Muitos eleitores de Rondônia já entraram em campanha para reeleger os deputados que hoje fazem parte da bancada federal. O problema é que esses eleitores não percebem os prejuízos que tiveram e ainda terão com os atuais deputados. Apenas para citar um exemplo, recentemente a imprensa nacional divulgou que a energia elétrica estará até 64% mais cara em 2023. E o principal motivo é que a Eletrobrás foi privatizada com os votos da metade dos deputados de Rondônia. Votaram para privatizar a empresa os deputados Lúcio Mosquini, Coronel Chrisóstomo, Jaqueline Cassol e Mariana Carvalho. Os deputados que votaram contra a privatização da empresa foram: Silvia Cristina, Leo Moraes, Expedito Neto e Mauro Nazif. O eleitor rondoniense já vive a experiência da privatização do serviço de energia, porque a CERON foi privatizada e os problemas do contribuinte ficaram muito grandes. Agora, com a privatização da Eletrobrás, a situação pode ficar ainda pior.
NOVAS DEMANDAS
O vereador Edimar Kapiche é um dos mais ferrenhos críticos do governador Marcos Rocha dentro da Câmara de Cacoal, mas depois que ele sentou no colo do governador em recente visita do coronel ao município, as coisas devem mudar muito. Logo depois da sentada no colinho do chefe do executivo estadual, o Diário Oficial do Estado de Rondônia publicou a nomeação da esposa do vereador para ocupar um cargo de luxo na administração estadual. As pessoas que assistiram à sessão ordinária da Câmara de cacoal ocorrida na última segunda-feira certamente já viram um Edimar Kapiche menos duro com o governador. Ele não fez nenhuma crítica ao coronel e usou a palavra para dizer que seu período de recesso será antecipado, já que não pretende participar da sessão que marca o começo das férias dos vereadores. Até a nomeação da esposa em um cargo do governo, o vereador não ficava nenhuma sessão sem fazer duras críticas. Agora a tendência é que ele procure novas demandas. Quem sabe, a partir de agosto, quando voltar de férias, ele passe a criticar o presidente da república. É esperar e conferir a situação.
ENFIM, FÉRIAS!!
Aliás, os vereadores de Cacoal se preparam para entrar em férias e a sessão que marcará o fim dos trabalhos deste semestre será realizada na próxima segunda-feira, no distrito de Divinópolis, localizado na Linha 14 do município. Os vereadores iniciaram os trabalhos na segunda quinzena de fevereiro. Isso significa que eles trabalharam duramente durante 04 meses e agora terão suas merecidas férias. Após todo o mês de julho, a Câmara de Cacoal não votará nenhuma matéria e as comissões não funcionam. Os vereadores alegam que trabalham no período de férias, mas nenhum projeto é votado nesse período. Segundo eles, é muito cansativo atender as ligações telefônicas dos eleitores e ter que atender pessoas que vão à Casa de Leis. O município de Cacoal é um caso raríssimo de município onde os vereadores têm direito a mais de 100 dias de férias. Nos demais municípios, os vereadores possuem 55 dias de recesso, conforme prevê a Constituição Federal. No caso de Cacoal, os vereadores alegam que o que vale é o Regimento Interno deles e que a Constituição deve ser usada por deputados e senadores. Na prática, os vereadores de Cacoal tentam passar a ideia de que eles trabalham mais do que todos os deputados estaduais, federais e senadores, já que no Congresso nacional e em todas as assembleias legislativas dos estados, o período de recesso é de 55 dias.
PRESENTE DE NATAL
Em uma assembleia realizada essa semana pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Cacoal, o prefeito Adailton Fúria apresentou uma proposta para pagar os precatórios que a Prefeitura de Cacoal deve aos professores. Os valores devidos são o resultado de uma ação judicial em que o município perdeu em todos os tribunais e não há mais nenhuma possibilidade de recorrer. Por acusa da dívida, a prefeitura pode até mesmo sofrer bloqueio em algumas contas e ficar sem ter como receber recursos. O dinheiro é um direito legítimo dos professores, mas alguns vereadores chegaram a bater o pé e pedir que os professores abrissem mão desse direito para beneficiar o prefeito. Após muitas discussões, o prefeito esteve na assembleia dos servidores e prometeu que vai pedir um empréstimo na Caixa Econômica Federal no fim do ano para quitar a dívida. O problema é que a Câmara de Cacoal precisa aprovar o empréstimo para somente depois a Caixa analisar. Como a promessa é para dezembro, não existe nenhuma garantia de que haverá tempo suficiente para resolver a situação. Certamente nenhum vereador votará contra, pelo fato de ser uma matéria relacionada com os professores, mas a secretaria de educação de Cacoal, desde o início da atual administração, esbanjou muito dinheiro. Isso mostra a falta de planejamento.
CAMPANHA DE VACINAÇÃO
A Secretaria de Saúde de Cacoal precisa encontrar uma solução para resolver a situação da vacinação no município. No caso da vacina contra a Covid-19, o município já está aplicando a 4ª dose do imunizante e o número de pessoas que procuram os postos de saúde todos os dias é muito grande. O problema é que o município possui apenas quatro vacinadoras e isto torna o trabalho quase desumano. Os profissionais que atendem na vacinação estão fazendo de tudo para cumprir sua missão e tratam todas as pessoas com muito carinho. Mas o número de vacinadoras é completamente desigual, em relação às necessidades da campanha de vacinação. Além de trabalhar de segunda a sexta-feira vacinando a população as dedicadas servidoras ainda atuam em mutirões de vacinas em fins de semana, o que significa que praticamente não têm tempo sequer para descansar. Quem acompanha de perto os trabalhos nos postos de saúde do município sabe que os profissionais são muito dedicados, mas não se pode admitir que um município com quase 100 mil habitantes tenha somente quatro vacinadoras. Vale lembrar que, além de atender a população nos trabalhos de vacinas contra a Covid-19, existem outras vacinas a serem aplicadas e também outras atividades que precisam ser desenvolvidas. A administração precisa acordar e pensar de maneira mais humana, em relação aos profissionais da saúde municipal. Fica a dica!
DESCULPAS DE VERÃO
O vereador Corazinho, faz tempo, não está nem um pouco satisfeito com a administração do prefeito Adailton Fúria. Na última sessão ordinária da Câmara de Cacoal, ele criticou duramente a falta de capacidade da administração para executar obras no munícipio. Na ocasião, Corazinho lembrou que as obras de drenagem da rua Uirapuru deveriam ter sido executadas no ano passado. Naquele tempo, o prefeito declarou à imprensa que não poderia executar as obras por causa das chuvas, mas que começaria imediatamente após o fim do período chuvoso. Os recursos estão na conta da Prefeitura de Cacoal há mais de um ano e até hoje a obra não foi executada. As famílias que vivem na região citada e as empresas instaladas no setor sofrem prejuízos incalculáveis todos os anos durante o período chuvoso. Agora, em pleno verão, o município alega que não pode fazer as obras, porque os preços dos matérias aumentaram muito e as empresas não podem ter prejuízos. Neste caso, tudo indica que chegará, mais uma vez o período invernoso e os prejuízos serão outra vez das pessoas que moram na rua Uirapuru ou nas imediações. Vale ressaltar que todas essas pessoas pagam seus impostos fielmente e não podem pagar pela falta de planejamento da administração. No inverno, as chuvas impedem a obra; no verão os preços dos matérias estão caros. Os moradores da rua já estão muito próximos de aderir àquela frase: “E agora, quem poderá nos salvar”???
PESQUISA DE PUXADINHO
Na última segunda-feira, o vereador Luís Fritz usou a tribuna da Câmara de Cacoal para dizer que o prefeito Adailton Fúria tem uma aprovação de 96% da população. Ninguém sabe onde foi realizada essa pesquisa, mas o vereador fala com muito entusiasmo sobre o chefe do executivo. Ao comentar o mesmo assunto, o vereador Paulinho do Cinema chegou a dizer que o percentual é de 90%. Sendo um número ou sendo outro, não sabemos onde os vereadores fizeram essa pesquisa, mas, caso tenha sido entre os vereadores, foi unanimidade, se a margem de erro for de 4 pontos percentuais. Os vereadores de Cacoal têm uma mania de tratar o prefeito Adailton Fúria como herói e já participaram de eventos onde o prefeito se vestiu de Chapolin colorado e foi ovacionado pelos vereadores, mas dizer que 96% da população aprova a atual administração é zombar da inteligência das pessoas. A tendência a partir de agosto será os vereadores idolatrarem ainda mais o prefeito, porque em dezembro acontecerá a eleição da Mesa Diretora e vários vereadores desejam o cargo de presidente. Pelas informações que circulam nos bastidores políticos, o prefeito teria prometido apoio para pelo menos cinco vereadores diferentes.
MARGEM DE ERRO
A pesquisa citada pelos vereadores Luís Fritz e Paulinho do Cinema talvez não tenha levado em consideração a atual realidade da Câmara de Cacoal. Uma prova disso é que, nos primeiros meses de mandato, era muito comum o prefeito ser parabenizado mais de 100 vezes em cada sessão, por coisas muito banais. Caso o prefeito mudasse o penteado, todos os vereadores passavam a sessão inteira dando os parabéns. Quando o prefeito usava uma gravata diferente, os vereadores ficavam vários dias dando os parabéns. Agora os tempos são outros. Vários vereadores que faziam de tudo para agradar o prefeito e chagavam a votar contra a população para não contrariar o chefe do executivo mudaram um pouco de posição. Quem acompanha as sessões sabe muito bem disso. Para citar um pequeno exemplo, essa semana o tempo fechou entre o vereador João Pichek e o prefeito, quando Adailton Fúria declarou na frente de várias pessoas que o vereador não tem nenhuma condição de ser deputado federal, como pretende o presidente da Câmara de Cacoal. Pichek ficou furioso e o clima foi de muita tensão. Caso o presidente da câmara não seja candidato, ele teria aceitado a opinião do prefeito; mas João Pichek está muito irritado com o prefeito Fúria. Será que a pesquisa feitas por Fritz e Paulinho do Cinema levou isso em consideração ou faz parte da margem de erro?
BANHEIRO ABANDONADO
O vereador Toninho do Jesus citou, na última sessão ordinária, um fato que merece ser avaliado com muito carinho pelo prefeito e pelas pessoas que frequentam a praça principal de Cacoal. O problema é o banheiro abandonado que fica ao lado da prefeitura e está em péssimas condições. Na principal praça de Cacoal, que fica exatamente na frente da prefeitura, não existe nenhum banheiro e deve ser muito complicada a vida das pessoas que utilizam a praça. Há diversas lanchonetes no local e não é possível entender como a administração não percebe este problema. Para que se faça justiça, o banheiro abandonado já é um problema há cerca de 10 ou 15 anos e nenhuma providência foi tomada. Até mesmo as pessoas que frequentam a prefeitura para resolver algum problema não pode utilizar aquele banheiro pelas péssimas condições de abandono. Durante dia e noite escorre nas calçadas um liquido de cheiro forte e que não dá para identificar muito bem, mas incomoda muita gente. Aquele banheiro é um péssimo cartão postal para uma cidade tão importante como Cacoal. O vereador Toninho do Jesus está coberto de razão.