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Forte Príncipe da Beira completa 230 anos de resistência

Costa Marques/RO – O Real Forte do Príncipe da Beira, localizado no município de Costa Marques/RO, às margens do Rio Guaporé, na divisa do Brasil com a Bolívia, é um dos principais pontos turísticos do estado de Rondônia. O monumento, que este ano completou 230 anos de construção, guarda em suas ruínas histórias de sofrimento e dor que foram adicionadas à sua missão de proteger a fronteira brasileira e consolidar a posse da Coroa Portuguesa no extremo noroeste do Brasil.

Atualmente o patrimônio é mantido aberto pelo 1º Pelotão de Fuzileiros de Selva Destacado do Exército Brasileiro, mas é o único Forte brasileiro que não recebe recursos para sua manutenção.

Alexandre Pereira, secretário estadual de Turismo explicou que os recursos para manutenção do Forte Príncipe são inviabilizados por falta de projeto parlamentar, ou seja, nenhum deputado federal, nem senador rondoniense apresentam emendas para este fim. “Já tentei verbas diretamente no Ministério do Turismo para manutenção do Forte, mas fui informado que não há outra maneira de ser viabilizada se não for através de emendas que devem ser incluídas ao orçamento”, informa.

Segundo o secretário, há em análise um projeto para adequar o município de Costa Marques e prepará-lo para receber os turistas, como a reforma do aeroporto, implementação da rede de saneamento básico do município e sistema de tratamento do lixo. “Pensamos em ordenar o município primeiro, que é o local que recebe os turistas antes que visitem o Forte”, justifica.

O secretário explicou ainda, que para viabilizar este projeto será necessário R$ 70 milhões. No ano de 2006 a Secretaria de Turismo de Rondônia foi contemplada com apenas R$ 4 milhões, através de emendas do deputado federal Nilton Capixaba (PTB).

Para remediar e tentar evitar o total abandono do Forte, que mesmo assim recebe turistas de todo o Brasil e do Exterior, o serviço de capina e limpeza do patrimônio está sendo feito pelo efetivo do 1º Pelotão de Fuzileiros de Selva do Exército Brasileiro.

História

O Real Forte Príncipe da Beira fica à direita do Rio Guaporé e é o mais antigo monumento histórico de Rondônia. Sua construção teve início em 2 de junho de 1776 pelo engenheiro Domingos Samboceti, que faleceu de malária durante a obra. Foi concluída em 20 de agosto de 1783 pelo capitão engenheiro Ricardo Franco de Almeida e Serra.

A edificação foi feita em forma de quadrado com 970m de perímetro, muralhas de 10m de altura e quatro baluartes armados, cada um, com quatorze canhoneiras, construído de acordo com o sistema Vaubam. No entorno, um profundo fosso somente permitia ingresso através de ponte elevadiça, que conduzia a um portão com 3m de altura, aberto na muralha norte. No interior haviam quatorze residências para o comandante e os oficiais, além de capela, armazém e depósitos.

Sua construção foi realizada por cerca de 200 operários trazidos de vários Estados. Conforme os registros históricos, as pedras vieram de Belém/PA via fluvial. Para deixar evidente os sacrifícios exigidos para a construção, quatro de seus canhões – de bronze e calibre 24 – enviados de Belém em 1825, através do rio Tapajós, levaram cinco anos para chegar ao seu destino. 18 canhões instalados no Forte funcionam até os dias de hoje.

O monumento foi abandonado em 1889 e permaneceu em absoluto esquecimento cerca de 40 anos, sendo saqueado e invadido pela floresta. Em 1914 foi reencontrado pelo Major Rondon, que retornou em 1930 e construiu as instalações da unidade militar, mantida até hoje pelo Exercito Brasileiro. No 1º Pelotão existe um museu criado pelos próprios militares que expõem fotografias antigas, reportagens, balas de canhões e outras peças que mantém viva uma parte da história do Brasil.

Onde fica

Localiza-se há mais de 3.000km do litoral, em ponto de difícil acesso, e em pleno coração da floresta Amazônica. Suas coordenadas geográficas são: 12° 25/* 47/*/* de latitude sul, 21° 17/* 20/*/* de longitude oeste, e a altitude 220m.
O Forte distancia-se 375km da cidade de Guajará Mirim/RO.

Saindo de Porto Velho e seguindo pela BR-364, são 700 quilômetros até chegar a Costa Marques. Em Presidente Médici, os viajantes devem seguir pela BR- 429, que é a rodovia que leva à cidade. Ela possui aproximadamente 400 quilômetros e não é pavimentada, o que pode dificultar o acesso à região, principalmente na época das chuvas.

Visitas

O Forte está aberto para visitas de segunda a sábado durante o dia. Maiores informações podem ser adquiridas pelo telefone (69) – 3652-1000.
Costa Marques possui rede de hotéis.


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