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Boca Maldita de 24 de abril de 2020

Boca Maldita

OBRAS ELEITORAIS???

  • Em diversos bairros da cidade, há muitos comentários sobre algumas pequenas obras que a prefeitura de Cacoal tem feito nos últimos dias. Cascalho nas ruas, reparos no asfalto, tapa buracos e outras ações. Em muitas ruas e avenidas, os moradores e pessoas que transitam já estavam muito acostumados com os buracos. Agora as coisas mudaram e todos os dias equipamentos da prefeitura e homens são vistos trabalhando duro na recuperação. Claro que isso tem um lado bom, porque essa quantidade infinita de buracos causa danos muito sérios nos veículos e enormes prejuízos aos donos. Alguns vereadores tem usado com frequência a tribuna da Câmara de Cacoal para lembrar aos eleitores que a cidade estava cheia de buracos há mais de três anos que justamente neste período que se aproximam as eleições a prefeitura resolveu arrumar. Realmente é uma coisa muito curiosa!!!

DIAMANTE E ORQUÍDEA           

  • Durante muito tempo, cogitou-se na cidade o surgimento de uma candidatura ou pré-candidatura de alguém que é chamado pelos seguidores de Diamante e que poderia disputar a eleição para o cargo de prefeito de Cacoal. Agora, passado o período em que venceu o prazo para filiações de pessoas que querem disputar as eleições deste ano, ficou evidente que o Diamante é o advogado Tony Pablo, Procurador Jurídico da Câmara de Cacoal. Ele filiou-se ao Podemos, partido presidido em Rondônia pelo deputado Leo Moraes, e deve colocar seu nome à disposição dos cacoalenses para as eleições de outubro. Quem também se filiou ao partido do Dr. Tony Pablo foi a Luciene Alves, conhecida popularmente como Lu do Orquidário. Ela está entre as pessoas mais críticas da administração atual e, segundo dizem pessoas próximas a ela, tinha como condição para se filiar a uma sigla que não houvesse nenhuma possibilidade de coligação com o MDB da atual prefeita. Isto significa que a prefeita Glaucione terá um número reduzido de partido em sua coligação, porque vários partidos decidiram que não coligam com o MDB em Cacoal este ano. Será que Podemos acreditar???

CONFLITOS DE NORMAS

  • O governo de Rondônia tem enfrentado muitas dificuldades para encontrar uma solução adequada e que resolva os problemas de faltas de aulas neste período de pandemia. Diversas medidas foram tentadas, mas não possuem compatibilidade com a realidade. No começo desta semana, o secretário de educação de Rondônia enviou para as escolas estaduais a Portaria 1.970 determinando que os professores devem produzir aulas em vídeos e apostilas para os alunos de 1º ao 5º anos; de 6º ao 9º anos e do Ensino Médio. Para que esta portaria seja colocada em prática, a situação não é tão simples assim, porque o governador Marcos Rocha assinou um decreto três dias antes da portaria do secretário, determinando que todas as atividades educacionais estão suspensas. Conforme a opinião de alguns advogados ouvidos pela coluna, o decreto é uma norma superior à portaria, o que torna a portaria da SEDUC, no mínimo, nula. Além dessa situação, é difícil imaginar que pais de alunos de sete ou oito anos terão condições para orientar os filhos sobre todos os conteúdos, isto sem falar na imensa quantidade de estudantes que não possuem internet em casa. Tudo indica que essas aulas online serão apenas um engodo.

ESCONDE – ESCONDE

  • Poucos dias atrás, diversos amigos conversavam sobre política em determinada banca de frutas de Cacoal. Durante as conversas, uma das pessoas que estava presente reside no setor chamado de Cinturão Verde, local onde residem dezenas de famílias de Cacoal. Ele comentou que, no caso do bairro onde mora, a prefeita Glaucione Rodrigues passou mais de três anos brincando de esconde-esconde e que somente agora mandou uma maquina patrolar as ruas. Ainda segundo o morador do Cinturão Verde, a administração escolheu dias chuvosos para fazer o serviço no local, causando muitos transtornos para pessoas que precisavam entrar ou sair do bairro. O secretário de obras do município não conhece a cidade e, segundo as informações que temos, ele veio de Machadinho do Oeste. Porém, dentro da secretaria de obras existem muitos servidores que conhecem Cacoal e sabem que neste período chuvoso não dá para mexer em determinados locais, porque a lama que fica é pior. Talvez seja melhor a administração continuar a brincadeira de esconde-esconde, porque, sem o sol, os trabalhos naquele setor não renderão os resultados que a administração espera em outubro.

BRIGA DE FAMÍLIA

  • O clima entre a prefeita Glaucione Rodrigues e a o presidente da Câmara Valdomiro Corá parece não ser muito amistoso neste período de pandemia. Na sessão da última segunda-feira, o vereador Mário Angelino Moreira declarou que o presidente da Casa de Leis está muito irritado com a prefeita, por várias razões. Segundo as informações que recebemos, a prefeita teria comunicado aos vereadores que todas as vezes em que realiza reuniões para tratar de interesse do município, como é o caso de reuniões que tratam da pandemia, costuma comunicar o presidente da Câmara de Cacoal. Por sua vez, Corazinho, que é cunhado da prefeita, argumentou que jamais foi informado de reuniões sobre o coronavírus. O vereador jurou que não recebe as informações alegadas por sua cunhada, o que deixa claro que  clima de filiações partidárias provocou marcas profundas na relação entre o presidente da Casa de Leis e sua cunhada. Nos últimos meses,Valdomiro Corá procurou adversários políticos da prefeita e deixou no ar a possibilidade de apoiá-los, mas muitas pessoas acreditam que se trata apenas de um jogo de cena.

HISTÓRICO DE ATLETAS

  • Na sessão da última segunda-feira, o vereador Paulo Duarte Bezerra, o Paulinho do Cinema, cobrou da administração municipal que avalie a possibilidade de fazer um calendário para abrir, dentro das normas de prevenção contra a pandemia, algumas empresas do município. Entre os casos que o vereador entende que podem abrir, sem risco de contaminação, ele citou as academias de ginástica, argumentando que os proprietários podem organizar uma agenda para atender seus clientes e a definição de espaço, com as garantias de manter as distancias recomendadas pela OMS e o Ministério da Saúde. Paulinho comentou que atletas costumam ter boa disciplina e que, por esta razão, seria mais fácil organizar a volta das atividades nas academias. O vereador Claudinei Castelinho fez coro com as reinvindicações do colega, argumentando que muitos proprietários de academias estão sofrendo graves prejuízos pelo fato de utilizarem imóveis alugados. Esta semana a prefeita teve uma reunião com os proprietários de academias e os vereadores esperam que ela tenha uma resposta positiva sobre o assunto.

SAÚDE EM PERIGO

  • No fim da semana passada, a Unidade Central de Saúde (UCS) foi surpreendida pela ação de delinquentes que praticaram um assalto na citada unidade de saúde. Segundo relatos de testemunhas, diversas pessoas que buscavam atendimento na UCS foram abordadas pelos ladrões e o clima ficou muito tenso, em virtude da violência contra uma unidade de saúde pública. É necessário que a administração municipal tome todas as medidas cabíveis para reforçar a segurança das unidades de saúde do município, porque a população não pode sofrer com a violência de indivíduos que praticam esse tipo de ato. Na realidade, não é a primeira vez que órgãos públicos são roubados em Cacoal. Pouco tempo atrás, delinquentes entraram na Fundação Cultural e roubaram diversos objetos e equipamentos. Além disso, o estádio da Vila Olímpica e o estádio Aglair Toneli também estão na lista de locais públicos que sofreram a ação de bandidos.  Nos estádios, todos os fios das instalações de energia foram levados, deixando a situação muito complicada para a realização de atividades em período noturno, sem falar dos prejuízos financeiros.

FALTA DE PLANEJAMENTO

  • Em discurso muito sereno proferido na sessão da Câmara de Cacoal, o vereador Claudemar Littig (Mão) questionou o fraco desempenho da administração de Cacoal, com relação à aplicação dos recursos do Fundo para Infraestrutura Transporte e Habitação ( FITHA ). Nos últimos anos tem sido uma rotina a administração devolver aos cofres do estado grande partes desses recursos, situação que não dá para entender, pela grande demanda do município. Neste exercício de 2020, até o presente momento, praticamente nenhum recurso do FITHA foi aplicado no município e isto significa que existe a possibilidade de devolução ao final do ano. Vale lembrar que estes recursos são exclusivos para fazer serviços de recuperação de estradas e vias públicas e a situação das estradas de Cacoal não é das melhores. É necessário que o poder executivo tome as medidas necessárias para fazer os trabalhos em benefício da população, pois devolver recursos nesta época de crise é coisa bem complicada.

BANCO DE PRÓTESES

  • Falando na atuação do vereador Claudemar Littig , Mão, ele apresentou esta semana um importante projeto na Câmara de Cacoal e pediu o apoio dos demais vereadores na aprovação da matéria. A proposta do vereador do PDT tem como finalidade a criação de um Banco de Próteses no município, o que poderia ser muito útil para a população. Pela proposta do vereador, o município deve dispor de um banco de objetos que possam auxiliar no apoio a pessoas acidentadas e que necessitam de amputação ou outro tipo de apoio como cadeiras, muletas, pernas ou braços mecânicos e outros equipamentos. O projeto ainda será avaliado nas comissões da Casa de Leis, quanto a sua legalidade e necessidade, mas é uma ideia que merece ser avaliada com muito carinho. Como nossos vereadores estão sempre dispostos a defender os interesses da população, certamente darão apoio à proposta do vereador Mão.

COMPRAS DA CALAMIDADE

  • O Tribunal de Contas de Rondônia (TCE ) tem encaminhado várias recomendações ao Governo de Rondônia, sobre os procedimentos para compras de materiais e contratação de serviços neste período de pandemia do coronavírus. Conforme a legislação vigente no país, uma vez decretado o Estado de Calamidade, o estado poderá fazer compras com a dispensa de licitação. Entretanto, a lei é clara no sentido de estabelecer os limites e critérios. Assim, o estado deve evitar o superfaturamento e outros procedimentos que podem criar problemas para os gestores no futuro. Estas orientações devem servir também para os municípios e os prefeitos e prefeitas devem ficar atentos. Os produtos e serviços contratados com dispensa de licitação no período de calamidade devem atender exclusivamente demandas relacionadas com as razões da calamidade e combate a esses problemas. Isto significa que não pode haver uma farra generalizada. Fica adica!!

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