Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro
Publicação: Ricardo Duarte
DRT:2007-RO
ARLER:1006
Fonte: G1/GE
– Estamos saindo atrás dos nossos rivais do Rio de Janeiro, pois todos eles têm elencos formados. Mas vamos fazer de tudo para alcançá-los e passá-los.
Maurício Barbieri deu a declaração acima em sua primeira entrevista como treinador do Vasco. Passados 11 jogos sob o comando do técnico, é possível afirmar que o time encurtou essa distância e sairá da primeira fase do Carioca consistente, organizado e com um padrão de jogo.
O Vasco ainda é um time em formação. No último domingo, por exemplo, dois jogadores estrearam com Maurício Barbieri na vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, no Maracanã. No entanto, mesmo em processo de reformulação, a equipe passou bem pelos principais testes do Estadual e tem a organização coletiva, fruto do trabalho do treinador, como ponto positivo neste início de temporada.
O clássico foi bem jogado no Maracanã, com cada equipe adotando uma estratégia diferente. O Flamengo teve mais posse (62% a 38%), e o Vasco apostou nas transições em velocidade, que pouco funcionaram no primeiro tempo. Nervoso, o time de Barbieri demorou a colocar a bola no chão e sentiu falta de Andrey e Jair para verticalizarem o passe – os dois ficaram sumidos na etapa inicial, e para o cria, em seu primeiro jogo na volta ao clube, pesou a falta de ritmo.
A linha de defesa do Vasco foi um dos pontos altos do clássico. Léo Jardim, um dos nomes do jogo, junto com a dupla de zaga – seja com Miranda ou Capasso, que também estreou – e os laterais fizeram jogo muito seguro. Pumita foi quem destoou. Com o Flamengo sem um ponta de ofício por aquele lado no primeiro tempo e Gabriel Pec responsável por marcar Ayrton Lucas, o uruguaio ficou perdido, e o rival teve superioridade no ataque.
Primeiro homem de meio de campo, Rodrigo ficou sobrecarregado na marcação, mas deu conta do recado e foi o líder em desarmes da etapa inicial. Ajudou a neutralizar Arrascaeta e a interceptar boa parte das chegadas do Flamengo. Quando o adversário passava por ele, a linha de quatro completava o serviço. Tanto que Léo Jardim só fez duas defesas no primeiro tempo, ambas com tranquilidade.
Como o Vasco não conseguiu acelerar o jogo como pensou – o Flamengo recuperou a bola em muitas das tentativas do time de Barbieri em sair em velocidade, principalmente com Pec na direta -, o brilho individual de Pedro Raul foi o que ajudou a equipe visitante a equilibrar as ações. As únicas três finalizações vascaínas no primeiro tempo saíram de Pedro Raul, que acertou a trave duas vezes e chutou por cima do gol em outra oportunidade, usando bem o corpo para girar e chutar.