O agricultor Wilson Campanaro, 56 anos, foi preso cinco anos após matar o eletricista Gilmar Francisco de Oliveira, em julho de 2017, em Paranaíta (851 km de Cuiabá). Gilmar foi morto após ir à residência do criminoso religar a energia do local, que foi cortada por falta de pagamento.
De acordo com a Polícia Civil, Wilson foi preso pela equipe da Delegacia de Paranaíta na cidade de Itaituba, no Pará. Ele foi condenado duas semanas atrás, pelo tribunal do júri de Paranaíta, a 16 anos de prisão em regime fechado.
As investigações, que foram desde a quebra de sigilo de dados ao cumprimento de mandado de busca e apreensão, reuniram informações que possibilitaram a localização do autor do crime.
A equipe da Delegacia de Paranaíta se deslocou até Itaituba, e após cinco dias de campana, e com o apoio da Polícia civil do Pará e do Núcleo de Inteligência da Regional de Alta Floresta, conseguiu cumprir a prisão do foragido.
O criminoso foi localizado em uma fazenda, na região rural de Itaituba, e usava o nome falso de Pedro.
“Ele estava escondido em uma cidade há mais de mil quilômetros de onde cometeu o crime. E com o empenho da equipe da Delegacia de Paranaíta, do trabalho com o Núcleo de Inteligência conseguimos localizá-lo e dar uma resposta à família da vítima”, pontuou a delegada de Paranaíta, Paula Barbosa.
O crime
Gilmar Francisco de Oliveira, funcionário da Energisa, foi assassinado com um tiro de espingarda, durante o serviço de religação da rede de energia de uma propriedade rural de Paranaíta.
O atirador era o dono da propriedade, que fugiu do local após o crime. Ele teve a energia cortada pela manhã, por falta de pagamento.
No entanto, o problema teria sido resolvido pela esposa do agricultor, que solicitou à Energisa que o fornecimento de eletricidade fosse restabelecido.
O funcionário Gilmar foi sozinho até o local em uma caminhonete da empresa e se preparava para iniciar o trabalho. De acordo com a Polícia Civil, o agricultor estava embriagado, pegou uma espingarda e atirou contra o trabalhador.
O tiro atingiu o tórax do funcionário, que morreu ainda no local do crime, antes da chegada do resgate.