A Floresta Amazônica é uma floresta latifoliada (do latim lati, que significa largo), ou seja, com predominância de espécies de folhas largas. Com características próprias de clima equatorial, tipicamente quente e bastante úmido, é também conhecida como hiléia. Apresenta grande heterogeneidade de espécies animais e vegetais e caracteriza-se por três tipos de mata: de igapó, várzea e terra firma.
A mata de igapó corresponde a parte da floresta onde o solo se encontra inundado. Ocorre principalmente no baixo Amazonas e reúne espécies como mucuria samaúma, o jauari e a vitória-régia. A mata de várzea é própria das regiões que são periodicamente inundadas, denominadas terraços fluviais. Intermediárias entre os igapós e a terra firme, as espécies da mata de várzea têm formações variadas, como seringueira, palmeira, jatobá e maçaranduba. A altura dessas espécies aumenta à medida que se distanciam dos rios. As matas de terra firme correspondem à parte mais elevada do relevo. Com solo seco, livre de inundação, as árvores podem chegar a 65 metros de altura. O entrelaçamento de suas copas, em algumas regiões, impede quase totalmente a passagem de luz, o que torna seu interior muito úmido, escuro e pouco ventilado. Em terra firme encontram-se espécies como o castanheiro, o mogno e o guaraná. Os principais produtos extraídos da floresta são o guaraná, o látex e a castanha-do-pará.
A floresta, apesar de ser a característica mais marcante da Amazônia, não esconde a grande variedade de ecossistemas, dentre os quais se destacam: matas de terra firme, florestas inundadas, várzeas, igapós, campos abertos e cerrados. Conseqüentemente, a Amazônia abriga uma infinidade de espécies vegetais e animais: 1,5 milhão de espécies vegetais catalogadas; três mil espécies de peixes; 950 tipos de pássaros; e ainda insetos, répteis, anfíbios e mamíferos.
Fonte: Ibama