora tenha sido aplicada em toda a rede de saúde rondoniense, com a constatação de situações leves e moderadas. “Caiu drasticamente a infecção nos trabalhadores em saúde, mesmo eles ocupando ambientes de transmissão”, assinala a gerente.
Confiar na vacina, este é o apelo maior no momento. “A pessoa vacinada protege o rebanho; procure o posto imediatamente, assegurando a 2ª dose”.
Até então, a vacinação estava autorizada para idades acima de 18 anos, que perfazem 72,2% da população estadual. Até quarta-feira (18), 30 municípios já haviam sido vacinados nessa faixa. Na quinta-feira (19), a autorização beneficiou adolescentes de 12 a 17. A Pfizer foi a única aprovada pela Anvisa para essa faixa, e na medida em que chegarem vacinas de outros fabricantes, será possível também ampliá-la em Rondônia.
1ª e 2ª DOSES GARANTIDAS
Rondônia já recebeu 1 milhão 239 mil 412 doses de vacinas, das quais, 906 mil 844 constituíram a 1ª dose aplicada, e 303 mil 336 a 2ª; 32 mil 970 foram doses únicas da vacina Janssen, reservada para populações com dificuldades de serem alcançadas: moradores de rua, ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, todos que implicam maior custo de viagens. “Essas vacinas Janssen foram todas aplicadas, não há estoque algum nos municípios”, frisou Arlete Baldez.
Ela também explicou que o fato de 1 milhão 210 mil rondonienses já terem sido vacinados, entre a 1ª e 2ª doses resultaria no estoque de 29.192 doses. “É falsa impressão, não tem”, disse esclarecendo que muitos municípios não atualizam com frequência o sistema Localiza SUS, do Ministério da Saúde.
Em Alta Floresta d’Oeste (Zona da Mata de Rondônia), por exemplo, consta no sistema o total de 7.414 doses aplicadas de vacina AstraZeneca: 5,381 na 1ª dose e 2.033 a 2ª. Outras 6.506 da CoronaVac para 3.606 na 1ª e 2.903 na 2ª; e do total de 3.162 da Pfizer Biontech, 3.161 foram consumidas; a Janssen (dose única), 432.
MAIS 8 MILHÕES DE AGULHAS E SERINGAS
O Governo de Rondônia tem adquirido seringas e agulhas modernas. São equipamentos que não desperdiçam doses da vacina. Em 2021, o Poder Executivo investiu até agora R$ 630 mil na compra de 1 milhão de seringas cotadas a R$ 0,63 a unidade, e a Agevisa finaliza atualmente outro pedido de oito milhões a R$ 0,43, economizando 20 centavos em cada unidade.
Fonte: Secom – Governo de Rondônia