Neste dia 26 de novembro de 2021 acontece os festejos em comemoração de 44 anos de emancipação política e administrativa desta pujante Cacoal, lar de quase 100 mil pessoas, oriundas de todo o Brasil, que se somaram, nas últimas décadas, aos povos de origem tupi-mondé, que já habitavam essas terras bem antes da chegada desses migrantes.
Para comemorar essa data, a Prefeitura de Cacoal organizou uma série de eventos, que teve início logo pela manhã, com um passeio ciclístico, com dezenas de participantes. As celebrações prosseguem agora às 16 horas, com várias atrações, entre as quais a apresentação de artesanato, música, a inauguração oficial da decoração natalina na cidade e até a inauguração da Vila do Papai Noel, onde o ilustre “visitante da Lapônia” será hóspede por quase 30 dias. Finalmente, haverá um grande show de música cristã à noite, com cantores regionais e a atração de nível nacional, Regis Danese.
Durante o evento, também haverá uma tenda da prefeitura onde os contribuintes elegíveis a participarem do IPTU premiado poderão retirar o seu cupom para concorrer a uma das quatro motos que serão sorteadas no próximo dia 23 de dezembro, no próprio Complexo Beira Rio.
BREVE RESUMO HISTÓRICO
Apesar de ter apenas 44 anos como município autônomo, a história desta cidade remonta a séculos ou talvez milênios (não se sabe ao certo), quando os primeiros seres humanos adentraram às nossas florestas. Aqui, antes da chegada dos colonizadores de ascendência euro-africana, já existiam os povos do tronco linguístico tupi-mondé, entre os quais os Suruís e os Cinta-Larga. (Essas denominações são dadas pelos não índios e não há informações muito precisas de como esses povos se autodenominavam antes da chegada dos colonizadores). Mais recentemente, os “Suruís” aprovaram o nome Paiter para designar-se ao seu povo.
Embora se considere que as primeiras levas de migrantes chegaram à região na década de 70, o que deu o ponta pé inicial para o surgimento da cidade foi a abertura da linha telegráfica que cortava as florestas de Mato Grosso e Rondônia em 1909, feito realizado sob o comando do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon
A vila de Cacoal, propriamente dita, teve início na década de 1960, quando foi iniciada a abertura da BR-364, mas a denominação da região existe desde o tempo de Marechal Rondon. Ele teria recomendado ao guarda-fio Anízio Serrão que construísse uma casa e requeresse o local próximo à margem do rio Machado, onde havia notado grande quantidade de cacau nativo. Daí a cidade ter sido nomeada como Cacoal.
Em 1960, o seringueiro e garimpeiro José Cassimiro Lopes construiu um barraco no lado esquerdo da rodovia, onde permaneceu até o início da década de 1970. Foi quando se intensificaram os trabalhos de abertura da estrada. Grandes lamaçais apareciam no inverno e motoristas impedidos de prosseguir viagem esperavam na casa do seringueiro. Depois começaram a construir palhoças, onde colocaram as mercadorias que levavam à venda para evitar que estragassem.
As terras férteis atraíam os migrantes, que começaram a ocupá-las. Comerciantes se estabeleceram, oferecendo aos agricultores fornecimento de gêneros de primeira necessidade e confecções. Toda essa efervescência ocorreu a partir de 1970 e a vila cresceu tanto que em 1977 foi elevada à categoria de município, através da Lei Federal n.º 6.448, de 11-10-1977, desmembrado do município de Porto Velho.
Para administrar o município Cacoal, na fase de preparação para a sua instalação, o governador do Território Federal de Rondônia, coronel Humberto da Silva Guedes, nomeou prefeito Catarino Cardoso dos Santos, em 26 de novembro de 1977 que, administrou até 19 de abril de 1978. Na sequência, foi nomeado como prefeito Reginaldo Joca, que comandou a jovem cidade até o dia 20 de abril de 1980. Clodoaldo Nunes de Almeida foi o terceiro e último prefeito nomeado pelo governador do então Território Federal de Rondônia e ficou no poder até o dia 31 de dezembro de 1982.
Prefeitos eleitos
O primeiro prefeito eleito foi Josino Brito, que administrou a cidade por seis anos, tendo iniciado o seu mandato em 1º de janeiro de 1982 e ficando no poder até o dia 31 de dezembro de 1988. Os prefeitos que sucederam o primeiro prefeito eleito, foram: Divino Cardoso (1989 a 1992); Orlandino Ragnini (1993 a 1996); novamente Divino Cardoso (1997 a 2000); Sueli Aragão (2001 a 2004), novamente Sueli Aragão (2005 a 2008), Padre Franco Vialetto (2009 a 2012), novamente Padre Franco Vialetto (2013 a 2016); Glaucione Rodrigues (2017 a 2020); e desde 1º de janeiro de 2001 até hoje, Adailton Fúria, cujo mandato se encerrará em 31 de dezembro de 2023.
Daniel Oliveira da Paixão
Contribuíram com essa reportagem: Jabá Moreira, Reginaldo Joca, Almir Suruí
