Em toda a história da Saúde mundial nunca houve um vírus com potencial tão rápido quanto o Sars-CoV-2, causador da Covid-19. Tanto a gripe Influenza (H1N1) quanto a Covid-19 levam o paciente à síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A prevenção com o distanciamento social é semelhante para ambos os casos, e da mesma forma o uso de máscaras protetoras e álcool gel nas mãos.
A explicação foi dada hoje (25) pela coordenadora estadual da Influenza e Covid-19, na Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Flávia Serrano. Segundo ela, o atual período da H1N1 é sazonal e vem apresentando diagnósticos negativos . Durante o ataque da gripe Influenza, entre 2009 e 2010, já se recomendava o uso de álcool gel. A velocidade de transmissão do novo coronavírus tornou ainda mais evidente o uso do álcool gel e da máscara. No entanto, ela reconhece que, a entrada da imunização resultou em menor prevenção. Em 2019, o Brasil teve 1.109 óbitos por Influenza, dos quais, 787 casos por H1N1, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
A H1N1 também faz parte do Sistema de Vigilância de Síndrome Respiratória criado em 2000 para o monitoramento de doenças desse tipo em todo o país. Esse trabalho, conforme explicou Flávia, está ancorado na Rede de Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal. “Desde 2009, convivemos com essa gripe, mas ela não é igual à disseminação do vírus da Covid-19, que tem taxa de transmissão muito alta e atinge maior número de pessoas”, explicou Flávia Serrano. Com isso, passou a funcionar em Rondônia, a Vigilância do SRAG e a Agevisa fortaleceu ações para essa área, que incluiu a vigilância contra a Covid-19.
No ano passado o Estado de Rondônia registrou 21 casos graves de H1N1, e neste ano já foram notificados até agora sete casos da doença. “Isso é reflexo positivo do processo de imunização para Influenza ao que se mostrou bastante eficaz em 2020”, explicou a coordenadora. Sendo assim, a vacinação foi fundamental para conter os vírus respiratórios e é muito importante que faça parte do calendário de vacinação, principalmente entre pessoas idosas e com comorbidades: diabetes, obesidade, hipertensão, tuberculose, entre outros.
SEMELHANTE MANIFESTAÇÃO
Os vírus SARS-CoV-2 e Influenza se manifestam de forma semelhante. Isto é, ambos causam doenças respiratórias que podem apresentar vários níveis, desde formas assintomáticas, resfriados, problemas respiratórios mais graves e causar até a morte.
CUIDADOS PREVENTIVOS
Os dois vírus também têm formas de transmissão parecidas: por contato com gotículas ou partículas de saliva e secreções. Isso requer, então, as mesmas medidas de saúde pública e boa etiqueta respiratória: colocar a mão na frente da boca quando tossir ou espirrar, lavar as mãos regularmente, além de evitar tocar os olhos, nariz e boca em ambientes públicos. São ações importantes que podem prevenir a infestação
DIAGNÓSTICO
“A Agevisa continua vigilante, juntamente com o Lacen, na liberação de medicamentos usados no tratamento do H1N1. O diagnóstico da Covid-19 é o mesmo da Influenza, com a coleta utilizando um cotonete (Swab), e nisso os municípios de Rondônia já vinham sendo práticos nesse aspecto, porque já haviam vivenciado a H1N1”, ela acrescentou. (SecomRO)